Pela primeira vez faço aqui um post, especificamente para responder a comentários. Não é normal que isso aconteça, nem acho que o deva fazer por sistema. Desta vez decidi dar esta resposta por quatro razões fundamentais:
• O post é antigo, pelo que uma resposta na caixa de comentários poderia não ser lida por todos os que, amavelmente, comentaram aquele texto.
• O número de comentários é assinalável, pelo que uma resposta, em comentário, seria forçosamente, uma coisa muito parecida a um post.
• Por reconhecimento, ao facto de terem conseguido expressar as suas opiniões, exceptuando um comentador, não recorrendo ao insulto e manifestando as suas posições com relativa elevação.
• Por, muitas das pessoas que escreveram, terem assinado e identificado perfeitamente quem eram. Ganharam o respeito aí.
Ora bem, o post é o meu post 500. Era um post sobre tudo. No título dava conta que iria abordar 6 temas. Contudo, parece que os comentadores apenas se interessaram por um desses temas. O Encontro Nacional de Estudantes de Enfermagem.
Como intróito, quero manifestar aqui que tenho todo o respeito por todos os jovens e por todos os cursos. Apenas opinei, perante a informação que detinha, que como podem calcular, não tem a profundidade que eu gostaria, sobre o Encontro Nacional de Estudantes de Enfermagem. O que está dito, está dito, e mantenho. Responderei, comentário a comentário.
O primeiro anónimo, refere-se à perderem uma semana de férias. Eu não sei a que se refere. Na minha faculdade, como na maioria das que conheço, apenas se tem direito a uma semana de férias. Em limite, uma semana e dois dias. O normal não é ter duas semanas de férias. E é como lhe digo. Para mim os anos lectivos terminam a 31 de Julho e começam a 15 de Setembro. E acho um exagero as férias que existem. Em especial em cursos mais práticos, mais profissionais, acho exagerado que, tudo somado, se tenha 3 ou 4 meses de férias. Acho muito.
João Oliveira, dois pontos. A adesão às conferências e aos workshops, foi um dado que me foi cedido por uma aluna que participou no encontro. Se de facto, não foi assim, e se tens estatísticas em sentido contrário, o meu pedido de desculpas e solicito que, se for possível, nos dês os números certos. E, em segundo lugar, não, não estou a insinuar que o curso de enfermagem seja pouco exigente. Já tive ocasião para defender num Conselho Distrital, que defendo a redução drástica dos cursos superiores. E defendo que Enfermagem é para manter. Mais, segundo sei, o primeiro e segundo ano, são anos de grande exigência, comparável, a poucos cursos no nosso espectro de Ensino Superior. Não acho que seja pouco exigente, nesses dois primeiros anos.
Alfredo Fernandes. Também lhe aconselho alguma contenção. Para um aluno do quarto ano, evidenciar a maturidade, que por certo tem, é uma coisa positiva. A titulo de curiosidade, já ouvi muitas queixas sobre a organização do ENEE deste ano. Mas enfim. Agradecendo-lhe a parte em que me chama arrogante, deixe me dizer-lhe que não entro em comparações. Comparar o ENEE à JSD/Moscavide é como comparar um bife do lombo a um sofá. São coisas diferentes. Se me quiser dizer que num Encontro Nacional de Estudantes de Enfermagem se produz mais do que num Congresso Nacional da JSD, já estamos a falar de coisas semelhantes. Se era isso que queria dizer, discordo do que diz. Mas são opiniões.
Aida Agostinho e Inês Pedrosa. O comentário estava a ser bom, talvez o melhor, desta subida mobilização, mas tinha que atacar com figuras tristes. Não pode ser. Não conte comigo para comparar o tempo de estudo de um curso e de outro. O que sei, é que numa determinada faculdade, no terceiro ano, não existem exames. E essa aluna, confessa, que neste terceiro ano, o grau de exigência é muito reduzido. Existe um dia de estágio, de 8 horas. Mas findas as oito horas, nada mais se faz. E quem me dera, ter um fim-de-semana por mês. Aliás, um fim-de-semana por semestre.
Nuno, só não apaguei o seu comentário. Porque quero que as pessoas observem o seu comentário e o tenham como exemplo. Este tipo de comentários são intoleráveis. Ofensivos, com palavrões e sem qualquer conteúdo. Agradeço-lhe os elogios. E retribuo. Um por um. Todos.
No Imagination. Não sei se não tem imaginação, mas falta de argumentação, isso sem duvida. Não temos duas semanas de férias, somente uma. E nessa semana, temos de estudar, bastantes horas, pois temos, as ditas frequências, ainda com aulas. Posso lhe dizer, que entre o dia 20 de Setembro e o dia 20 de Fevereiro, apenas em dois dias não estudei absolutamente nada. Sabe o que é estudar dia 25 de Dezembro, por exemplo? Mas, de facto, em Direito, só temos uma semana de férias. E engana-se noutra coisa. Nós temos frequências, que ditam a nota de avaliação contínua, tendo aulas. Depois temos um período de exames, 5 em 15 dias. E depois as orais, e as orais de melhoria. Sim porque, não se tiram 16’s à primeira. Outra coisa, no terceiro ano, da Universidade Católica, não existem exames. Dado concedido por uma aluna do terceiro ano dessa Universidade. Sobre assédio e alcoolismo, foi o relato que me foi feito por quem foi. Mas enfim, perdoando-lhe as imprecisões, deixe-me dizer lhe que tenho grande estima pela Universidade Católica. É mesmo um grande exemplo. Saibam os alunos dignifica-la. Termina o post, da melhor maneira. Apelidando-me de reles e abominável criatura. Mais um elogio, que tanto orgulho me dá. Retribuo-o.
Termino, respondendo a todos. Tenho uma enorme consideração pelos enfermeiros do nosso país. Acho, e já o disse em conversas privadas, que muitas vezes são vistos como os parentes pobres da Saúde. E muitas vezes fazem mais do que os médicos. É uma das mais nobres profissões. Eu não seria capaz de ser enfermeiro, por exemplo. Se eu errar, poderá acontecer que alguém vá preso. Se um enfermeiro errar, pode alguém morrer. É uma responsabilidade e uma coragem muito grande. Admiro muito e tenho um enorme respeito.
Como disse no inicio, num post sobre vários temas, fiz uma nota, a um encontro nacional, que de facto, acho que está muito bem pensado, pois conseguiria congregar um certo convívio, a palestras matinais com workshops à tarde. Contudo não concordo, com o abstencionismo a esses eventos, preterindo-os em favor de estar de barriga para o ar a apanhar sol. Apenas fiz menção a isso. Não quis ofender a classe, nem os estudantes da profissão. Se o fiz, foi porque me expressei mal e peço as minhas sinceras desculpas.
Agradeço as visitas, a mobilização e os comentários. Desejando que por aqui continuem a dar as vossas opiniões. As criticas e os elogios. Se conseguirem, claro, encontrar algo a elogiar, em textos que são escritos por alguém “arrogante, reles, abominável, monte de merda, invejoso” entre outros mimos com que me brindaram.
Saúde para todos e bom estudo, para a difícil época de exames, que por certo vos espera.
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