Dia B, por Bruno Antunes

>> domingo, 31 de maio de 2009

O Jornalismo.

Já por várias vezes me debrucei sobre este tema. A entrevista da TVI com Marinho Pinto mais não fez que pôr mostrar as fragilidades daquele género de jornalismo, algo que poderá tornar-se corrente em Portugal, algo perigosíssimo. É um assunto complicado na medida em que poderá envolver um confronto entre a liberdade de expressão e a imparcialidade jornalística. Se por um lado a liberdade de expressão se afigura um dos vectores basilares de um regime e sociedade democráticos, por outro a imparcialidade na disponibilização de informação através dos media é também ela fundamental. Em termos jurídicos importa referir a base legal no sentido de fundamentar aquilo que aqui escrevo.

Por um lado, no Artigo 37º nº1 vem previsto:
Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.

Por outro lado, no Artigo 1º do Código Deontológico dos Jornalistas se postula:
O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.

Questionemo-nos sobre a aceitabilidade de um noticiário em que o jornalista que transmite as notícias ao telespectador as faz de modo ostensivamente tendencioso? Peguemos num exemplo. A jornalista M noticia que o Governo do Primeiro-Ministro J pretende aumentar os impostos neste país P. Ao fazê-lo, a jornalista tece um comentário como “Estes políticos continuam a ir ao nosso bolso sempre que podem”.

Que raio de ideia sobre a notícia terão as pessoas que aquilo assistem? Diria que um telespectador médio será facilmente influenciado por aquele entendimento, quando mais não seja pela possibilidade de também ele pensar daquele modo à partida, porque à partida ninguém gosta que lhe mexam nos impostos, a menos que seja para baixar. Reforço a ideia já escrita noutro texto, de que não estão em causa crónicas, artigos de opinião, ou outros “pareceres” jornalísticos. Estará antes em causa a possibilidade de aquilo a que classicamente se chama pivô comentar as notícias que eventualmente transmite em primeira mão. É, (como também já escrevi) sob aquele conteúdo e sob aquela forma que o telespectador tem o primeiro contacto com a notícia. Por isso é que classicamente nos noticiários se passa uma peça jornalística e só depois se pede um escólio a um qualquer comentador.

Com isto pretendo defender a ideia de que o papel do jornalista é importantíssimo (não é a toa que chamam 4º poder) e de tal forma é importante que se lhe exige uma responsabilidade elevada.

Agora vem o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas considerar “reprovável” o comportamento de Manuela Moura Guedes enquanto pivô do Jornal Nacional às sextas-feiras.
Vamos ver se é um alerta que passará a mensagem que alegadamente deverá conter.
Perante este cenário de confronto de direitos e deveres, cabe encontrar, como em tudo, um equilíbrio.

Fica o reparo.

P.S.: Não se pretende criticar a jornalista da TVI em especial ou sequer a TVI. Apenas alerto para factos. Obrigado.

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Hi5, ENEE, Exames, Remodelação, Europeias, Post nº500

Hoje passei pelo HI5 da JSD/Moscavide, e deparei-me com uma nova funcionalidade daquela rede social. O HI5 namoro. Em que consiste a singular utilidade? Escolhe-se a idade e a cidade da pessoa pretendida, depois, qual venda a retalho, apresentam-nos uma foto de uma outra pessoa, foto essa, com dois botões em baixo, um sim e um não. Temos, simplesmente, de dizer se aceitamos ou não aquela fotografia, enfim, se queremos ou não queremos o produto. Depois, se o aceitarmos, é enviarmos um convite para…namorar!!

Será que isto não é estranho? Como é óbvio não é de namorar que se trata. Será isto aceitável? Não sei.

Gosto sempre de falar com várias pessoas, de outras áreas, idades, experiencias e vivências. Já tinha dado nota, que durante esta semana, decorreu o encontro nacional de Estudantes de Enfermagem. Acho que é de uma falta de pedagogia enorme.

As faculdades de enfermagem, para além de não exigirem exames para os alunos, dispensam-se nos uma semana, isto é, concedem-lhes uma semana de férias, enquanto todos os outros estão a estudar que nem loucos para os exames, para os meninos irem acampar, apanhar sol e ouvir música. Acho que é de uma falta de pedagogia enorme (o que se passa nesses encontros, desde problemas graves de alcoolismo a assédios inaceitáveis, dava para outro post, mas não vou abordar a temática).

Mas até percebo a ideia, porque existem lá umas conferencias e uns workshops. O problema é que claro, a taxa de participação é de 5%. O ENEE deveria ser, como que uma cadeira obrigatória. Com, por exemplo, 10 conferências e 10 workshops. Existiria um género de passaporte, assinado no final de cada conferência, sendo que o aluno, para fazer essa cadeira obrigatória teria que assistir a 8 em 10 conferências e elaborar um trabalho sobre algum dos temas abordados na cadeira, tendo a nota final consoante o trabalho. E poderiam na mesma ter momentos de convívio, com uns concertos, e com o simples facto de acamparem com amigos.

É preciso, não dar estes sinais às novas gerações. De facilitismo e de falta de exigência profissional. Um mau exemplo.

Atarefado, com os exames, tenho conseguido vir pouco aqui. De 45 a 50 visitantes diários, baixámos para entre 35 e 40. Penalização mais que justa, dada à falta de regularidade dos post’s. Para os leitores assíduos, peço as minhas desculpas e também a compreensão. Terminaram as aulas, Sexta-Feira, e o primeiro exame, é na segunda-feira. Nesta Faculdade, trabalha-se, e assim, sendo, não tenho o tempo que gostaria para convosco ir conversando. Após este período, procederei à remodelação, já tendo alguns convidados certos, sendo igualmente certa, a substituição de alguns espaços ou remodelação dos mesmos. Tentarei tornar isto mais apelativo.

Entretanto entramos na última semana de campanha. Europeias no próximo domingo. Nada parece sair bem ao PS. Agora têm a distinta lata de vir falar do BPN. Querem mesmo falar de processos judiciais? Pelo amor da Santa. E depois o PS conseguiu colocar na sua lista, nomes como Vital Moreira, Correia de Campos, Edite Estrela, Ana Gomes, Elisa Ferreira. Tudo na mesma lista! Como é possível? O PSD, continua a progredir, e com seriedade, verdade e muito trabalho, está cada vez mais próximo da vitória, no próximo dia 7 de Junho.

Vou andando por aqui, e respondendo sempre que posso nas caixas de comentários.

Entretanto, este post, é o post nº500 do Laranja Choque. Um grande prazer compartilhar todas estas análises, ideias, pensamentos, desabafos, estados de alma, tristezas, alegrias, patetices e reflexões sérias, convosco. Obrigado por me acompanharem ao longo destes meses.

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É isto que quero dizer quando falo de Degradação dos Valores.

>> quinta-feira, 28 de maio de 2009

Transcrevo na integra, a notícia retirada da edição online do EXPRESSO. Os "negritos" são da minha autoria.

Têm 12, 13, 14 ou 15 anos, mas no Bilhete de Identidade todos nasceram em 1992, um ano que funciona como uma espécie de livre trânsito para sair à noite e lhes dá luz verde para beberem o que quiserem. Sem chatices e sem perguntas. Aos olhos de qualquer porteiro, já têm 16.

Tudo graças à falsificação do BI, um segredo bem guardado, cuidadosamente escondido de pais, professores e autoridades, mas partilhado por quase todos os adolescentes. A alteração da data de nascimento é hoje uma prática corrente entre os miúdos, que dizem ser "superbásico" forjar o documento para poderem entrar em discotecas.

"É bué fácil e faz-se em menos de 20 minutos. Digitalizamos o BI e mudamos a data de nascimento com um programa de edição de imagem tão básico como o Paint. Depois é só imprimir e passa como uma fotocópia verdadeira. Não se nota nada", explica Luís, de 14 anos, aluno do 8º ano num conhecido colégio privado de Lisboa.

Já treinados nesta arte da falsificação, há até miúdos que fazem a impressão a cores num papel mais grosso do que o normal, cortam com uma guilhotina "para ficar mesmo direitinho" e depois plastificam como o BI real. Para o tempo que os porteiros de discoteca olham para o documento, entre filas de adolescentes desejosos de entrar, esta falsificação mais sofisticada "passa na boa".

Verdadeiro 'nerd' da informática, Luís, de cabelos pretos e uma longa franja puxada para o lado, já falsificou o BI de vários amigos. Mas deixou-se disso. "Fechei a loja. Às tantas, já eram tantos que me fartei", desabafa. No seu caso, garante só ter recorrido a esta estratégia uma vez para entrar no Garage, uma das discotecas lisboetas mais populares entre os adolescentes e onde é "quase sempre" pedido o BI à porta. Nos outros sítios, como em Santos, nunca tem problemas para entrar. "Sou alto e já mudei a voz. Mas os meus amigos que ainda não passaram pela mudança da voz têm de usar mais vezes".

Tiago tinha 13 anos quando falsificou o seu. Estava nervoso da primeira vez que mostrou a fotocópia forjada, também à porta do Garage. O porteiro deixou-o entrar, depois de uma rápida vista de olhos pelo documento.

A artimanha, no entanto, acabou por lhe custar caro. Nas férias do Natal, voltou a usar o bilhete falsificado para comprar cervejas num hipermercado, juntamente com um grupo de amigos. Pouco depois de saírem da caixa, já de garrafas na mão, dois agentes da PSP pediram-lhes a identificação. Tiago respondeu que não tinha, mas um dos polícias acabou por lhe retirar a carteira. Quando lhe perguntou qual era a sua data de nascimento, baralhou-se e acabou por dizer a real, tornando evidente a contradição.

Tiago enfrenta agora um processo no Tribunal de Menores. "Estou com um bocado de medo do que me vão fazer. Posso ter de cumprir várias horas de serviço comunitário, mas espero que não seja mais do que isso. Não sou nenhum delinquente", diz, convicto de que o que fez não tem nada de mais. "Para entrar nas discotecas, quase toda a gente o faz. Só na minha turma, 11 já falsificaram. E os outros também o querem fazer", garante.
Mas o argumento não serve de atenuante. O castigo dos pais vigora há cinco meses: está proibido de voltar a sair à noite até ao próximo ano, quando finalmente fará os 16.

Ao Expresso, PSP e PJ afirmam não terem dados sobre a falsificação de documentos para este objectivo. Também a Confederação Nacional de Associações de Pais mostra "total desconhecimento" destes casos, que classifica como "causadores de enorme preocupação". Só a Associação Nacional de Discotecas está ciente do fenómeno tão corriqueiro entre os jovens. "Há proprietários que já alertaram para a falsificação dos BI e discotecas que, por isso, não aceitam uma fotocópia para entrar", diz Francisco Tadeu, presidente da associação.

Maria, de 13 anos, já a usou várias vezes, sobretudo para entrar na Vaca Louca, um bar em Santos onde gosta de beber "muitos shots", de preferência "daqueles que queimam a garganta". Como todas as suas amigas, pagou 15 euros "a uns chungas que costumam parar na estação do Cais do Sodré" para a tornarem quatro anos mais velha no BI.

A aluna do 7º ano de uma escola de Oeiras começou a sair à noite aos 11 anos. Chegou a fazê-lo "todos os fins-de-semana", mas agora já não lhe apetece tanto. Quando ainda lhe dá a vontade de beber uns copos, não tem hora para acabar. "É sempre até de manhã". Aos pais, diz que vai dormir a casa de uma amiga. "Eles nunca se preocuparam muito em ligar para a mãe dela a confirmar", explica.
Muitos porteiros dos bares onde vai também não parecem muito interessados em verificar a sua idade. "Não parece que tenho 13 anos porque sou alta e tenho o peito grande. Mas ponho sempre lápis preto nos olhos, batom e base".

A afirmação, em baixo, de Goulão, permite constatar que apenas 3 países em 27 da UE, permitem o consumo aos 16 anos. Portugal, sempre na linha das "boas práticas"europeias.

Por isso, João Goulão é peremptório em afirmar a necessidade de restringir o acesso dos jovens a bebidas alcoólicas, reforçando a fiscalização sobre bares e discotecas e aumentando dos 16 para os 18 anos a idade legal para o consumo. Isso mesmo propôs o IDT num Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool que já está nas mãos do Ministério da Saúde, devendo ser aprovado brevemente em Conselho de Ministros. "É fundamental alterar a lei. Em toda a UE, aliás, só Portugal e outros dois países permitem o consumo aos 16 anos", sublinhou.

Esta noticia choca-me e deixa-me profundamente triste com a crise de valores em que a nossa sociedade mergulhou. Perante a passividade de todos.

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Amor, Relações, Vínculo, Traição

A primeira pergunta que cabe fazer neste post, como mero intróito do raciocínio que tentarei explanar, relaciona-se com aferir se o ser humano é por natureza monogâmico. A resposta parece ser negativa. Não existe nenhum dado em termos da natureza humana, muito menos da natureza animal, que nos indique que, naturalmente, o Homem é monogâmico. As indicações parecem ir em sentido contrário.

Mas, julgo eu, uma grande maioria das pessoas estabelecem relações, monogâmicas, relações essas a que inere a fidelidade. Porque é que isso sucede? Por duas razões fundamentais. Em primeiro lugar, por uma questão de índole racional, isto é, o homem visa a integração na sociedade, objectiva comungar dos valores da sociedade ocidental e viver numa estabilidade que lhe permita constituir família, praticar a sua profissão, tendo estabilidade afectiva, sexual, familiar, etc. Por outro lado, o ser humano ao estabelecer relações, ao se integrar na sociedade, experienciando diversas vivências, tende a conhecer pessoas e a estabelecer relações, mais ou menos intensas, com as outras pessoas. Um desses sentimentos será a paixão, outro será o amor. Sobre a distinção dos dois, já aqui escrevi. Assim, parece que as mulheres e os homens serão fieis, em primeiro lugar, por uma questão sentimental, porque o amor que nutrem pelo companheiro ou companheira sonega espaço para outras relações da mesma estirpe. Em segundo lugar, por uma questão, puramente racional, de integração nos valores e no modelo da nossa sociedade, e de estabilidade a vários níveis.

Posto isto, a fidelidade não resulta de um vínculo. Não resulta dos nomes que se atribuem às relações constituídas. Se assim fosse, duas pessoas que se apaixonam, mas que evidentemente não começam logo o namoro, seriam infiéis, pois não tem qualquer compromisso. E duas pessoas, separadas de facto, desligadas de uma vida em comum, não vivendo em comunidade de mesa e de leito, que mantêm um casamento por aspectos burocráticos, seriam fieis, isto é, não se envolveriam com mais alguém. Não é pois a relação que motiva ou desmotiva alguém a ser infiel. Pelo contrário, no seguimento do afirmado, é o sentimento e a estabilidade que levam a que as pessoas se pautem por uma atitude monogâmica e fiel.

Mas se assim é, porque é que se fala em traição, por exemplo, entre namorados e não se fala quando duas pessoas gostam uma da outra, mas não estabelecem qualquer relação? Pelas mais variadas razões, mas não, por se considerar a relação, o vinculo, como a fonte do “dever” de monogamia.

Uma pessoa que trai outra, e cingindo-me às relações de namoro ou de casamento, magoa a outra pessoa não por se intitular de namorado ou namorada, mas porque falha em princípios absolutamente elementares e que em nada têm que ver com o nome que se dá à relação.

Normalmente, associado a uma traição, estão associadas as seguintes realidades:

• Uma mentira. Poderá ser mais ou menos espaçada no tempo, mas normalmente, existe sempre uma mentira. Mesmo que por poucas horas. A pessoa mente, e talvez isso seja o mais complicado. Em casos normais, mas também os há anormais, ninguém, minutos antes da traição, não vai ligar à outra pessoa a agradecer a confiança ou a prometer uma noite calma. Será uma omissão, até mais do que uma mentira. Mas existe. E isso, talvez seja o pior.

• Existe uma tremenda desilusão, porque, das duas uma. Ou a traição é algo continuado, com alguém porque se nutre algum sentimento, e a desilusão é dolorosa, porque, verdadeiramente, outra pessoa ocupa um lugar que deveria e que se julgava ser exclusivo, ou foi uma coisa de momento, e a desilusão é por essa pessoa não se ter deixado controlar por um qualquer impulso, por si só estranho, por não ter sido capaz de resistir, de chamar a si o elemento racional e sentimental, destruindo uma relação, de meses ou anos, por causa de uma hora (na melhor das hipóteses) bem passada.

• Pelo respeito e admiração que tínhamos pela pessoa que trai desabar. Quando nos entregamos a alguém, de alma e coração, é porque, para além de amarmos essa pessoa, reconhecemos nela, uma exemplo, um modelo a seguir, alguém que seria totalmente incapaz de trair, de ser infiel, de magoar, de mentir, de ceder perante impulsos carnais, que nem nunca equacionámos poderem existir na mente de quem compartilhamos a nossa vida. Quando esse modelo de vida, que, suponhamos, até só tinha estado connosco, em toda a sua vida, trai, é o desabar desse modelo de vida. Perdemos um exemplo e ganhamos outro. Perdemos o exemplo do que considerávamos que todos deveriam seguir. Ganhamos o exemplo, de precisamente aquilo que não se deve fazer.

Existem portanto inúmeras realidades, tristes, que associamos a uma traição. Para além do sentimento de injustiça, de para além de traídos, vermos a estabilidade desabar, e de continuarmos a amar uma pessoa que ou já não nutre por nós esse sentimento ou não merece esse sentimento. A outra pessoa, provavelmente, fez o seu luto, por dentro, isto é, durante alguns meses, teve o melhor dos dois mundos. Uma relação, com tudo o que de bom está inerente, e ao mesmo tempo se foi desligando até ao golpe final. Quem é traído terá que fazer esse luto por dentro. Sozinho (obviamente com a ajuda de amigos, família, e para mim, o mais importante, a ajuda de Deus).

Mas como vos disse, ninguém fica triste, porque se violou a nomenclatura escolhida para a relação. E pode existir traições, e existe com frequência, entre amigos. Com um conjunto de consequências igualmente nefastas. Não é portanto o vínculo, que faz com que existam mais ou menos desilusões, mais ou menos traições. Nada disso.

Termino, após traçar este quadro geral, com algo que não sendo a solução perfeita, se aproxima. Sinceridade. Falar muito, falar em cada momento. Explicar, sem medos, a cada momento, o que sentimos, pensamos, experienciamos. Falar do tal rapaz que é giro ou extremamente inteligente da nossa nova turma. Referir a rapariga culta com quem gostávamos de ir beber café. Falar da loira irresistível que não para de mandar SMS, tendo nós que nos controlar para não ir mais à frente. Falar da tal festa de quinta à noite onde dançamos mais junto daquela pessoa.

Se falarmos em cada momento, explicarmos as coisas, dificilmente poderemos trair alguém. Dificilmente a confiança poderá ficar abalada ou poderemos constituir a desilusão para alguém. Se formos sinceros a cada momento, pouco egoístas e com uma dimensão humana e social, dificilmente trairemos.

Já vos falei aqui de amor, num post intitulado Love.

Já vos tinha referido qualquer coisa sobre o que penso sobre traição e relações amorosas.

Hoje acrescento o elemento vinculo, relevando o vinculo sentimental, e não atribuindo relevância ao vinculo “contratual”. Procurei juntar todos os elementos, num texto mais ou menos longo, não recomendável a leituras apressadas, mas para o repouso do sofá, com tempo para reflectir um pouco sobre o aqui foi escrito, sem qualquer pretensiosismo, mas com a esperança de que este texto constitua material de reflexão sobre alguns dos problemas em que me tenho debruçado nos últimos tempos.

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Assim vai a Campanha...

>> quarta-feira, 27 de maio de 2009

Enquanto o Bloco de Esquerda, persiste nas suas propostas demagógicas, como esta última, de propor o voto a partir dos 16 anos, a CDU faz a campanha para as europeias, com a mesma cassete das legislativas. Agora, Jerónimo de Sousa, arroga-se de ter sido o grande causador para o Partido Socialista estar em risco de perder a maioria absoluta nas próximas legislativas. Era o que faltava!

Parece-me evidente, que foi a ascensão do Partido Social Democrata, baseada numa politica de verdade, credibilidade e competência que tem aproximado o PSD e o PS nas intenções de voto, não sendo de excluir, nem pouco mais ou menos, um cenário de vitória do Partido Social Democrata nas próximas eleições. E quando digo nas próximas, é nas próximas três eleições.

O PS, cometeu o erro de casting, de lançar Vital Moreira. Rapidamente se apercebeu disso, retirando Vital Moreira dos Outdoors, lançando um conjunto de cartazes alusivos a momentos importantes na integração europeia do nosso País. Enganou-se e trocou as datas, como qualquer aluno cábula do ensino básico. Tomou a atitude certa: Retirou de cena (diga-se, dos outdoors) todos os socialistas. Tem agora um outdoor com uns desconhecidos. O melhor de todos.

Sócrates, assume as despesas da campanha e esforça-se, seja em português ou em espanholês, para evitar a derrota nas próximas eleições europeias. Derrota essa, que me parece cada vez mais provável. Pela falta de ideias, pela péssima lista, com Edite Estrela, Ana Gomes, Elisa Ferreira ou Correia de Campos e pela falta de preparação politica do seu candidato.

E já agora, pela excelente campanha que o PSD e o candidato Paulo Rangel têm levado a cabo. O único partido que vai apresentando propostas concretas para a Europa. Que vai mantendo a elevação e o mesmo rumo deste inicio. Este PSD de verdade, credível e coerente, merece cada vez mais a confiança das portuguesas e dos portugueses. Estou convicto que o trabalho realizado será reconhecido, nos próximos actos eleitorais.

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O que dizer?

>> terça-feira, 26 de maio de 2009

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Tratamento de Choque. Um mar de verdades.

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Básico

>> segunda-feira, 25 de maio de 2009

No outro dia conversava com isto com um amigo.

Não consigo perceber como é que muitas pessoas, ainda mais pessoas, com possibilidades económicas e temporais, não sabem coisas absolutamente elementares. Fico chocado, quando pessoas aos 20 anos, não fazem ideia em que ano foi o 25 de Abril, quantos países tem a União Europeia, quem foi o primeiro presidente da República do pós-25 de Abril. São coisas absolutamente elementares. Não percebo, como é que se está em casa 6 horas no Messenger, porque é feriado, e não procuramos saber, que foi naquele feriado que se implantou a República ou que se restaurou a independência. Quando se fala em 1910 ou 1640 e não se associa imediatamente a um acontecimento, julgo que é grave. Tanto mais, que se falarmos em 9 de Maio de 2009, se associa ao Sensation White.

Já não digo que se saiba, realidades, que a meu ver são elementares, mas que considero não serem absolutamente basilares, como por exemplo, quem foram os últimos lideres do PSD ou do PS, ou quem é o actual primeiro-ministro francês.

Mas há acontecimentos e datas, existem realidades e personalidades que é “obrigatório” sabermos. E que não se sabem por empinar livros de história. Sabe-se, com a ingénua pergunta, aos 6 anos de idade, dirigida ao pai ou à mãe, perguntando porque é que é feriado ou do que é que aqueles senhores estão a falar na televisão.

Saber quem foi Churchill, Mussolini, Hitler, Estaline, o que foi a Cortina De Ferro, saber explicar em traços gerais em que consistiu a Guerra-fria, os passos elementares na construção da União Europeia é fundamental. Fico mesmo chocado, com algumas coisas.

Acho que muitas pessoas passam pela vida, tocam-lhe ao de leve, levam uma vida superficial sem nenhum interesse, sem nenhuma perspectiva de deixarem a sua marca, de mudarem as coisas num ou noutro aspecto. Julgo que apenas se pode saber para onde se quer ir, se soubermos de onde viemos. Acho impossível caminhar, sem perceber exactamente as causas e consequências das nossas atitudes, sem ponderarmos o reflexo do que fazemos.

Talvez, consiga postar aqui um conjunto de textos sobre alguns dos principais acontecimentos da história, na perspectiva de, humildemente, contribuir para que alguém se torne um pouco mais informado e conheça um pouco mais do elementar da nossa vivência.

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Maldini - Um senhor.



Estreando-se aos 16 anos pelo AC MILAN, termina esta época uma fantástica carreira, perto de completar 41 anos de idade. Sempre no mesmo clube. Leal, profissional exemplar, como já não existe. Jogador de classe indiscutível, elemento insubstituivel na mecanica do clube de Milão.

Um ícone do Milan, de Itália e do Mundo. Um exemplo para todos os amantes do futebol.

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Quique - A ir embora, mais um dos grandes erros da gestão Vieira.

>> domingo, 24 de maio de 2009



Não percebo também, porque é que Quique Flores deve ser, solitariamente, responsável pelos alegados maus resultados esta época. Rui Costa e Vieira, nada tiveram que ver com a época encarnada?

Não foi LFV que disse, que "secalhar o Benfica não devia ter sido campeão em 04/05?"?

Que raio de liderança temos no Benfica, onde se despede treinadores e se revoluciona o balneário em todas as épocas?

Mourinho era arrogante, Toni é que era bom.

Trappa foi campeão, mas era muito defensivo, não prestava.

Koeman patrocinou uma caminha europeia fantástica, mas era fraquinho.

Fernando Santos conseguiu 75 pontos (mais 10 em menos 4 jornadas do que quando o Benfica foi campeão, lutando pelo titulo até à ultima jornada) e foi embora por ter empatado for com o Leixões.

Camacho foi embora, quando estávamos em segundo. Veio Chalana, fomos eliminados da Taça de Portugal e acabámos em quarto.

Com Quique voltámos, mais de dois anos depois, a ganhar um titulo. Ficámos em terceiro, tendo estado muito tempo em primeiro lugar. Lançamos, vários jovens jogadores, algo que nao me lembrava há muito tempo. Também vai embora.

E Vieira que em 8 anos de Benfica, nada conseguiu?

Mas atenção: Não é o senhor Bruno Carvalho, da Porto Canal, que nos textos que elabora considera que o Benfica deve emitar o FCP e que afirmou que o seu treinador, caso vencesse as eleições seria Carlos Azenha (ex adjunto de Jesualdo) que é a solução.

Por mim, vinha o Veiga. O único que consegue fazer frente ao sistema do norte. E fomos campeões com Veiga. E fique Quique. Agora que conheçe o futebol português, que percebeu a dimensão do Benfica, é o homem certo para o Benfica do futuro. Se não o segurarmos, não estranhava que fosse Quique o próximo treinador do Real Madrid ou...do Porto.

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Dia B, por Bruno Antunes

5 factos positivos.
Na semana passada escrevi sobre os 5 pontos que contribuíram sem igual para o actual estado deste país, que carece de um forte desenvolvimento, com ou sem crise Mundial. Desta feita deixo-vos os 5 pontos positivos que contribuíram para que o país não esteja tão mal quanto isso e que seja, ainda assim, um excelente país para se viver.
Comecemos pelo primeiro passo dado por D. Afonso Henriques. Foi este Rei que em 1143, à revelia de sua mãe, se lançou na criação de um novo Estado, na altura, um mero Condado Portucalense. D. Afonso Henriques fez daquele relativamente exíguo espaço de terra, um país bem maior, para o qual contribuíram reis seguintes. É certo que muitas vidas foram ceifadas para a criação deste país. Aparte isso, este país para existir, assim como tantos outros, para não dizer todos, necessitou de um movimento de forças. Essa ofensiva de Norte para Sul tornou possível aquele projecto que é hoje Portugal.
O segundo momento fundamental para este país foi a projecção de Portugal além-mar através dos Descobrimentos a partir do século XV. Demos ao Mundo o caminho marítimo para a Índia, o Brasil, Moçambique, Cabo verde, Angola, São Tomé, Guiné, Macau, Timor, e descoberta de terras ainda que não exploradas de modo totalmente eficaz como a Terra Nova. No fundo os portugueses andaram em todo o lado e esse foi um dos momentos de maior glória deste país que outrora fora uma potência mundial.
Em terceiro lugar a implantação da República em 1910. Muitos me dirão que foi um momento perfeitamente dispensável da História Nacional. No anterior texto deixei o meu ponto de vista acerca da I República, uma altura em que os Governos foram tantos que a média dava perto de 3 por ano e a instabilidade reinava. No entanto, o agrado pela implantação da República não significa necessariamente agrado pela I República. A Implantação foi fundamental. Como alguém dizia, poderemos nós concordar com a subida ao poder de um líder não eleito? Pois bem, era isso que se passava com a Monarquia. Para além disto, fica o reparo quanto ao modo como se conseguiu implantar a República. Matar o Rei não passa, no meu modo de ver as coisas, como um passo aceitável e necessário.
Quarto ponto, o 25 de Abril de 1974. Sobre o 25 de Abril já aqui escrevi mas não vou deixar de considerar algumas impressões acerca daquele momento. Foi a partir daquele dia que Portugal começou a poder respirar. Acabavam os limites à liberdade de expressão, de reunião, de voto, de opinião, com a censura, com a opressão, com o fechamento do país, com a guerra colonial, iniciou-se a Democracia em Portugal. O 25 de Novembro também foi fundamental. No entanto, foi o 25 de Abril o passo nº1 para a Democracia.
O quinto ponto passa pela adesão de Portugal à União Europeia em 1986. Sem a União Europeia, Portugal estaria bastante subdesenvolvido, quer económica quer socialmente. Beneficiou de fundos europeus que tornaram possíveis vários projectos de variada índole. Modernizaram-se infra-estruturas, desenvolveu-se o país. Portugal foi um dos maiores beneficiários da entrada naquela organização. Foi fundamental.

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Crisma

Está neste momento a iniciar-se a celebração, onde farei o meu Crisma. Um passo muito importante para mim, na vivência da fé em Deus e no amor ao próximo.

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Human - Uma das minhas favoritas.

>> sábado, 23 de maio de 2009

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Crédito

No outro dia, li uma contra-capa de um jornal de distribuição gratuita, que fazia publicidade a determinada empresa que concede crédito, patrocinadora de uma conhecida equipa de ciclismo. Detive-me sobre a oferta.

Para um crédito de 500 euros, as pessoas ficam obrigadas a, durante 30 meses (dois anos e meio) pagar 30 euros por mês. Ou seja, pedindo um crédito de 500 euros, pagarei 900!

Acho que isto não deveria ser permitido. Acho que é um dos casos, muito pontuais, onde o estado deveria regular, fixando uma taxa de juro máxima. Isto é uma vergonha!

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Outros Blogues XII

Aqui está o reverso da medalha. Um blogue feito um portista, que passa o tempo a falar do benfica, escreve mal, não dá argumentos decentes. Uma decadênica. Www.aguiamoribunda.blogspot.com.

Nota: 1 Valor

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Viva La Vida

>> sexta-feira, 22 de maio de 2009

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Trilogia dos Valores da II República. Onde está o mal?

>> quinta-feira, 21 de maio de 2009

Não seria necessário o intróito que se segue, não fosse as interpretações turvas de algumas personagens, mas como é obvio condeno, a maioria das coisas que foram feitas no regime salazarista, desde logo à supressão das liberdades, nomeadamente, no domínio da expressão e da comunicação. No regime autoritário, seria impossível escrever com toda esta liberdade de espírito aqui no Laranja Choque, por exemplo. Mas também não foi o 25 de Abril que nos trouxe essa liberdade. Quanto muito, o 25 de Novembro. Mas sobre essa temática, já escrevi, e remeto para o meu post sobre o 25 de Abril, escrito, originalmente, para “Um Blogue do Caraças” e depois reproduzido aqui. Hoje escrevo-vos sobre os valores defendidos nesse período. Esse foi um dos pontos positivos, muito positivos mesmo, pelo menos no plano teórico, da II República.
Deus, Pátria e Família. É sobre esta trilogia que vos quero falar.

A obrigatoriedade e imposição de uma religião, qualquer que ela seja, é mau e merece condenação. Sou a favor, obviamente, da separação entre estado e Igreja a favor de um laicismo. Mas ficamos por aqui. Separação. Muitas vezes não presenciamos um estado laico, mas antes um Estado que é contra a Igreja. E isso já não é admissível. Mas a confusão entre Deus e Igreja, também não deve ser feito. Admito, perfeitamente, alguém que acredite piamente em Deus e não se reveja na Igreja Católica, por exemplo. Uma breve nota: A Igreja será sempre Santa, porque foi criada por Deus, será sempre pecadora porque é feita de homens. Posto isto, afirmo, que no meu entendimento, como base de toda a minha vida, está Deus. E nesse sentido, à cabeça desta trilogia de valores que defendo, está Deus, está Jesus e está a vivência numa fé arrebatadora, certa. Que se sente no quotidiano.

Quanto à Pátria, acho que o sentimento de afecto, orgulho e esforço por dignificar a nossa bandeira é hoje muito reduzido. Instalou-se em Portugal, o “Chico-espertismo”, o salve-se quem puder, uma total apatia sobre os interesses nacionais. O Homem deve ser um fim em si mesmo. Claro. Deve ser colocado num plano de primazia relativamente à própria colectividade? Sim. Deve esquecer-se que está numa colectividade? Nunca. Não pode. Somos uma equipa. Deveríamos ter esse espírito. Hoje trabalhas tu, e com os teus descontos, pagas as reformas a quem trabalhou ontem e pagas os estudos a quem vai trabalhar amanhã. Quem tem reforma, deveria ser mesmo só quem trabalhou, e não artimanhas que algumas pessoas fazem. Quem estuda, tem mesmo que estudar muito, investir muito na sua formação pessoal para depois a colocar ao serviço da comunidade, incrementando a produtividade e paralelamente o crescimento económico que levará ao aumento da riqueza e à melhoria da qualidade de vida para todos. A corrupção, e Portugal é perito nisso, é um dos grandes problemas da nossa sociedade (sobre isso falarei detalhadamente na rubrica Portugal, daqui a umas semanas). Tenho pena que muitos portugueses, apenas sintam o que é ser português, num torneio de futebol ou no entoar do hino por uma equipa de rugby. É preciso sentir e dignificar o País, todos os dias.

Família. Foi o colapso familiar, com a saída da mulher para o mercado de trabalho (que obviamente tinha que acontecer em nome da igualdade entre sexos, esquecida durante tantos anos e que não mais poderia esperar) que consentiu esta degradação dos valores a que assistimos hoje. A ruptura do núcleo familiar, completamente amorfo às preocupações e anseios dos filhos, a indiferença pelos mais idosos que tanto deram por toda a família, a correria durante todo o dia, as refeições em comum que são cada vez menos, transformaram muitos lares portugueses, numa pensão onde as pessoas se conhecem mas não se relacionam, verdadeiramente. Acho inadmissível (falou-se nisso do post em que figurava a imagem de uma personagem da banda desenhada e em que um comentador, o Pedro, referia a quebra do núcleo familiar) que tantas famílias, tantas mães e tantos pais olhem com indiferença para o que os filhos vão fazendo. Poderei um dia arrepender-me do que escrevo, e ser atraiçoado por estas palavras, mas creio que um acompanhamento desde cedo, uma preocupação constante e diária, tornam impossível que um filho fume descaradamente, sem que os pais saibam (ou queiram saber, acho que, infelizmente, é mais isso) que beba uma dúzia de vodkas num qualquer espaço de diversão nocturna, que participe, como noticiou a revista Sábado, em Orgias, com cocaína metida ao barulho, com 12 anos, que pratique (conheço o caso) sexo oral aos 9 anos, que roube em supermercados, que minta descaradamente, dizendo que vai dormir em casa de uma amiga e afinal nem sequer dorme, que tenha 24 relações ocasionais em poucos meses, e todo um conjunto de actos menos correctos. Acho que toda esta degradação se deve, essencialmente, à quebra do núcleo familiar, a fragmentação da Instituição Família, que está hoje, completamente esfrangalhada e não interessa a ninguém.

Defendo, portanto, esta trilogia de valores. Talvez, e repito, no plano teórico, o grande legado que a II República nos deixou.

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Made in Açores, por Tibério Dinis

>> quarta-feira, 20 de maio de 2009

Num ano recheado de eleições e posterior ao efeito Obama, temos assistido na política portuguesa a um crescente cuidado dos candidatos em possuírem influência na internet e nas redes sociais. Na verdade, o modelo português é bem diferente do norte-americano e a meu ver apenas duas ou três aplicações on-line valem a pena para os nossos políticos.

O que não falta hoje neste país, são candidatos obamizados, com site, blogue, hi5, flickr, twitter, myspace, YouTube, linha telefónica, facebook e tudo o mais. A grande maioria não soube perceber quais as redes que podem trazer ganhos e quais as que literalmente não servem para nada.

Esta invasão política do espaço virtual contrasta com um aumento de erros estratégicos na vida real de muitos candidatos. Parece-me que muitos hoje estão mais preocupados com o mundo virtual, há muito tempo que em Portugal não se assistia a tanto atropelo e contradição em tão curto espaço de tempo, pelos mais diversos candidatos, da esquerda à direita.

A internet e as redes sociais são na verdade um veiculo poderoso de transmissão de imagem e mensagem, no entanto, há que perceber que redes têm verdadeiro impacto no nosso país e é imperativo que não se esqueçam do mundo real.

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Outros Blogues XI

Pela primeira vez vi um blogue de adeptos do Porto, onde não estão sempre a falar do Benfica. Com textos, concorde-se ou não com o teor, bem construidos. Com uma pitada de humor à mistura e com os ataques normais aos rivais. Mas tudo normal. Como Blogue de apoiantes do FCP que é, fala essencialmente do Porto. Excelente exemplo.

Nota: 12 Valores (A minha parcialidade não permitiu dar mais)


www.reflexãoportista.blogspot.com

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É mesmo uma sorte.

>> terça-feira, 19 de maio de 2009

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O meu carro

Muitas pessoas questionam se é possível sentir amor pelas coisas. Se é possível nutrir uma afectividade inexplicável por objectos, ou se, ao invés, esse sentimento é apenas passível de ser experienciado com pessoas.

Na minha modesta opinião, afirmo que é possível nutrir-se um enorme carinho por coisas. É o caso do meu carro. Hoje, enquanto bebia café, no seu interior, pus-me a pensar a quantidade de coisas que já vivi, na presença do meu popó.

Foi ao volante do meu automóvel, que guiei, alegre (e velozmente) saboreando o sucesso de mais uma melhoria de nota. Foi no interior do meu carro, que estudei algumas horas, enquanto apanhava sol. Foi no interior do meu carro, que simplesmente ouvi música ou que bebi café em vésperas de maratona de estudo.

É no meu carro, que passo horas a conversar. É no meu carro, que como os deliciosos pães com chouriço com o Pedro, no meio de duas conversas e de umas voltas por Lisboa. É no meu carro que me desloco todos os dias para a faculdade. Foi no meu carro que tive conversas importantes.

Foi no meu carro que tive a notícia da maior desilusão de sempre. Foi ao volante do meu carro, que após um mau resultado eleitoral, conduzi enfurecido. É nos bancos do meu carro, que durmo umas belas meias horas, a meio da manhã, para compensar as noites mal dormidas. É no meu carro, que almoço, várias vezes, quanto o tempo aperta. É no meu carro, que tenho, muitos dos livros que necessito. Já comi gelados, bebi sumos contei e vivi experiencias.

Já experienciei tantos momentos no meu carro. Alegria, tristeza, desilusão, euforia, prazer, animo e desanimo, paixão e revolta.

Muito do que tenho vivido ao longo do ultimo ano, tem sido com este meu novo amigo por perto. Por mim, tendo posses para tal, ia sempre mantendo este carro. Fazendo-lhe os curativos necessários. Gosto muito deste carro.

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Repugnante.

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Benfica, Benfica, Benfica!

>> segunda-feira, 18 de maio de 2009



Tinha deixado aqui na caixa de comentários o meu desejo profundo de que o Benfica goleasse o Braga. Também cheguei a ter um rascunho de post, mas depois contive-me. Este meu desejo profundo era hoje muito maior do que noutras jornadas, onde apenas quero que o meu Benfica ganhe por meio a zero e some os três pontos. Hoje queria ver o Estádio AXA silenciado. Queria calar os cânticos nojentos que aquelas claques vieram a proferir, imitando o seu clube-mãe. Queria calar Salvador. E queria que o Benfica e, Quique Flores, evidenciassem que Jorge Jesus não é, definitivamente treinador para o Benfica.



Não gosto de Jorge Jesus. Não quero que ele venha para o Benfica. Se vier será o meu treinador, mas nunca vibrarei como vibrei com Mourinho, Trappatoni ou Fernando Santos. E não gosto porquê?

Uma razão subjectiva: O facto de ter evidenciado uma postura subserviente, na comparação entre as declarações após o jogo com o Benfica, onde foi, efectivamente prejudicado, e o jogo com o Futebol Clube do Porto, onde foi ainda mais prejudicado. A postura de clube satélite que o Sporting de Braga assumiu durante toda a temporada, foi, nesses flash interviews bem encarnada pelo treinador Jorge Jesus.

Uma razão objectiva: Os fracos resultados. Deixou o Vitória de Guimarães em 14ºLugar, onde foi despedido, não conseguindo, nesse mesmo ano, evitar a despromoção do Moreirense. Conseguiu um 7º e um 8º Lugar, com Leiria e Belenenses, respectivamente. E este ano, poderá ficar em Quinto Lugar, o que, no plano interno, constitui uma época horrível, tendo sido eliminado, precocemente, na Taça da Liga e na Taça de Portugal. É que o Braga tem a melhor equipa das últimas décadas. Compare-se por exemplo, com Jesualdo Ferreira, e perceba-se a diferença comparativa. E Jesualdo não dispunha da equipa que Jesus dispõe.



Não é preciso ir longe, para perceber, que mesmo em Portugal, existem melhores opções. Cajuda, colocou o Vitória de Guimarães na Champions, não conseguindo atingir a fase de grupos, apenas porque foi escandalosamente espoliado. Fez uma época memorável o ano passado, intrometendo-se entre os três grandes, coisa que Jesus nunca conseguiu. Mas, essencialmente, Manuel Machado, que com uma equipa muito menos cara que a do Braga, arrisca-se a colocar o Nacional à frente do Braga. Bom trabalho na Académica e sobretudo em Moreira de Cónegos, onde trouxe o Moreirense da II Divisão B para a primeira Divisão num ápice. Preferia muito mais, ter Manuel Machado no próximo ano, do que Jorge Jesus, que considero um treinador com alguma qualidade, mas exclusivamente para equipas relativamente pequenas, onde o discurso atabalhoado e as palavras de ordem, o pouco rigor técnico ou táctico e falta de tacto para lidar com jogadores de maior craveira passam despercebidos.

Discordo do Pedro Mendonça, quando aqui diz que Jorge Jesus é do melhor que Portugal tem. Existem 8 ou 9 treinadores bem melhores. Que saudades tenho de Fernando Santos, o treinador que fez Benfica e Sporting conquistarem mais pontos nos últimos anos, e que colocou o modesto PAOK no segundo lugar do campeonato grego, para já não falar, do campeonato nacional ao serviço do Porto. Humberto Coelho, grande Benfiquista, mentor de uma excelente prestação da selecção nacional, no Euro 2000. Peseiro, o treinador que pôs o Sporting a jogar um futebol fantástico e levou a equipa de Alvalade a uma final europeia e a ficar bem próxima de ser campeã nacional. Manuel Machado, que já referi. E não sendo Português, mas conhecedor do Futebol Português, ícone da anti corrupção, homem capaz de voltar a encher o terceiro anel, a mobilizar a massa adepta benfiquista e a erguer a moral das tropas, o sargentão Luiz Felipe Scolari, talvez o meu preferido.

Mas reflecti bastante esta semana, e julgo que existe um homem que é homem certo para treinar o Benfica na próxima temporada. Esse homem é Quique Flores.



Neste momento, conhece o futebol Português. Percebeu que é Cardozo que tem que jogar, que é obrigatório jogar com dois homens de características ofensivas nas alas, como Reyes e Di Maria, descobriu Urreta, percebe que não pode jogar com dois médios de características mais defensivas (pelo menos em todos os jogos) que Amorim rende muito mais no centro do terreno. Percebeu, que jogando fora, pode adiantar Maxi, colocando um central à Direita, para dar mais consistência. Conhece os adversários e teve contacto com a mística do Benfica. Com o terceiro anel. Com a exigência de treinar o maior clube do mundo. Que o Benfica, não é aquele clube que, normalmente, fica em 4º Lugar a 20 pontos do Primeiro. Quique está hoje integrado e sabe do futebol português. Conhece a equipa. Não faz sentido voltar a começar do zero.

Só o faria, no caso de a alternativa, ser qualquer coisa do outro mundo. Algo absolutamente inesperado. A época esteve longe de ser brilhante. Mas ganhou-se um troféu e melhorou-se a classificação da época transacta. Descobriu-se novos valores, como Sidnei, Miguel Vítor, Urreta. Foi a época da Afirmação de Cardozo, David Luiz e Maxi Pereira. Julgo com 3 ou 4 reajustes o Benfica poderá ser mais forte no próximo ano. Acho que a melhor opção é manter Quique Flores.

Acho que a pior, seria chamar Jesus.

Sobre o jogo, mais uma vez, um escândalo dos antigos. Um penalty a favor do Braga, que me deixa as maiores dúvidas e um não assinalado sobre Reyes, que também e duvidoso. 3 foras de jogo mal tirados e uma falta ofensiva mal assinalada, todos os lances deixariam isolados os jogadores encarnados. Expulsão inacreditável a Yebda, e não exibida a Luís Aguiar e Paulo César não se percebe bem porquê. Show de Amarelos, com muitas coincidências à mistura. Os jogadores em risco eram sempre admoestados. Benfica espoliado, mas como foi muito melhor, passa ao lado da imprensa e do mundo desportivo.



Uma exibição de classe. Vamos dar tempo ao tempo. Não me parece que Jorge Jesus venha fazer mais do que fez Manuel José. Se vier, e for campeão, tiro lhe o meu chapéu. Para já não entusiasma. E nunca mais esquecerei as suas declarações e a subserviência. Mas vamos aguardar, com serenidade.

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Dia B, por Bruno Antunes

>> domingo, 17 de maio de 2009

5 factos negativos.

Hoje vou procurar fazer uma dissertação acerca dos 5 piores momentos da história nacional. Para a próxima edição do dia B ficam os 5 melhores momentos.

Portugal é um país com 800 e muitos anos de história e teve um percurso enquanto nação recheado de momentos negativos, responsáveis, muitos deles, pelo atraso de desenvolvimento que Portugal tem relativamente aos demais países ocidentais. A ordem pela qual vou enumerar os momentos negativos da história deste país “à beira-mar plantado” seguirá o critério cronológico.

Comecemos pela Batalha de Alcácer Quibir que terá sido o primeiro de muitos disparates graves cometidos pelos governantes portugueses. Era D. Sebastião, rei de Portugal, quando resolveu travar uma batalha naquela cidade africana. A batalha ficou marcada pela inferioridade numérica dos portugueses, o que acabou por se reflectir na derrota na batalha. Morre o rei, fica Portugal sem monarca na medida em que D. Sebastião não deixara sucessores. Dá-se a discussão acerca de quem será o próximo rei de Portugal e esse cargo fica para Filipe II de Espanha, e a partir de então D. Filipe I de Portugal. Este facto teve consequências gravíssimas, para além da indefinição relativamente a quem guiaria os destinos desta nação. Portugal ficou sujeito aos desígnios do Rei de Espanha. Bem sei que não se tratava de uma fusão de reinos entre Portugal e Espanha, mas antes dois reinos com um único rei. No entanto, esta dependência não se revelava proveitosa para um desenvolvimento sustentado de um país que se quer autónomo e não sujeito ao que o rei de Espanha queria (sim, porque para todos os efeitos era rei de Espanha). Portugal não conseguiu assim afirmar-se em toda a sua plenitude como potência no que aos Descobrimentos diz respeito pois estava continuamente toldado” pelo que dava mais jeito a Espanha”, perdoem-me a expressão.

O segundo momento destrutivo no que ao desenvolvimento de Portugal diz respeito foi o desperdício do ouro do Brasil protagonizado, entre outros reis, por D. João V. Esse desperdício terá custado caro. Os gastos exorbitantes em luxos insuportáveis foram a marca daqueles reinados. Dá ideia que se vivia naquela altura um “novo-riquismo real”. Se antes se tivesse gasto aquele dinheiro oriundo do ouro brasileiro noutros pontos nevrálgicos do desenvolvimento português, como por exemplo o desenvolvimento na metrópole, o potenciar da colonização (pertinente no momento) nas colónias já conquistadas, no fundo pôr em prática medidas fundamentais, que não o luxo real, o país hoje poderia ser diferente, para melhor.

O terceiro ponto reside na Guerra Civil. Como alguém diria a guerra civil é a pior de todas as guerras. A divisão entre pessoas do mesmo país é terrível. A luta armada entre os miguelistas/absolutistas e os apoiantes de D. Pedro IV/liberais (irmãos) durou 6 anos e acabou na instauração de uma monarquia liberal. Este facto, apesar de ter criado condições para a não continuidade de um sistema em que um rei concentrava em si todos os poderes (rei absoluto), dividiu enormemente a sociedade para não falar nas perdas humanas, de um valor inestimável.

Já o quarto facto negativo encontra-se no inicio do século XX. Em 1910 instaura-se a República. Porém, aquela que parecia ser uma nova lufada de ar fresco para os portugueses cedo se tornou num mar de instabilidade. De 1910 a 1926 (fim da I República) houve 46 Governos! Repito 46 Governos! Isto em 16 anos. O que dá uma média de perto de 3 governos por ano, o que é dramático. Estes números traduzem a instabilidade governativa que se vivia em Portugal naquela altura. Para além dos Governos houve também muitos Presidentes, isto para não falar em golpes de estado. Aliás, foi através de um que se pôs termo a esta república. A I República foi alvo de enorme contestação e bem. O desgoverno militante, a incapacidade de gestão capaz, a entrada de Portugal na I Guerra Mundial (muito discutível) motivaram a queda daquele regime que provocou um atraso extraordinário de Portugal.

O quinto momento foi o Estado Novo em geral e a Guerra Colonial em particular. Se de início o Estado Novo se revelou fundamental na estabilização das contas públicas, na política orçamental, na estabilidade governativa, mais tarde tornou-se um peso difícil de sustentar dada a falta de democraticidade neste país, a censura, a falta de liberdade de voto, opinião, manifestação, reunião, do pluralismo partidário. No fundo, falta de Democracia. Esta má política encontrou um expoente máximo na década de 60. Portugal entra na Guerra Colonial e nela permaneceu durante 14 anos. Foram inúmeras as perdas humanas. Foi devastador para a economia nacional aquele esforço de guerra. Foi o que precipitou o fim do regime, interessantemente.

Estes foram aqueles que considero os 5 factos mais nefastos para o nosso país. Podia ter ido mais longe, ter sido mais crítico e exaustivo mas a disponibilidade não é a maior. Obrigado.

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AAFDL. Que oposição?

Há uns meses atrás afirmei que não é a tarefa mais difícil do mundo ganhar as eleições relativas à Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa. Anotei também, que ano após ano a Lista A vai ganhando as eleições, sem dificuldade aparente. Quais são afinal as razões conducentes às vitórias sucessivas desta lista?

Em primeiro lugar, convenhamos, a capacidade dos seus quadros. A forma muito bem conseguida com que faz pequenas alterações na equipa, equilibrando a renovação com a experiência dos anteriores membros e mexendo em lugares específicos, de forma cirúrgica. Um bom exemplo, é a candidatura do Nuno Poças a Presidente da Mesa da RGA, que sem dúvida, trouxe um capital de votos à Lista, muito importante.

Alguns outros membros de grande qualidade, como já destaquei, noutro post, como é o caso do Ivan ou do próprio presidente, o João Ascenso. O João, é um grande aluno e para mim isso é uma das condições básicas para ser o mais alto representante dos alunos. Sem nenhuma fanfarronice ou preciosismo. Aliás, reconheço ao João a humildade necessária para exercer este cargo, e o facto de não se deixar envaidecer pelas brilhantes classificações que vai obtendo ao longo do curso.

Mas para além destas razões positivas, cumpre fazer a pergunta. A AAFDL teve de facto uma oposição? A resposta é um rotundo não.

Se alguém quiser ganhar as eleições para a AAFDL no próximo ano, arrisco-me a dizer que já vai tarde. As eleições começam a ganhar-se em Abril, Maio. É nas RGA mais quentes do ano, com a questão dos exames, as sempre enormes dificuldades de adaptação ao Processo de Bolonha, os orçamentos e relatórios, que existe mais discussão. E é ai que se ganham eleições. Aparecendo sistematicamente nas RGA com propostas alternativas, soluções viáveis para os vários problemas, apresentando soluções com um sustentáculo de credibilidade e solidez. Ninguém aparece. Onde é que está o Frias, candidato-relâmpago pela Lista H? Ou os seus mais altos quadros dirigentes? Não estão.

As pessoas não podem considerar, que um mês antes de umas eleições, cujo universo eleitoral é de alguns milhares de pessoas, é que avançam com o que quer que fosse. A apresentação de uma lista deve ser uma coisa séria. Ponderada. Com verdadeiras alternativas. Pelo contrário, não pode nem deve ser, desculpem-me a expressão, um exercício de pura masturbação intelectual. As listas não podem ser constituídas pelos nomes ou apelidos de alguém. Não se podem queimar pessoas sérias em projectos condenados à partida.

Há um ano atrás, aceitei ser candidato a vogal da política educativa, estava eu no meu segundo ano. E aceitei porque tinha ideias para a Associação Académica, naquela área política. Mas devo confessar que fui iludido. Se soubesse o que sei hoje, nunca teria aceite tal convite, pois a Lista de então veio a revelar-se uma enorme desilusão.

Já este ano, como escrevi aqui, recusei liminarmente ser candidato em qualquer lista e muito menos avançar para a presidência. As candidaturas têm que ser sérias e a disponibilidade a maior. Só faria sentido ser candidato ao quer que fosse, se as coisas fossem delineadas segundo aquilo que acho correcto. Por exemplo, nunca me candidataria, no próximo ano, já que, se assim o desejasse, teria que estar já no terreno. Combatendo nas RGA, ganhando e perdendo, também faz parte, os debates que por ali se fazem, apresentando propostas, criando uma equipa que estivesse já a recolher contribuições ideológicas dos alunos e fazendo uma oposição construtiva a esta Associação Académica.

Assim, a Lista A, pode já encomendar as faixas. Não há qualquer oposição estruturada. Há pequenos movimentos eleitorais e eleitoralistas que aparecem e desaparecem como um flash. Não há um trabalho sério.

Uma última palavra, para as RGA. Eu já desisti também. São autênticos espectáculos circenses. Horas e horas, mais uma vez, de pura masturbação intelectual. Para se decidir um regimento de uma Mesa da RGA, discute-se tanto tempo como os deputados da Assembleia da República para decidir a aprovação de uma qualquer lei importante. Dezenas de pedidos de esclarecimento, outras tantas interpelações, propondo adendas estapafúrdias, com apoios reduzidíssimos, que tocam o absurdo. Não me chocava, que para apresentar propostas, por exemplo, fosse necessária a assinatura de um conjunto significativo de alunos, 100 alunos por exemplo. Uma ou duas propostas percebe-se. Se tiverem apoio significativo. Agora o mesmo aluno pode falar 5 ou 6 vezes, para referir que a RGA deve ser feita naquele ou no outro anfiteatro. Poupem-me.

Também não chocava, um sistema tipo assembleia, com representatividade das listas na RGA. Era preciso era ter oposições consolidadas e respeitáveis. O que não tem conseguido.

Conclui-se, tristemente, que a Lista A poderá continuar, descansadinha, a fazer o seu mandato e a tomar as decisões e posições que bem lhe apetece, sem ter uma oposição credível, que a ajude, critique e apresente outras alternativas. Outro rumo.

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Do mais Genial que já vi. Retirado do Psico, postado pelo Nélson.

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1 Pessoa, 1 Blogue

1 Pessoa, 1 Blogue

Em diversas conversas que vou tendo, vou exprimindo este desejo. Da mesma maneira que todas as pessoas têm um bilhete de identidade, seria desejável que todas tivessem um blogue. E será assim tão difícil? Será pedir muito? Será que quase todas não têm um perfil de hi5, por exemplo?

Um blogue é muito importante na própria formação das pessoas. Escrever um texto, obriga a informar-nos sobre determinado tema, pensar sobre isso, formar uma opinião e sistematizar as ideias de forma a que seja possível transmitir aos outros a nossa opinião. Ficamos mais informados e mais úteis.

Depois têm a grande vantagem de ficarmos a conhecer muito melhor uma pessoa. Por exemplo, observam o blogue da Pipoca Mais Doce e percebem que personalidade ali está. Observam o Dias Úteis, do Pedro Ribeiro, e é um retrato fiel do que ele transmite na rádio, todas as manhãs. Ao lerem o Laranja Choque, ficam também, com um conhecimento muito maior daquilo que sou e daquilo que penso.

Quanto a mim preferia muito mais, conhecer o pensamento das pessoas, do que saber se são solteiras ou comprometidas, se procuram conhecer pessoas ou apenas ver, ou sequer visionar as centenas de fotos que preenchem os perfis de HI5.

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Costa – Nos Intervalos da Chuva

>> sábado, 16 de maio de 2009

Dois anos volvidos após a eleição de António Costa como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na véspera de um novo acto eleitoral, que bom seria, estar aqui a discutir o trabalho feito pelo edil socialista. Que bom seria, que as páginas dos jornais, os debates nas rádios e nas televisões tivessem como pano de fundo as boas e as más decisões de António Costa. Mas não.

António Costa é aquele tipo de político que dificilmente se consegue dizer mal. Mas é também, seguramente, um político de quem nunca se conseguirá dizer bem. Simplesmente estes dois anos foram um rotundo 0. Nada foi feito e nada foi decidido. Hoje não podemos discutir uma única obra do executivo Socialista.

Os dois argumentos que vão sendo afiançados, é a minoria da Assembleia Municipal e as alegadas condições financeiras que António Costa teria encontrado em Lisboa. Quanto à segunda razão, nada poderia ser mais errado. Fazendo uma análise comparativa com outros orçamentos, Santana Lopes, por exemplo, pegou na Câmara com uma situação financeira, em nada melhor. Relembre-se, que foi poucos anos depois da Expo 98. Sobre a minoria, o mesmo sucedeu com Santana Lopes. Nada de novo, portanto. E basta de desculpas.

A verdade é só uma: António Costa gosta de andar pelos intervalos da chuva, de forma a não se molhar. Tem medo de decidir. Nada faz, para não ser criticado e julga que através desse expediente e de algumas coligações e jantares mais esquisitos, conseguirá ser reeleito. Não sei se será. Tenho a absoluta convicção de que não. Mas não posso garantir com toda a certeza de que isso irá acontecer. Acho improvável.

Mas uma certeza eu tenho. É que, nas Autárquicas para Lisboa, apenas poderei escrever sobre a obra de Santana Lopes.O edifício que serve centenas de estudantes na Avenida das Forças Armadas, a Quinta dos Lilases, o Terminal em Sete Rios, o Jardim do Arco do Cego, a Quinta das Conchas, o Túnel do Marquês ou as 7 piscinas municipais são apenas exemplos do mandato de Santana Lopes.

Pedro Santana Lopes, tem obra feita. Isso é inegável. Goste-se mais ou menos do estilo, valorize-se mais ou menos a obra, Pedro Santana Lopes decide. Quanto a mim bem. E é disso que se vai falar nestas eleições, algo inédito. Não há qualquer trabalho feito pelo actual presidente da Câmara. Vamos ter que falar do trabalho anterior. Costa, nos intervalos da chuva, nada tem para dizer aos lisboetas. É pena. Pode ser que se molhe.

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Grande Entrevista

Aconselho todos a ver a excelente entrevista que Zeinal Bava concedeu a Judite de Sousa, no Programa Grande Entrevista. Muito bom.

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Ponto de Ordem

Mantenho o registo dos post’s agendados, feitos, em intervalos de estudo, muitas vezes na Biblioteca da minha faculdade. Não obstante disso, tenho tentado, e julgo que conseguido, manter uma cadência de post’s aceitável, que permite que o leitor tenha, diariamente, um novo texto. Têm abundado os textos de reflexão e muito menos os de comentário político ou de outros assuntos da actualidade. Agradará a uns, desagradará a outros.

Quanto aos espaço semanais, algum atraso, na publicação de alguns textos, por culpa, exclusivamente minha, e não dos autores. Exemplo paradigmático, do Bom Futebolês, enviado a tempo e horas, mas que por manifesta falta de tempo não tem sido colocado no dia destinado a essa crónica.

A este propósito, ainda no registo futebolístico, será preparado uma edição especial e final do Derby, a fechar a época, muito maior que o habitual, fazendo o balanço da temporada, edição essa que será fragmentada em 3 ou 4 post’s.

Algumas novidades, para breve, na distribuição dos dias pelos convidados. O Nélson Faria, terminou a sua colaboração no Laranja Choque, após ter cumprido (e muito bem) com os 7 temas que lhe tinha proposto. Alguém o substituirá, nas próximas 7 semanas, nesse espaço. Os espaços futebolísticos terão que se readaptados ao defeso. Tentarei ter aqui uma crónica sobre coisas diferentes do que tenho falado por aqui. Tenho duas ares em mente e dois convidados referenciados. Terei um espaço sobre Lisboa, com convidado definido. Tentarei abrir dois espaços de reflexão, abrindo portas a duas mulheres, quadros importantíssimos na JSD moderna, em que acredito. Abrirei ainda um ou dois espaços de reflexão, a pessoas que não se enquadram na matriz ideológica que defendo. Uma pessoa já fechada. Outra, pretendia eu, mais à esquerda, ainda por referenciar. Queria aqui trazer um nome de peso, no sentido de dar os melhores argumentos possíveis, para suscitar o debate político. Tentarei ainda, intensificar, algo sobre a Faculdade de Direito, e vou tentar ter um espaço semanal, que pelo menos, aborde a vida interna da Faculdade. Convidado pensado, falta formular convite.

Segue dentro de minutos, o post "Costa-nos intervalos da chuva".

Obrigado pela fidelidade nas visitas. São um estímulo para por aqui continuar convosco.

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Ver o Link. Um tal de Pedro Mendonça a fazer a reportagem do Benfica. O orgulho do mano.

http://www.miragens.abola.pt/videosdetalhe.aspx?id=4526

Já que falamos do Jornal A BOLA, aconselho a todos a leitura do editorial da edição de Sábado do Jornal, escrito por Fernando Guerra. Uma brilhante análise ao trajecto de Jorge Jesus. Do que depreendo das suas palavras, partilha comigo o pouco entusiasmo que me suscita este treinador.

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Em bom futebolês, por Pedro Mendonça

>> sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os sete pecados mortais, versão de Quique Flores

1. Quique Flores chegou ao Benfica e pensou que uma boa imagem e boa comunicação seriam suficientes para cativar a massa adepta encarnada. Não teve problemas em assumir que não conhecia muito bem o futebol português, mas que com tempo iria adaptar-se... chegámos ao fim da época e o espanhol ainda não percebeu o futebol português nem a dimensão do clube que orienta... e não esquecer que prescindiu de Chalana e Diamantino.

2. O espanhol dispensou o melhor lateral esquerdo a actuar em Portugal – Léo. Primeiro disse que era a altura, depois a forma de jogar, mais tarde a capacidade física, depois que o defesa não estava com a cabeça no Benfica e agora diz que tem dados sobre Léo, mas que não os ia revelar. Tem ou não tem? Se sim, porque não revela?... E com isto queimou David Luiz na esquerda, já para não falar de Jorge Ribeiro, claro erro de casting.

3. Quique Flores chegou e quis impor o 4x4x2. 4 defesas, 4 médios, em que dois eram defensivos, e dois deviam ser extremos. Porém, o espanhol não percebeu que o Benfica tem de jogar para ganhar e que, por isso, só podia utilizar um médio defensivo, e outro mais ofensivo e que os jogadores das alas teriam de voar. Nem uma coisa nem outra... Uma equipa sem chama e sem criatividade foi o que o Benfica apresentou esta época. Além disso, Quique nunca teve um plano B quando era necessária outra solução.

4. Aimar chegou rotulado de craque. Um mágico argentino a altura de Rui Costa. Seria assim se não estivesse tanto tempo lesionado. Disso o argentino não tem culpa. O problema é que, quando estava bem, Quique teimava em colocá-lo na esquerda. Aimar é um criativo e não um extremo. É inteligente, mas não rápido. É fácil perceber que as suas características são de dez e não de extremo. Um erro crasso que custou muitos pontos aos encarnados.

5. Suazo era a primeira opção para Quique. Tudo bem. Sem discussão. Até certo ponto, o hondurenho era mesmo o melhor avançado. Mas desprezar Cardozo e Nuno Gomes? Porquê? Um treinador que gosta tanto de mudanças também não as deveria ter feito no ataque? Suazo é bom, mas não é excelente. E agora, no final da época, Quique descobriu que com Cardozo tudo seria mais fácil. O paraguaio é o único que no plantel tem instinto pelo golo.

6. Primeiro Quim, depois Moretto, depois Moreira e volta a Quim. Três mexidas na baliza, sector onde, dizem os livros, não se deve alterar. Quique mudou, não dando segunda oportunidade. Guarda-redes que errava, guarda-redes que saia. Resultado: nenhum guarda-redes esteve com a confiança no auge, já que, sabia que o menor erro seria caso para exclusão. Percebem porque razão o Benfica sofre tantos golos?

7. Quique Flores deveria ter abandonado o clube quando percebeu que não conseguia tirar o máximo das capacidades do plantel – o mais caro de sempre do Benfica. Deveria ter percebido que estava a mais e dado lugar a outro. Deveria ter percebido que não tem mão para uma equipa com tantos sócios, tantos adeptos e a necessitar rapidamente de títulos. Irá sempre dizer que ganhou a Taça da Liga... e isso consola quem?

NOTA1: Quique Flores vai sair do Benfica e não vai pedir indemnização. A melhor atitude desde que chegou à Luz.

NOTA2: Jorge Jesus deverá ser o próximo treinador dos encarnados. Aprovo a escolha. Do melhor que Portugal tem.

NOTA3: O FC Porto e a Académica têm estado reunidos para decidir...quem vai ser o próximo treinador da Briosa. Está controlado!

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Na opinião de: António Lopes da Costa

>> quinta-feira, 14 de maio de 2009

Costumo dizer que todos os dias são uma oportunidade. E, desse ponto de vista, se cada dia pode ser um desafio, rapidamente se pode tornar num problema, principalmente no caso de todos os dias serem uma soma de oportunidades perdidas. É esse fenómeno que, no meu entender, tem acontecido em Portugal.

Muitas vezes, discutimos o secundário em vez do essencial e gastamos o nosso tempo a debater questões fracturantes, impostas ao debate público por força de manobras políticas com o fim de desviar a atenção das pessoas e que, na sua esmagadora maioria, incidem sobre realidades de pequenas minorias.

Quando pensamos nas palavras utilizadas pela classe política, raras vezes ouvimos falar de reforma. É um conceito que está praticamente arredado do dicionário político, apenas utilizado, muito de vez em quando, para se falar de reformas sempre demasiado restritas, como aquelas que, há muito, se prometem para a justiça, educação, saúde e para a própria função pública. Reformas que não se traduzem em resultados positivos ou que não chegam a sair do papel.

Por falta de coragem e imaginação, a actual geração de políticos fala pouco de reformas. Das que Portugal precisa, que são as reformas de fundo. E pensemos no tempo em que, todos os anos, discutimos uma Revolução que ocorreu há três décadas e meia, nas intermináveis horas em que se discute sobre Salazar e em várias situações do passado. Esse tempo, perdido, poderia e deveria ser utilizado na discussão de reformas de fundo.

Importa, então, referir que não há que ter medo de reformar. As reformas não são hostis. Pelo contrário. Devem ser sinónimo de optimização, de inovação, no intuito de adequar os recursos à realidade social, de forma a melhor satisfazer as necessidades gerais.
No meu entendimento, o bom político e bom economista devem ter características comuns: ambos devem adequar os recursos escassos dos quais dispõem, para os optimizar, com racionalidade e equilíbrio, no sentido de satisfazer as necessidades (várias delas transformadas em direitos) dos cidadãos.

Por muito pequeno que seja o nosso país, o grande problema não está na escassez dos recursos. Porque não há país no mundo que não tenha recursos escassos. Está no desaproveitamento destes, no desperdício e na não rentabilidade que os mesmos acabam por traduzir.

Assim sendo, o bom político deve, em primeiro lugar, olhar para o País. Depois, conhecê-lo. E, por fim, olhar atentamente para os recursos nacionais. Nesta fase, o bom político deve fazer um balanço, de forma a perceber, com correcção, quais são os recursos dispensáveis, os indispensáveis e os indispensáveis mas ultimamente dispensados.

Entramos aqui nos tais debates públicos e políticos que não são feitos e nas reformas de fundo que estão por fazer.

Imaginemos por exemplo no exército. Será que Portugal precisa mesmo de um exército? Com os recursos, materiais e humanos, do exército poderíamos ter bombeiros profissionalizados, uma marinha especializada na exploração da zona económica exclusiva, assim como uma melhor e mais eficaz polícia. A escolha é simples: ou se quer manter um exército que pouco serve os interesses do país ou se têm bombeiros qualificados, por exemplo, para o combate aos constantes incêndios do Verão, uma polícia mais eficaz, garantindo uma melhor segurança interna, e uma marinha capaz de tirar proveito de um “mar que é nosso”, mas que temos desaproveitado.

A minha opinião é a de que o exército não faz falta. Deixou de satisfazer os interesses nacionais. Ou melhor, os interesses nacionais que, em tempos, a existência de um exército permitia satisfazer deixaram de existir. Neste exemplo, o exército é um recurso dispensável. Os recursos de que o exército dispõe são, esses sim, indispensáveis.

Há outros recursos dispensados que, se o país tirasse proveito deles, poderiam ser mais-valias. Portugal, pela sua localização geográfica, tem recursos como a água, do mar e dos rios, além da terra e dos ventos. O País poderia seguir um caminho de sério investimento nestes recursos, que visariam garantir alguma sustentabilidade e eficiência energéticas. Inacreditável é também o facto de o País esbanjar dinheiro em auto-estradas desnecessárias em vez de investir na agricultura, completamente abandonada, que permite satisfazer as necessidades primárias.

Esta não passa, porém, de uma exemplificação muito pouco exaustiva de uma hipotética alteração dos fins de alguns dos recursos do Estado e de alguns cenários que o País poderia mudar.

Mudar, no bom sentido, pode também significar especializar. Neste aspecto, o País poderia muito bem abdicar de alguns sectores e especializar-se naquilo em que o seu potencial é maior, como os serviços e o turismo, desencadeando, para tal fim, as políticas necessárias.

Um factor que contribui para a falta de esperança no futuro é a ausência de debate. Debater estes assuntos é discutir mudanças. Mudanças profundas. E há sempre quem queira resistir à mudança. Mas o facto de nem sequer se debaterem estas mudanças afasta os jovens, desmotiva potenciais eleitores e afasta as pessoas do exercício dos seus direitos de cidadania. O conformismo toma o lugar do reformismo e a confiança decresce, assim como a economia.

Mudar pode ainda significar substituir o velho, pelo novo. Substituir pelo novo é dar lugar aos jovens. E dar lugar aos jovens é dar lugar às novas ideias. Em vez de se discutir a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, poderíamos debater outras, e novas, ideias. Por exemplo, poderia ser lançado o debate sobre uma nova Constituição (que melhor se adequasse à realidade). Do mesmo modo que poderíamos discutir novas ideias como a possível automatização do Direito, a reformulação do sistema político nacional, a reforma do ensino em Portugal, com a instituição de novas disciplinas, capazes de potencializar as capacidades dos alunos, entre tantas ideias que, à partida, nos possam parecer tão absurdas ou dificilmente concretizáveis.

Outros temas e outras mudanças, tão ou mais necessárias das que falei, poderiam ser abordados aqui. Poderia ter falado de questões específicas como o combate à corrupção, a avaliação dos professores ou propor que a escolha de alguns órgãos do Estado passasse a ser feita por sufrágio universal e directo. Poderia ter falado de questões mais genéricas, como propor um caminho para fazer de Portugal um país exemplar nos cuidados de saúde, eficiente no combate à criminalidade e à insegurança, eficaz no ensino e mais justo. Mas é precisamente o facto de não ter referido estes, e outros, aspectos que não deixa dúvidas de que Portugal precisa de reformas. De reformas de fundo. Que façam com que o nosso País volte a ter esperança em si próprio.

Voltando ao primeiro parágrafo, a conclusão a que chego é que Portugal é um desafio. E cada dia é uma oportunidade.

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Música, Enfermagem, Educação Sexual e Folhetim

>> quarta-feira, 13 de maio de 2009

Na Música, salienta-se o regresso de Amy Winehouse, aos palcos, e ao que parece, o regresso não foi o mais auspicioso. A cantora mostrou-se extraordinariamente embriagada, desequilibrando-se e esquecendo as letras diversas vezes. Uma pena, que uma voz fantástica como esta não seja ouvida pelos bons motivos. Pior, a sua desgraça é completamente explorada e é isso que dá milhões às editoras e afins.

O Sensation White, pelo que ouvi, não foi grande música. Bom na decoração, menos bom no line-up. Será que se as pessoas soubessem que iria ser transmitido na íntegra na SIC Radical pagariam os 65 euros? Melhor, como já disse, o alinhamento do Marés Vivas, que no que ao cartaz diz respeito, apresenta o melhor de todos os festivais, encostando ao próprio Rock in Rio.

Começam agora os arraiais e festas académicas. Quim Barreiros está em todas. É impressionante. Também não percebo como é que as pessoas vibram com a personagem. E Gentleman, que em tempos foi apontado como o futuro Jack Johnson, fazendo delirar os corações (e não só) das fans portuguesas, está confinado à obscuridade de algumas festinhas académicas. Previsível.

E fala-se em acampamentos e festas académicas e salienta-se o Encontro Nacional de Estudantes de Enfermagem. Se não soubesse que era verdade, não acreditava. Em pleno Maio, vésperas do mês de Junho, mês de exames por Excelência, existem estudantes que ao invés de hibernarem, podem ter uma semana, descontraída, sem pensarem em nada. Investiguei e eis que descobri que os estudantes daquele curso não têm exames finais, a partir do segundo ano. Será mau?

Não necessariamente. Não fazia muito sentido, num curso, tão prático, ocupar-se os estudantes com teorias que em nada relevam para o desempenho da profissão. Bem, é conferido ao curso, uma dimensão prática importante. Não obstante disso, talvez fosse apologista de uma maior aproximação à realidade. Tendo estágios aos fins-de-semana, fazendo todos os turnos, tendo muito menos férias. Ou seja, é se profissional, é se profissional. Não se pode ter o melhor dos dois mundos. Também não acharia descabido uma cadeira de história e uma cadeira de cultura, para conferir alguma dimensão cognitiva a pessoas. É que não se podem só formar profissionais. Devem-se formar pessoas.

Neste contexto, introduzida, ainda que timidamente a Educação Sexual e a Distribuição Gratuita de Preservativos nas Escolas. Bem. Mas é pouco.

O folhetim sobre o Benfica é recorrente. O mesmo enjoo de sempre. Não se faz isto com mais nenhum clube. Quem será o treinador, dezenas de nomes apontados. Pelo que sei, será mesmo Jesus. Tenho uma objecção de consciência após as declarações depois do jogo do Benfica, comparativamente, às proferidas após o jogo com o Futebol Clube do Porto. Se for mesmo ele, quero ouvir a conferência de imprensa. Gosto de Fernando Santos, Manuel Machado, Peseiro, Humberto Coelho. Em Portugal. Scolari, não era mau. Pelo contrário. Jogadores, li uma entrevista ao Jardel, a dizer que se viesse jogar para o Benfica, seriamos campeões. Não custa tentar. Pior que o Makukula é difícil. Quaresma? Veremos. Mas não me parece.

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Parabéns Mariana!

Deixo aqui um grande beijinho de parabéns, para a minha amiga Mariana!

20 aninhos. Desejo que os repitas muito mais vezes, sem parar, pelo menos até aos 100, Com felicidade, amor, amizade e sucesso pessoal e profissional. Com a simplicidade do costume, a humildade de sempre e com juízo e ponderação acrescidas.

Espero que tenhas um dia feliz junto daqueles que mais amas!

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Não à Sorte de Varas nos Açores

>> terça-feira, 12 de maio de 2009

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Clubite

Aqui há uns dias falei-vos da minha concepção do amor. A minha teoria sobre as relações amorosas. Hoje falo-vos da Clubite ou do clubismo.

É algo que foge à razão. Porque raio é que somos do Porto ou do Sporting? Qual é a razão de fundo que nos faz ser de um clube? Que nos faz sofrer e ter as pulsações a 120, que nos faz deixar de ir àquele jantar para pagar a quota de sócio, que nos faz gastar 25 euros em 90 minutos, num qualquer Benfica – Trofense, que nos faz parar tudo o que estamos a fazer para ver, nem que seja, o Naval – Sporting? Porque é que choramos quando o nosso clube perde? Porque é que gritamos e comemoramos efusivamente quando um qualquer Farias faz um golo (eu não comemoro)?

O Futebol é inexplicável. Porque é que somos do Benfica e não somos do Sporting? Às vezes até, casos bem curiosos, como os de uma família, toda ela, Benfiquista e apenas uma pessoa do Sporting. Que sofre intensamente. Mas porquê?

Porque é que nos chateamos com um amigo que nos dá tanto de bom, por um pequeno erro, ou por um mal entendido qualquer, mas continuamos com uma devoção tresloucada pelo nosso clube, que não raras vezes, nos dá mais tristezas do que alegria?

O que é que faz um adepto do Sporting comprar um bilhete de época, em cada uma das 18 épocas em que o Sporting não foi campeão?

É tudo algo de inexplicável. E já pensaram no efeito que tem a mudança de camisola? Eu cá por mim, abomino o Bruno Alves. Mas se ele fosse do Glorioso?

E o que achavam os Sportinguistas do Derlei, Jardel, João Pinto, Paulo Bento e tantos outros jogadores que anos antes jogavam num rival? E nós Benfiquistas que vibrávamos com os golos do Rodriguez, quantos nomos já chamámos a mãe do rapaz? E Simão? Grande herói benfiquista, antes desprezado Sportinguista. Mourinho, treinador do Benfica, como era visto pelos adeptos do Futebol Clube do Porto? E Jesualdo? E Jardel, aquando da digressão pelo Sporting?

Uma camisola, um emblema, muda tudo. É algo de inexplicável.

Por oposição ao que disse naquele post em que vos falei do amor, será que não é este o verdadeiro amor? Aquele amor, incondicional, onde não se espera recompensa, onde se perdoa tudo, época após época, onde as desilusões rapidamente passam à história? Não será, com todo o grau de probabilidade, este o verdadeiro amor eterno?

Para pensar.

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A escaldar, por Nélson Faria

>> segunda-feira, 11 de maio de 2009

7ºTema - Clonagem



Mais uma vez discutimos os dilemas morais que os avanços tecnológicos nos colocam. Mais uma vez, apresento o meu apelo e a minha posição de princípio: o uso de embriões humanos para investigação científica é uma atrocidade. A nossa ciência, a evolução científica, não se pode basear num modelo assente na instrumentalização do ser humano, no uso do homem como elemento descartável. As nossas pesquisas devem centrar-se em práticas respeitadoras do Homem, como a extracção de células estaminais do organismo adulto, do cordão umbilical ou dos fetos abortados.

A grande questão do século XXI em matéria de direitos liberdades e garantias prende-se com o direito à identidade genética. Este mundo abre as possibilidades dos mais mirabolantes filmes de ficção científica, comédia ou intriga: clonagem de humanos, criação de cópias para lidar com os problemas do dia a dia, substituição de pessoas. E se a princípio poderíamos ignorar estes devaneios, convém sermos cautelosos e previdentes. Entramos num mundo muito intrincado quando penetramos nos segredos da “Criação”.

Na clonagem podemos distinguir a clonagem reprodutiva da clonagem terapêutica: a primeira dedica-se a criar réplicas de humanos; a segunda dedica-se à obtenção de tecidos ou órgãos com fins médicos. Nem todos as consideram diferentes, e no entanto eu acredito na bondade da segunda e repudio o terror da primeira.

Na clonagem reprodutiva podemos, por exemplo, dar de caras com um casal infértil à procura da solução para o seu problema, ou com o aproveitamento do material genético de uma criança morta de para fazer uma cópia desse ser. Qualquer destas hipóteses trai a condição humana: cada pessoa é única, original e irrepetível. Esta clonagem é desumana, desrespeitadora do que nós somos, da nossa identidade. É certo que poderíamos considerar conveniente, e que até poderíamos pensar em como a nossa vida seria mais fácil se não tivéssemos de lidar com a perda de uma pessoa ou se pudéssemos gerar pessoas em laboratório quando não conseguimos reproduzir-nos. Mas como lidar com a ambivalência moral?



Copiar um ser humano já existente é a objectificação do homem e a desvalorização do valor intrínseco de cada um de nós. Assumir que podemos ser copiados é assumir que qualquer um é descartável, que em nome da experiência podemos extinguir este projecto e tentar de novo. Esta é a maior traição à experiência humana. Nós não somos programas informáticos que possam ser viciados e reiniciados. A nossa riqueza humana, o acumular de experiências, o crescimento, todos estes factores definem-nos, por muita “programação” que esteja inscrita no ADN.

E nunca será demais avisar a comunidade científica quanto à área em que se estão a aventurar: mais do que nunca, estamos a brincar num recreio que não é o nosso. Devemos sondar as águas, sondá-las muito bem, antes de colocar o pé lá dentro: uma vez o pé dentro da água, está molhado. É complicado prever as consequências destas nossas decisões, e ninguém devia ser tão irresponsável que se atirasse sem ponderação. O futuro é absolutamente imperscrutável.

Assumo com grande “à vontade”, apesar de todas as reticências, que estamos perante um império das possibilidades. Podemos começar a imaginar um mundo em que não teremos de procurar dadores de órgãos, pois criaremos o órgão em causa através do desenvolvimento do material genético; em que deixaremos de ver próteses nos amputados mas sim verdadeiros membros. Este salto fará com que os normais procedimentos médicos de hoje pareçam “corte e costura” aos olhos de amanhã. Esta possibilidade leva a que me entusiasme em relação à clonagem, desde que a investigação respeite a identidade e a mais valia do ser humano, da Humanidade.



Toda a actividade humana deve ter como centro o Homem, deve ser respeitadora da sua valia quer nos meios quer nos propósitos. O respeito pelo Homem é central e indispensável. A investigação científica que não seja seriamente escrutinada à luz dos nossos princípios, moral e ética, quer nos seus métodos quer nos seus resultados, não é humana. Os momentos mais negros da nossa história devem-se exactamente à falta de rigor nas nossas práticas, em queimar etapas, em fechar os olhos hoje para vermos melhor amanhã. Mas a visão torna-se tão turva que cega, e quando finalmente voltamos a ver estamos imersos na escuridão.

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Parabéns Porto!

>> domingo, 10 de maio de 2009

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O melhor do mundo. Decididamente.

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Dia B, por Bruno Antunes

O Bloco Central.

De uma entrevista a Manuela Ferreira Leite na SIC surgiu a ideia de um bloco central para governar na próxima legislatura. Essa ideia parecia abandonada desde o Governo PS-PSD de Soares e Mota Pinto nos anos 80. No entanto das palavras MFL se extraiu essa possibilidade, algo que acabou por ser prontamente repudiado pela líder social-democrata.

De repente parecia um cenário quase inevitável, tal a urgência com que os media trataram o assunto e a prontidão dos comentadores a tecerem considerações acerca do mesmo. Pelos vistos, não fujo à regra, de comentar o tema. No entanto, é por razões substancialmente diferentes. Não acho que de facto vá acontecer. Creio é que é um cenário muitíssimo difícil de se concretizar e numa atitude reflexiva pondero as vantagens e desvantagens de um Governo formado pelos dois maiores partidos deste país.

Num cenário hipotético e complicadíssimo de isso acontecer, isto é, de conseguir juntar os dois partidos num Governo com o necessário assentimento dos agora líderes (presumo que na altura também serão) o mais provável seria esse Governo cair em poucos anos. Se uma coligação PSD-CDS, ou mesmo uma de PS-CDS, têm muito mais potencial de duração, uma de PS-PSD não teria grande longevidade. Apesar de serem partidos muito parecidos, com ideias por vezes muito semelhantes, são partidos dificilmente conciliáveis. De imediato teríamos a hipótese de haver alguma querela pelos “lugares da frente” como os cargos ministeriais. Dificilmente um partido tão grande como o PS ou o PSD se deixaria relegar para segundo plano num Governo. Veja-se a coligação PSD-CDS que apesar de ser de um partido grande e outro mais pequeno não deixou de ter cedências em pastas fundamentais ao CDS. Depois, neste cenário de bloco central, as decisões seriam provavelmente consideradas do partido do qual sairia o Primeiro-Ministro. Não é assim objectivamente, mas poderia ser essa a imagem passada às pessoas. Para além disto, apesar de serem partidos muito parecidos, não deixam de ter ideologias (que se têm perdido no tempo) e propostas diferentes. Não é à toa que são partidos diferentes. Um de centro-esquerda e outro de centro-direita.

Analisando as vantagens de um bloco central, verificamos que de facto estava uma maioria absoluta conseguida (apesar de partidos coligados), mais propensa à passagem de reformas de fundo no Parlamento. Veja-se por exemplo que com os votos que a Eurosondagem dá ao PS (38,8%) e ao PSD (30,5%) o total seria de quase 70%, o que bastaria para alcançar a maioria absoluta e provavelmente seria suficiente para aprovar as matérias do Artigo 168º nº6 da Constituição, que carecem de maioria de 2/3 dos deputados em efectividade de funções. O mesmo se diga relativamente a revisões constitucionais (Artigo 286º). Porém, isto que pode ser visto como uma vantagem, pode ser exactamente o inverso. Esta possibilidade de revisão da Constituição poderia levar a resultados muito complicados, muito mais prováveis com um Governo coligado com maioria de 2/3 do que com um partido no Governo e outro na oposição, altura em que as posições são maioritariamente opostas. Já que entretanto me refiro a desvantagens, veja-se o que aconteceria ao eleitorado. Com a concentração ao centro dos partidos no Governo, de início provavelmente não haveria alternativa, o que se afigura bastante desaconselhável numa Democracia. A alternativa é fundamental para o Sistema de Freios e Contrapesos que para além de funcionar entre os vários órgãos Governo, Assembleia da República e Presidente da República funcionará também no interior da AR, com a existência do pluralismo partidário. Ora se essa alternativa seria de início parca, tornar-se-ia crescente e concentrar-se-ia nos extremos à medida que a legislatura avançava no tempo porque sabemos empiricamente que com o tempo um Governo (ainda que com partidos coligados abrangendo 70% do eleitorado) perde o chamado “estado de graça”. Ora, o incremento de eleitorado aos extremos, poderá ter exactamente o efeito contrário ao que se pretende com um Governo maioritário do Bloco Central, a estabilidade governativa e a possibilidade de fazer reformas de fundo que alterem a situação difícil em que se encontra o país.

Contudo, reafirmo-o, não me parece provável tal bloco. Antes espera-se concertação de esforços dos vários partidos, da esquerda à direita, em prol do país, então num cenário como aquele que se antevê com algum grau de probabilidade, e sobre o qual já neste espaço escrevi. O cenário de Esquerda, PS e PSD com 30% cada e os restantes 10% para o CDS. Isto sensivelmente, claro, e sem certezas.

É necessário existir uma mudança de atitude na política mas não creio que passe por um bloco central.

Obrigado.´

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