Beber ou Não Beber, não é a questão.

>> sexta-feira, 26 de junho de 2009

Falava com alguém no outro dia, sobre o problema das pessoas beberem em excesso. Colocou-se a questão, será mais admissível as pessoas embriagarem-se aos 15 ou aos 21? Ora, admissível, não é em nenhuma idade, claro.

Se me perguntarem se prefiro que uma pessoa de 15 anos beba álcool ou se prefiro que uma pessoa de 21 beba álcool, concerteza que prefiro que seja a pessoa de 21 a beber. Mas prefiro, exclusivamente, porque existe uma presunção de maturidade. Isto é, o álcool faz sempre mal. Como quase tudo faz mal se for consumido em excesso. A permissão de só se poder beber álcool a partir dos 16 (totalmente inaceitável a meu ver) é porque se presume que a partir dessa idade as pessoas têm a maturidade suficiente para “saber beber”, isto é, para não beberem em quantidades exageradas e perigosas não só para a própria saúde, como para a saúde dos outros.

O ideal, mas igualmente impossível, seria fazer uma análise casuística, que permitisse aferir a maturidade de cada um, em termos concretos. Sendo isso impossível, tem que se generalizar. A idade dos 16 parece-me insuficiente. No mínimo os 18. Mas não é sobre isso que me quero centrar hoje.

Pelo que, claro que prefiro que seja uma pessoa de 21 anos a beber álcool, pois, à partida, saberá faze-lo de forma conveniente. Agora, supondo que duas pessoas se embriagam (e temos de distinguir o que é ficar bêbado e o que é ter dois ou três copos a mais) uma com 15 e outra com 21 anos. A primeira toma essa atitude, porque simplesmente não tem maturidade. Não sabe beber. Não sabe parar e não sabe perceber até que ponto consegue ir. Mais, só bebe álcool, porque consegue ir contra lei e aproveitar-se do podre sistema das casas de diversão nocturna que hoje existem. E, provavelmente, aproveita, a ruptura dos laços familiares. Bebe a mais, porque simplesmente não sabe o que está a fazer.

Uma pessoa de 21 anos, na plenitude das suas capacidades mentais, que, por sistema, fica embriagada, é uma pessoa que não tem maturidade para beber. E que beneficia da presunção de maturidade que a lei lhe confere para abusar desse direito, prejudicando-se a si e aos próximos.

Por isso, e tal como disse a essa pessoa com quem conversei no outro dia, é obviamente pior, e custa-me muito mais, ver uma pessoa de 21 anos completamente embriagada. É sinal que não evoluiu, que não atingiu os patamares mínimos da maturidade. Pior, poderá até regredido, pois poderá já ter estado nesse estágio e agora ter descambado.

Claro que quando aqui falo de ficar embriagado, repito, não é com uns copos a mais. Nem me refiro às duas ou três ocasiões por ano, onde isso, pode suceder. Um casamento, uma festa de aniversário, uma eleição ganha, um campeonato que o clube do coração vence. Digo, ficar bêbado, sábado sim, sábado sim.

Mas, infelizmente, parece que cada vez menos pessoas se importam com isto.

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