Dia B, por Bruno Antunes
>> domingo, 24 de maio de 2009
5 factos positivos.
Na semana passada escrevi sobre os 5 pontos que contribuíram sem igual para o actual estado deste país, que carece de um forte desenvolvimento, com ou sem crise Mundial. Desta feita deixo-vos os 5 pontos positivos que contribuíram para que o país não esteja tão mal quanto isso e que seja, ainda assim, um excelente país para se viver.
Comecemos pelo primeiro passo dado por D. Afonso Henriques. Foi este Rei que em 1143, à revelia de sua mãe, se lançou na criação de um novo Estado, na altura, um mero Condado Portucalense. D. Afonso Henriques fez daquele relativamente exíguo espaço de terra, um país bem maior, para o qual contribuíram reis seguintes. É certo que muitas vidas foram ceifadas para a criação deste país. Aparte isso, este país para existir, assim como tantos outros, para não dizer todos, necessitou de um movimento de forças. Essa ofensiva de Norte para Sul tornou possível aquele projecto que é hoje Portugal.
O segundo momento fundamental para este país foi a projecção de Portugal além-mar através dos Descobrimentos a partir do século XV. Demos ao Mundo o caminho marítimo para a Índia, o Brasil, Moçambique, Cabo verde, Angola, São Tomé, Guiné, Macau, Timor, e descoberta de terras ainda que não exploradas de modo totalmente eficaz como a Terra Nova. No fundo os portugueses andaram em todo o lado e esse foi um dos momentos de maior glória deste país que outrora fora uma potência mundial.
Em terceiro lugar a implantação da República em 1910. Muitos me dirão que foi um momento perfeitamente dispensável da História Nacional. No anterior texto deixei o meu ponto de vista acerca da I República, uma altura em que os Governos foram tantos que a média dava perto de 3 por ano e a instabilidade reinava. No entanto, o agrado pela implantação da República não significa necessariamente agrado pela I República. A Implantação foi fundamental. Como alguém dizia, poderemos nós concordar com a subida ao poder de um líder não eleito? Pois bem, era isso que se passava com a Monarquia. Para além disto, fica o reparo quanto ao modo como se conseguiu implantar a República. Matar o Rei não passa, no meu modo de ver as coisas, como um passo aceitável e necessário.
Quarto ponto, o 25 de Abril de 1974. Sobre o 25 de Abril já aqui escrevi mas não vou deixar de considerar algumas impressões acerca daquele momento. Foi a partir daquele dia que Portugal começou a poder respirar. Acabavam os limites à liberdade de expressão, de reunião, de voto, de opinião, com a censura, com a opressão, com o fechamento do país, com a guerra colonial, iniciou-se a Democracia em Portugal. O 25 de Novembro também foi fundamental. No entanto, foi o 25 de Abril o passo nº1 para a Democracia.
O quinto ponto passa pela adesão de Portugal à União Europeia em 1986. Sem a União Europeia, Portugal estaria bastante subdesenvolvido, quer económica quer socialmente. Beneficiou de fundos europeus que tornaram possíveis vários projectos de variada índole. Modernizaram-se infra-estruturas, desenvolveu-se o país. Portugal foi um dos maiores beneficiários da entrada naquela organização. Foi fundamental.
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