E agora? Quem é que paga a fruta?

>> sábado, 31 de janeiro de 2009

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Maioridade aos 18 ou aos 16?

Artigo 122º do Código Civil - " É menor quem não tiver ainda completado dezoito anos de idade".

Mas será mesmo assim? Não creio.

Em minha opinião, hoje temos uma maioridade encapotada, que começa aos 16 anos, sendo que aos 18 temos apenas uma ampliação dos direitos. O que é que está em causa na questão da maioridade ou menoridade?

Artigo 123º do Código Civil - " Salvo disposição em contrário, os menores carecem de capacidade para o exercício de direitos"

Assim, um menor de idade não tem capacidade de exercício, tendo apenas capacidade de gozo. Esta realidade assenta na consideração de que os menores de 18 anos não têm maturidade para exercerem, sozinhos, os seus direitos, pelo que o regime instituido visa proteger, precisamente os menores.

Não vou aqui analisar, se acho que a maioridade deveria ser aos 16, aos 18, aos 20. Nem sequer fazer dissertações, sobre se os dados sociológicos que dispomos, nos permitem considerar que existe hoje maturidade suficiente para esta imputação de responsabilidade aos 16 aos 18 ou aos 20. Isso dava mais 10 post's.

Apenas quero chamar a atenção para estes dados.

Conduzir: Aos 16 começa-se a poder conduzir. Aos 18 apenas se pode conduzir mais alguns. Mas aos 21, também se pode conduzir outros, que aos 18 não se podia.

Álcool: Aos 16 pode-se, legalmente, comprar e ingerir bebidas alcoolicas. Nada de novo aos 18.

Noite: É aos 16 que começa a ser possível frequentar espaços nocturnos. Não aos 18.

Casamento: Pode-se casar aos 16, por via de autorização dos pais. Aos 18, dispensa-se essa autorização (legalmente brutalmente diferente, ilustrativo, mesmo, da diferença entre capacidade de gozo e de exercicio, mas em termos práticos e sociológicos, diferença mais escassa)

Trabalho: Aos 16 pode começar a trabalhar.

Imputabilidade Penal : Cessa aos 16 anos.

Auto Determinação Sexual: Não é punido o acto sexual entre um maior e um menor de 18. Mas já o pode ser, se for um menor de 16.

Retirando, o direito de eleger e ser eleito, que é aos 18 anos, não me recordo de qualquer outra realidade, realmente relevante, que aconteça aos 18. Parece-me, pela análise que fiz, que temos hoje uma maioridade aos 16, encapotada, mantendo-se o preceito dos 18 anos.

Legalmente até pode tudo bater certo e fazer sentido. Quando não faz, faz-se uma lei para que faça. Mas socialmente isto já não tem aplicação prática.

Nota opinativa, em jeito de conclusão (não mais de 10 linhas) : Acho que deve ser tido em conta o principio do gradualismo. Não se podia aos 18, passar-se dos 8 para os 80. Talvez essa graduação pudesse ser transferida para 18 a 20, por exemplo. Mas não discuto. Acho é que isto não é gradualismo. Tenho sérias dúvidas, por exemplo, sobre se um menor de 16 anos deve poder injerir bebidas alcoolicas num qualquer espaço nocturno até cair para o lado. Grandes Dúvidas sobre a maturidade de um jovem de 16 anos para andar na estrada, conduzindo uma mota. Já não me choca a questão do trabalho, mas tenho grandes duvidas da questão do casamento. É certo que muitos jovens aos 16 têm mais maturidade do que crianças de 30. Mas é preciso estabelecer um limite. Será regra geral essa maturidade aos 16?

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Derby, por Jorge Batista e Pedro Correia

>> sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

1. Consideram que a verdade desportiva do campeonato está em causa, após as recorrentes más arbitragens, jornada após jornada?

Pedro – Parece-me que o sistema de arbitragem português vem desenhando a sua própria destruição. As declarações do Sr. Vítor Pereira apenas revelam que a incompetência vai para além dos relvados. Jornada após jornada erros clamorosos que culminam não no de Roubo de Igreja, mas no Roubo do Estádio Axa. Mais uma vez digo que o futuro do futebol português passa pela inclusão dos 3 grandes num campeonato Ibérico e pela criação de uma liga regional.

Jorge – Não só a verdade desportiva do campeonato como a dignidade e integridade de todos os intervenientes no nosso futebol. Vítor Pereira apenas tem razão numa coisa: as pessoas cada vez menos têm vontade de gastar dezenas de euros para ver uma partida de futebol completamente deturpada e manipulada pela má arbitragem, pela incompetência dos árbitros e seus assistentes, pela pouca eficiência do sistema de nomeações em si, tudo. Pode parecer ridícula ou extremista essa tua previsão, mas a verdade é que o resultado da incompetência que inunda o futebol português pode ter consequências ainda mais obscuras.

Pedro – Acabo de saber também que o Katsouranis será suspenso por um jogo por afirmação difamatória. Enfim, quando não somos capazes de governar a nossa casa, então que os outros o façam por nós.


2. Como comentam a disparidade existente na reacção de Jorge Jesus no rescaldo do jogo com o Porto, relativamente ao jogo com o Benfica?

Jorge – Confesso que não me tinha apercebido de tal incoerência por parte de Jorge Jesus, treinador que até respeitava, até ter visto o teu post aqui no Laranja Choque. Não há grandes comentários a fazer, é no mínimo estranha essa mudança de atitude num espaço de tempo tão pequeno... talvez já estivesse sob o efeito de medicamentos digestivos.

Pedro – Em primeiro lugar não interpreto isto como uma coincidência, muito menos como algo involuntário. Todos conhecemos a relação de proximidade entre os dois presidentes e de um modo geral, dos dois clubes. Isso reflecte-se na constante troca de jogadores entre os dois plantéis. É perfeitamente explicável Sr. Jorge Jesus.

3. Nesta última jornada, partilham da opinião de alguma imprensa de que o Sporting terá também sido beneficiado?

Pedro – Penalidade clara cometida pelo Rui Patrício. Influência no resultado. Subtracção da verdade desportiva. Isto é claro.

Jorge – Permite-me discordar da tua visão tão directa dos acontecimentos. Há erros e erros, e só me parece haver subtracção da verdade desportiva quando os mesmos são recorrentes durante o jogo ou quando se sabe com toda a certeza que esse lance ditaria um golo e influenciaria o resultado – como um golo validade em claro fora de jogo. Um lance duvidoso na área é normal em Portugal e em qualquer lado do Mundo, não é por aí que a arbitragem é fraquíssima ou que um clube é beneficiado.

Pedro – Digo subtracção na verdade desportiva pela influência directa no resultado. Mas estas situações têm carácter recorrente, sem dúvida.


4. Vítor Pereira tem condições para continuar à frente da Comissão de Arbitragem?

Jorge – Tal como defendi na semana passada, o timing das declarações de Vítor Pereira e sobretudo o seu conteúdo, são reveladoras de uma falta de seriedade e competência demasiado grandes para que o mesmo possa continuar a exercer o seu cargo com toda a credibilidade que necessitaria. Num momento como este, a sua demissão era talvez um ponto de viragem e consequente salvação da arbitragem nacional.

Pedro – Está tudo dito, se não foi competente enquanto árbitro porque o será agora?


5. Qual é o vosso comentário às duras criticas que Quique proferiu, primeiro acerca de Balboa, e agora relativamente a Reyes?

Pedro – Reyes é um daqueles jogadores que, ao contrário do que o Sr. Vítor Pereira tece, nos faz realmente ir ao futebol. Vamos ser claros, tem condições para produzir muito mais, trata-se um jogador de top Mundial. No entanto cingindo-nos nós ao contexto do futebol do Benfica não compreendo as palavras de Quique Flores, pelo menos no tom em que foram proferidas. Reyes pode fazer mais mas é na verdade o jogador mais valioso da liga segundo Abola. No entanto não será com este tipo de declarações publicas que se fará com que melhore a sua prestação.

Jorge – Concordo plenamente contigo Pedro. Reyes é sem dúvida um jogador fantástico e que confere uma lufada de ar fresco ao nosso futebol por vezes pobre. Foi considerado o jogador mais valioso em termos de lances de golo criados como disseste, mas não tem sido muito regular... talvez tal como a maioria da equipa do Benfica. Desta forma, mesmo respeitando a opinião e método de Quique Flores, não acho profissional e ético um treinador vir tecer duras tão críticas e num tom tão intolerante na comunicação social. Se tem algo a dizer aos jogadores, que o diga no balneário e directamente ao mesmo, mais como na metodologia de Paulo Bento ou José Mourinho – a imprensa saberá quando o treinador está insatisfeito com o jogador quando o colocar no banco de suplentes ou não o convocar várias vezes.


6. Quem tem razão no diferendo Belenenses-Guimarães, sobre a interpretação dos regulamentos da Taça da Liga?

Jorge – Que grande trapalhada se gerou com uma falha tão irresponsável e invulgar. Deve ser aplicado o regulamento e, caso a intenção não fosse aplicar essa regra como já percebemos que era o caso, que se rectifique para o ano. Boa sorte ao Belenenses, pelo menos que as equipas finalistas salvem a honra desta taça já tão pouco dignificada.

Pedro – Falha grave do jurista da federação, o Belenenses deverá jogar com o Benfica. O goal average aplicava-se na década de 80, e é isso mesmo, média de golos. É objectivo.

7. Acreditam que Portugal ainda vai jogar o Mundial 2010 na África do Sul?

Pedro – Sou optimista por natureza, esperemos que sim. Racionalmente, aproxima-se o jogo que poderá ditar o futuro das nossas aspirações, o jogo frente à Suécia, e aí teremos obrigatoriamente que vencer.

Jorge – Não consigo ser assim tão optimista como tu, sobretudo dadas as condições em torno da nossa seleção e seleccionador. No entanto, todos devemos exigir convictamente o apuramento. Não há desculpas. Temos uma das melhores seleções do mundo e seria escandaloso e humilhante não marcarmos presença no Mundial na África do Sul. Nesse caso, duvido que Queirós alguma vez mais terá credibilidade como treinador e que se deva remeter eternamente para o cargo de treinador-adjunto... sim, acredito que ele é o principal culpado da situação de aperto da nossa seleção. Com o talento dos nossos jogadores e alguma sorte à mistura, estaremos no Mundial.

Pedro – Não há margem para falhas, concordo. Queirós joga o seu futuro na selecção e o seu futuro como treinador.



8. O Benfica faz bem, no caso de se decidir pela venda de Cardozo?

Jorge – Considero Cardozo um excelente ponta-de-lança, no lote dos melhores da liga portuguesa a par de Suazo, Lisando Lopez ou Liedson. No entanto, já foi visto que no sistema do Benfica não consegue encontrar o seu espaço, simplesmente não encaixa. Este facto é preocupante para o Benfica devido ao enorme investimento que realizou neste jogador e, sobretudo, devido ao potencial que este activo teria se estivesse a ser aproveitado. Se Quique conseguisse encontrar uma solução óptima (o que acho díficil infelizmente para o paraguaio e para o Benfica, felizmente para os rivais), este jogador traria grandes alegrias aos seus adeptos, marcaria grandes golos como já fez, valorizaria no mercado internacional e poderia ainda ser um grande negócio para o Benfica a médio-longo prazo. Talvez com a saída de Suazo no final da época, assim como a colocação de avançados como Makukula, volte a encontrar o seu espaço e concretizar essa realidade, por certo a pretendida pela maioria dos benfiquistas.

Pedro – Sou um grande admirador das qualidades do Cardozo. Para mim um ponta de lança de top mas que terá necessariamente que ter um tipo de jogo ajustado a si; como tinha Luca Toni na Fiorentina ou agora no Bayern. Tacticamente tanto o futebol Alemão como Italiano têm uma cultura de ponta de lança, o que não acontece no campeonato português onde prolifera sobretudo o 4-3-3. Acho que deveria ser vendido com o devido aproveitamento do encaixe financeiro.

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Então os abortos clandestinos continuam?

Como tinha dito, na altura do referendo do aborto, não era por passarem a existir sitios onde se podia fazer legalmente um aborto, que se deixava de ter abortos clandestinos. Pois, parece que hoje foi fechada mais uma clinica que os praticada.

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Obsceno




Absolutamente escandaloso o castigo a Katsouranis.

Vejam também o quadradinho azul no canto superior direito. Depois do que se passou no Estádio AXA, cimeira entre Porto e Braga? Está tudo louco!

E o Sporting calado. Postura bem diferente, relativamente à que teve depois do Benfica-Braga. Mas enfim. Também parece existir (desde que Franco substituiu Dias da Cunha) uma cimeira premanente entre Sporting e Porto. Enfim.

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Ricardo Araujo Pereira - Chama Imensa II

>> quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Outro texto do RAP, publicado no Jornal A Bola, na sua crónica de Domingo:

100 anos de perdão para Paulo Baptista

Imagine o leitor que é atacado por um grupo de bandidos que o espancam e assaltam. Consegue fugir, mas é atropelado por um Scania de 12 rodados. Levanta-se e vai para o passeio, onde um piano de cauda vindo do terceiro andar lhe cai na cabeça. Quase a chegar a casa, encontra no chão uma moeda de dois cêntimos. Um transeunte vê-o apanhar a moeda e diz: «Ah, seu sortudo!» Apetece-lhe espancar o transeunte, não apetece? Agora transponha a história para a Liga Sagres: o Benfica foi prejudicado em vários jogos, com foras-de-jogo que só os bandeirinhas viram, golos que ninguém percebeu porque foram anulados, penalties que não são assinalados, embora a falta seja tão clara e violenta que já não constitui infracção para vermelho directo mas sim tentativa de homicídio. Depois, no jogo contra o Braga, é beneficiado em dois lances e pronto — está a ser levado ao colo. Enfim, é irritante mas passa.

No entanto, quando o presidente do Braga disse que tinha havido um roubo no Estádio da Luz, fiquei preocupado. Normalmente, não dou importância a declarações de dirigentes proferidas a quente: há sempre a tendência para exagerar e comparar qualquer situação a um crime. Mas há dias vi António Salvador a assistir a um jogo na companhia de determinado dirigente que está a cumprir pena de dois anos de suspensão por ter ficado provado que praticou o crime de tentativa de corrupção. Portanto, é de facto possível que Salvador perceba mais de ilícitos do que o cidadão comum, e que tenha realmente identificado um no estádio do Benfica. Entretanto, Mesquita Machado denunciou um esquema obscuro através do qual o árbitro escolhido para o Benfica-Braga teria sido alterado à última hora. Mais uma vez, se fossem declarações de outro dirigente eu não me inquietaria. Mas no mês passado li uma notícia no Diário do Minho intitulada Tribunal compromete Mesquita Machado com negócio no Colégio dos Órfãos. Ao que parece, de acordo com o tribunal o presidente da Câmara de Braga está envolvido num caso de permuta de terrenos em que uma instituição de ensino terá sido prejudicada e terão sido beneficiadas duas empresas cujo proprietário é, alegadamente, António Salvador, presidente do Braga. Por isso, talvez esta gente saiba mesmo mais de manobras de bastidores do que aparenta.

Que dizer do golo do Sporting ao Rio Ave? Talvez isto: comparado com o Vukcevic, o David Luís está em linha. Ainda sem recorrer à repetição em câmara lenta, percebe-se imediatamente que Vukcevic não só está fora-de-jogo como está noutro fuso horário, em relação àquele em que os seus colegas se encontram. Em slow motion já é possível observar que, no sítio em que Vukcevic marca o golo, o próprio clima é diferente do que se faz sentir no resto do jogo. Mas, curiosamente, os índices de criminalidade desceram imenso em relação ao período homólogo da semana anterior, uma vez que não ouvi falar em roubos, nem em falcatruas na nomeação dos árbitros.

Como é que o elefante atravessa o lago? Saltando de nenúfar em nenúfar. Como é que o Bruno Alves atravessa o campeonato? Saltando de cabeça de adversário em cabeça de adversário. Curiosamente, com a leveza de um elefante. Contudo, não se trata de um jogador violento. É raro ver um amarelo e ainda mais raro ver um vermelho. O único vermelho que Bruno Alves vê é o vermelho do sangue dos adversários a quem abre regularmente o sobrolho com o cotovelo ou os pitons. Ou o Bruno Alves é um jogador muito bem comportado ou são os árbitros que se comportam muito bem na presença do Bruno Alves. Eis uma dúvida bem intrigante.

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Um pretexto para a Demissão e marcação de eleições antecipadas, fugindo ao cenário de autárquicas e legislativas no mesmo dia?

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Made In Açores, por Tibério Dinis

>> quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Prioridades

O PS prepara-se para lançar o debate sobre os casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Invariavelmente, o medo pelo debate surgiu nas facções contra, alegando que não se trata de um tema prioritário na agenda política nacional.
Independentemente da opinião que se tenha sobre o assunto, fugir ao debate nunca deve ser a solução. Até porque, debater o tema em nada impede um governo de simultaneamente assumir os destinos do país – em especial a economia. Um governo tem que estar na vanguarda da resolução de todos os problemas da sociedade, não só os prioritários ou económicos.

O problema não é a prioridade dos debates nacionais, pois qualquer debate que contribua para uma sociedade mais esclarecida é sempre bem-vindo. O problema centra-se nas prioridades do partido socialista de Sócrates. Este debate, quer pelo timing, quer pela dimensão que Sócrates lhe atribuiu, tem especial atenção para as reconciliações internas. Uma proposta à muito da JS e que irá alegrar as hostes de esquerda do PS. Há poucos meses, o BE apresentou uma proposta similar, o PS rejeitou. Não era o momento adequado, pelo menos para o PS. O Partido Socialista de Sócrates, não percebe que as prioridades do país devem estar primeiro que as prioridades do partido. Afinal, pouco mudou desde a proposta do BE, e não creio que a sociedade se tenha galvanizado para este debate, desde então. Prova disso mesmo, é que não há um único argumento válido do porquê deste ser o momento certo para o país, mas já para o PS é o timing ideal, reunir as estruturas do partido mais distantes, muito antes das eleições.

Gostava que Sócrates não colocasse os interesses do PS à frente dos interesses do país. Venha o debate sobre o tema que será sempre bem-vindo, agora a justificação do porquê deste momento não existe.

Tibério Dinis

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As imagens não são elucidativas? É Paulo Costa o arbitro?

>> terça-feira, 27 de janeiro de 2009

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Momento de Humor Laranja Choque: É melhor rir, para não chorar!

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Passatempo Laranja Choque: Descubra as diferenças!



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Mel e Paixão, por Diogo Agostinho

Os poderes do Presidente da República


É claro para todos, que a existência do Presidente da República é fundamental para o regular funcionamento das instituições. A figura do Chefe de Estado, como existe em Portugal permite-nos encontrar numa única pessoa a referência para um bem essencial na política e sobretudo para o desenvolvimento: a estabilidade.

Como tal, e à luz dos seus poderes, o Presidente detém a “bomba atómica”, ou seja, a dissolução da Assembleia da República. Um homem apenas detém o poder de demitir 230 deputados eleitos. É de facto um poder absoluto. É certo que o Presidente não governa, não faz leis, mas tem a capacidade de veto, de acompanhar os governantes aconselhando-os e influenciando.

Uma Presidência de cooperação é pois essencial, Cavaco Silva, actualmente, inaugurou um novo estilo, a coabitação pacífica com um Governo de uma cor política diferente, por oposição aos tempos atribulados de Sampaio que em dois casos de demissão de Primeiros-Ministros usou dois pesos e duas medidas díspares, e demonstrou que o poder absoluto de apenas um ser humano, que deve ser o Presidente de todos os Portugueses, é por vezes excessivo e sobretudo perigoso, podendo privilegiar os seus companheiros políticos. O que se passou em 2004, é um excelente caso de estudo, até hoje não ouvimos por parte do Presidente Sampaio quais os reais motivos, invocar «uma grave crise de credibilidade do Governo e também não soube prestigiar as instituições», referindo ainda «uma série de episódios que ensombrou decisivamente a credibilidade do Governo e a sua capacidade para enfrentar a crise que o País vive», e reforçou que «Sucessivos incidentes e declarações, contradições e descoordenações que contribuíram para o desprestígio do Governo, dos seus membros e das instituições». Mais hilariante foi: «Não fiquei surdo às vozes que defendem que o Orçamento para 2005 não responde satisfatoriamente às exigências de efectiva consolidação orçamental, condição necessária para se prosseguir o esforço de redução do défice público que os nossos compromissos internacionais e as necessidades do nosso desenvolvimento futuro tornam indispensável.» estas palavras de Sampaio no dia 10 de Dezembro de 2004, poderiam, ou melhor encaixariam na perfeição no dia 25, 26 ou 27 de Janeiro de 2009. E hoje? Hoje em dia, o Presidente Cavaco assiste à degradação do caminho de Portugal, não demite este Governo, duvido que Sampaio se estivesse no seu primeiro mandato no ano 2004 tomasse a mesma posição.



É pois sintomático que o Presidente da República com os poderes que detém poderia bem ser substituído por um Monarca com tradição e história e claro, menos custos em actos eleitorais, como as presidenciais, que são cada vez mais dispendiosos. Mas poderíamos ir mais longe, assumindo que um Rei não necessitaria do calculismo de um primeiro mandato em sintonia com o Governo, para assegurar reeleições.

Faz falta em Portugal um debate sobre o real papel do Presidente da República, e que se repensasse um caminho diferente, ou um modelo ao estilo francês, com um reforço do poder do PR, mais colaborante com o Governo e com mais funções executivas, para não permitir casos como o Estatuto dos Açores, ou então outros caminhos como pensar se faria sentido instaurar a Monarquia.

Vale a pena reflectir…

Diogo Agostinho

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Vedeta da Bola

>> segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Acompanho com atenção o blogue a Vedeta da Bola, de Luis Fialho, que aqui já escreveu um texto. Ver, no separador convidados.

Tem um separador, este blogue, que se relaciona com a classificação real. Da análise de todos os jogos, o Luís Fialho, apresenta a classificação real e a classificação verdadeira.

O texto da ultima jornada está elucidativo. Está mesmo muito claro. Visitem o blogue e vejam os ultimos post's, com especial atenção para a classificação real.

Desculpem a saga futebolística, mais intensa este fim-de-semana, mas de facto, depois de tudo o que foi dito, após o Benfica-Braga, que me deixou chocado, chega de candismos. O sistema, de que falava Dias da Cunha, é hoje visivel. Apenas não vê quem não quer ver.

O blogue aqui.

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Direita e Esquerda, por João Gomes

Promiscuidades

A política pode ser encarada de duas formas, enquanto meio de enriquecimento pessoal, quase profissional, ainda que legítimo, em que uma pessoa é remunerada pela sua profissão, que se transforma em profissional da política. A segunda forma de encararmos o exercício da política é enquanto meio de prestação à sociedade, à parte da profissão que escolhemos para a nossa vida. Durante muito tempo encarei a política na primeira das vertentes, tentando realizar a primeira das equações. A pouco e pouco fui-me apercebendo que o profissional da política acarreta consigo vários riscos, que facilmente podem ser transformados em problemas.

Os escândalos que têm vindo a público nos últimos meses, envolvendo os políticos e uma pressuposta promiscuidade com o sector financeiro, vêm demonstrar que o exercício da política enquanto única profissão pode ser maléfico. O Miguel Esteves Cardoso, quando no final da década de oitenta se candidatou ao Parlamento Europeu, afirmava que os políticos portugueses eram os mais “saloios” e “parolos” da Europa. Este cenário era previsível que fosse transformado ao longo dos anos, mas acontece que agora não só temos dos políticos menos cultos como também começamos a ter dos mais corruptos. Enquanto que há dez ou cinco anos ouvíamos falar apenas da “pequena” corrupção nas autarquias locais, vemos que a mesma agora também já se estendeu ao governo e restantes órgãos de soberania.

Há duas explicações óbvias para a política atrair, na esmagadora maioria das vezes, maus génios. A primeira é a política ser uma profissão extremamente mal paga, o que potencia a corrupção e faz com que os bons profissionais não se atraiam por ela – em suma, os que vão para a política, ou que pelo menos se dedicam à mesma com maior profissionalismo, são aqueles que nunca conseguiram fazer vingar o seu mérito em outros sectores profissionais. A segunda explicação é o facto de desde há muito tempo, ou melhor desde a geração de Mário Soares, Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Francisco Lucas Pires, entre outros, a política estar entregue, como aliás já referi, a pessoas incultas – na verdadeira e mais preocupante acepção do termo.

Soluções? Em primeiro lugar temos que aumentar os patamares de exigência do povo português, não só quanto aos políticos, mas quanto a tudo, em suma, temos que ser mais cultos, se quisermos, na vertente mais snobe do termo, temos que ter “bom gosto”. Se isto não acontecer continuaremos nos próximos anos a ser o país dos maus políticos, dos cantores pimba e da literatura light best-seller. A segunda solução é mais simples do que parece, precisamos de refundar o sistema político, temos que regenerar a democracia. Precisamos de uma nova geração e de novos políticos. Enquanto isso seremos o maravilhoso país da promiscuidade entre a política e as finanças.

João Gomes

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Ricardo Araujo Pereira - Chama Imensa I

Este um texto publicado por RAP no Jornal A Bola, na sua crónica de Domingo:

A Chama Imensa - A mulher de César e o marido da Filomena

«À mulher de César», disse César referindo-se a si mesmo na terceira pessoa, à semelhança de Jardel, «não lhe basta ser séria. Também deve parecer séria.» Felizmente, no futebol português, não é preciso ser nem parecer nada. Quando, no final do Trofense-Benfica, Hélder Barbosa disse que estava «feliz por ter ajudado o Porto», estranhei. Barbosa, recordo, é jogador do Trofense. É certo que está na Trofa por empréstimo do Porto, mas está inscrito como jogador do Trofense, joga no Trofense e, em princípio, deve ajudar o Trofense. Se está no Trofense para ajudar o Porto, isso significa que, em cada jornada, o Porto entra em campo com mais do que os onze jogadores que compõem a sua equipa — o que, ao que parece, é proibido.

Pronto, disseram os meus amigos. Lá vem o exagero. Que mal tem a felicidade do rapaz por ter ajudado o clube a que está ligado contratualmente? Em tempos de crise, há que agradar ao patrão. Se contribuir para o êxito do Porto, pode ser que regresse ao clube em Junho, no final da época. E foi então que se realizou o Porto-Setúbal para a Taça da Liga. Primeiro, Bruno Vale, o guarda-redes do Setúbal (que já foi internacional A), deixou escapar uma bola fácil directamente para a cabeça do avançado do Porto, que fez o 1-0. Já disse que Bruno Vale é jogador do Porto e joga no Setúbal por empréstimo? Esqueci-me. Fica a informação. Depois, a cinco minutos do fim, com o resultado em 2-1 para o Porto, o árbitro assinala um penalty a favor do Setúbal. Para marcar, foi chamado o jogador que no ano passado se chamava Leandro Lima e tinha 20 anos, e que este ano se chama George Lima e tem 23. A única informação fidedigna de que dispomos sobre o jogador em causa é que está no Setúbal por empréstimo de outro clube. Qual? Deixem-me só consultar os meus apontamentos, que eu não posso saber tudo. Cá está: surpreendentemente, é o Porto. O leitor não adivinhava nem que estivesse dois anos a tentar, pois não? Ora bem, o jovem (ou já mais ou menos experiente) jogador chamado Leandro (ou George) foi marcar o penalty e, por azar, chutou ligeiramente por cima da barra. Refiro-me à barra que suporta as luzes do estádio, junto à cúpula. A bola também passou por cima da barra da baliza e, se houvesse um prédio de sete andares erigido sobre a linha de golo, é provável que passasse igualmente por cima dele, sem tocar nas antenas.

Nesse momento, os meus amigos telefonaram-me. «Eu não sabia que a crise estava assim tão má», disse um. «Esqueci-me da abertura do mercado. É possível voltar ao Porto já em Janeiro», disse outro. A mulher de César não durava cinco minutos no futebol português.

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Representação e Organização Partidária

>> domingo, 25 de janeiro de 2009

Mais uma vez pretendo apenas dar uma breve nota sobre a representação partidária no Concelho de Loures. Tomo como ponto de partida os resultados nas últimas eleições.

Na Câmara Municipal o PS teve 39,30% dos votos expressos, o PCP 29,52% e o PSD 16,44.

Mais abaixo, o BE com 4,97, o MRPP com 1,82%, o CDS com 1,63% e o PNR com 0,39%.

O PS ganhou, e o PSD é a terceira força política. Destaca-se também a desnecessidade de coligação à direita pelos valores residuais do CDS/PP. O PS ganhou a Câmara sem maioria absoluta. Contudo, existe uma claríssima maioria de esquerda no Concelho de Loures.

Na Assembleia Municipal, o PS tem 37,38%, o PCP 28,54% e o PSD 18,02%. PS e PCP com percas relativamente à Câmara Municipal, PSD melhor. Mais abaixo, o BE consegue 6,20% dos votos, e o CDS ultrapassa o MRPP com 1,84% contra 1,79%.

A minha leitura é que o PS perde 2% de votos para o PSD, relativamente à Câmara Municipal, e o Bloco rouba ao PCP 1% dos votos neste órgão.

Analisemos agora Freguesia a Freguesia.

Apelação – PS ganha com 41% dos votos. PCP em segundo, PSD reduzido a 16%.

Bobadela – PS ganha com 48% dos votos. PCP 24%, BE 6%, CDS 2%. PSD 12%.

Bucelas – PCP ganha com 44%. PSD em quarto lugar, com apenas 7% dos votos.

Camarate – PCP ganha com 40%. PS é segundo com 33%. PSD com 15%.

Fanhões – PS ganha, tangencialmente. 43% contra 41% do PCP. PSD tem 10%.

Frielas – PS ganha de forma esmagadora com 69% dos votos. PCP com 12% e PSD com 11%

Loures – 41% para o PS. PCP em segundo com 26%. PSD alcança os 18%.

Lousa – PS – 48%, PCP – 38%, PSD – 9%.

Moscavide – 47% para o Partido Socialista. PCP com 21% e PSD com 17%.

Portela – É a minha freguesia. É também a única onde o PSD ganha. 60% dos votos. PS – 19% e PCP com 9%.

Prior Velho – 51, 27 e 16%. PS, PCP e PSD, respectivamente.

Sacavém – Ganha o Partido Socialista com 37%. 28% para o PCP, somente 13% para o PSD.

Santa Iria da Azóia – 46% para o PCP. Apenas 31% para o PS e 12% para o PSD.

Santo Antão do Tojal – 53% para o PCP. 32% para os Socialistas e 10% para o PSD.

Santo António dos Cavaleiros – PS ganha com 37% dos votos. PCP com 24% e PSD com 23%.

São João da Talha – PCP 35%, PS com 34%. Em terceiro, o PSD com apenas 14%.

São Julião do Tojal – 54%, 31%, 12%. PS, PCP, PSD.

Unhos – O PS ganha com 37%. PCP alcança 31% dos votos expressos. PSD 22%.

Fica aqui um breve enquadramento sobre a realidade relativa à representação e organização partidária no Concelho de Loures.

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Assalto

Porto, é beneficiado, marcando o primeiro golo em off-side, e não sendo ainda atribuidas duas grandes penalidades a favor do conjunto arsenalista.

Espero por queixas do Braga, por criticas de Mesquita Machado e pelo forróbodó que foi a semana depois do Braga-Benfica.

Espero também ver tantos portistas a dizerem que foram beneficiados, como os benfiquistas que o admitiram...ah...esperem, não há tantos portistas como os benfiquistas que o admitiram...enfim, quero ver alguns portistas a afirmarem isso!

E depois chocante o tratamento da comunicação social.

A capa da A Bola elucida a palhaçada que foi o jogo.

Já o Record, faz uma enorme manchete com Reyes e num quadradinho minusculo, faz menção ao Assalto.

O Jogo vai ainda mais longe: Afirma que o Tribunal do Jogo diz que o golo é mal validado e que ficam dois penalties por marcar. No entanto a manchete é: Justo mas com polémica. JUSTO??? A manchete mais escandalosa que já vi.

António Salvador do Braga, já veio afirmar que foi roubado. Mas no argumentário, não deixa de afirmar que isso se deve a ter sido castigado por ter falado na arbitragem do jogo com o Benfica. Ele há com cada uma!

Fica a capa de A Bola.

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Direita e Esquerda, por Pedro Quartin Graça

>> sábado, 24 de janeiro de 2009

Portugal precisa de uma nova maioria

Entrevista interessante foi a que o ex-presidente do CDS-PP José Ribeiro e Castro deu a Maria Flor Pedroso na Antena 1 ontem, sexta-feira. Com a lucidez que o caracteriza, Ribeiro e Castro defendeu a criação de uma nova maioria, que seja mais do que a junção de projectos partidários diferenciados mas represente uma nova visão para a sociedade portuguesa e que esteja em condições de se opor ao actual poder socialista.

Desta nova maioria entende José Ribeiro e Castro deverem fazer parte um conjunto alargado de partidos políticos, que não enumerou expressamente, mas que se percebeu facilmente serem o CDS, o PSD mas também outros como o Partido da Terra e personalidades independentes de centro e de centro-direita interessadas em tirar Portugal do estado em que o nosso País se encontra.

Ribeiro e Castro tem razão e, ainda que a título meramente pessoal, apoio a sua proposta, a qual não deve "cair em saco roto" mas sim ser desenvolvida pelos responsáveis partidários dos partidos em causa.

Está em causa o futuro de Portugal e este joga-se fundamentalmente nas próximas eleições legislativas, mas passa igualmente pelas eleições autárquicas e para o Parlamento Europeu. Ora o que assistimos é a ultimamente habitual afirmação de projectos partidários individualizados, numa lógica de afirmação própria e egoísta mas que nada contribui para alterar o actual estado de coisas do nosso País.

Torna-se pois necessário que os partidos abandonem as lógicas de poder internas e trabalhem no sentido de construir uma alternativa democrática que permita aos Portugueses voltarem a acreditar que mudar para melhor não só é desejável, como principalmente, é possível. Assim surja um projecto novo e sério para Portugal.

Portugal e os Portugueses agradecem.



Pedro Quartin Graça


A esquerda virá depois. Aguardo o contributo do João Gomes.

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Futebol

O Porto, chega por esta altura ao 0-1. Golo, cuja assistência foi de Hulk em posição irregular. Para que fique claro.

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Aniversários

Por estes dias, fizeram anos a minha avó (21) e o meu Tio Bernardo (24). Queria apenas deixar aqui uma nota para esse facto, desejando aos dois muitos anos de vida, com toda a família reunida e com Saúde, Amor e Paz sempre presentes.

Também a minha Tia Dina, no dia 2, fez anos. Já tinha aqui feito referência.

A minha madrinha a 6 e o meu Padrinho a 12, também cumpriram mais um ano de vida, tal como a Rosa no dia 18 deste mês. Os mesmos desejos para estas pessoas tão importantes.

Outros amigos, fizeram igualmente anos. Um abraço ao Jorge (dia 13), ao Bruno (dia 14) e à Joana Duarte Pereira que fez aninhos logo no primeiro dia do ano.

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JSD/Moscavide

Nas ultimas reuniões de comissão política, foram aprovados os valores da quotização mensal até ao mês de Julho para que seja possível fazer face às despesas com a grande actividade que pretendemos levar a cabo lá para o mês de Março e ainda com um outro projecto respeitante à dinamização do espaço interno que pretendemos levar a cabo. Acho de louvar, estes exemplos que vão sendo dados, de que muitos jovens estão na política, deixando muito tempo e dinheiro. Nem todos, andam por aqui, em busca da acessoria e do emprego que colmate a falta de qualificação pessoal.

Foi também aprovado o re-ajuste no plano de actividades para o primeiro semestre e ficou deliberado que no segundo semestre de 2009 nos dedicaremos, em grande medida, às três eleições que o PSD terá pela frente, nomeadamente, no que às Eleições Autárquicas diz respeito, onde temos planeadas quatro iniciativas relativas a essas eleições, que prometem ser uma lufada de ar fresco na campanha social-democrata relativa ao Concelho de Loures.

Ainda no dominio das autárquicas, está definido, no que à JSD diz respeito, as propostas e os moldes em que julga poder ajudar o PSD a ganhar Loures e a dar uma nova esperança a todos os Lourenses.

O Conselho Distrital parece que é dia 6 de Fevereiro, e a JSD/Moscavide está preparada para esse momento de debate e vai procurar, mais uma vez, dignificar o nome desta secção que de dia para dia vai se assumindo como um modelo a seguir.

Ainda duas notas, para realçar a iniciativa, hoje a decorrer no Espaço Jota em Oeiras, organizada pela JSD/Oeiras, uma das secções a nivel nacional com mais actividade política. Ainda, uma nota, para a actividade organizada pelo PSICOLARANJA na Secção H, Portugal 2020.

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Derby, por Jorge Batista e Pedro Correia

>> sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

1. Como perspectivam as meias-finais da Taça da Liga? A vossa antevisão vai no sentido de um derby lisboeta na final?

Pedro – Julgo que ambos os jogos são bastante díficeis quer para o Benfica como para o Sporting. Relativamente ao Sporting - Porto será interessante vêr de que modo o Porto irá fazer a gestão do plantel que fez até aqui, já que será na semana em que joga com o Benfica.

Jorge – Apesar da novela em relação ao "goal-average" do Belenenses, é óptimo que nesta competição os 4 primeiros classificados da liga do ano passado estejam agora frente a frente. Acho que a partir daqui não haverá tanta rotação de jogadores, mas apenas uma ou outra dispensa de algum jogador mais utilizado. Era muito positivo que Benfica e Sporting se encontrassem na final, assim espero... estes clássicos dão magia ao nosso futebol que tanto precisa.

Pedro – Com o efeito suspensivo requerido pelo Belenses o jogo do Benfica pode não se realizar. De facto já existem algumas personalidade ligadas ao Direito a darem razão ao Belenenses. Não vou abordar aguardo simplesmente pela recalendarizaçao e em que condições será feita.

2. Concordam com a ideia da candidatura iberica ao mundial de 2018?

Jorge – Considero que é uma oportunidade muito importante para o nosso país. Com um parceiro do nível da Espanha do nosso lado, é possível que o evento se venha a realizar em Portugal, o que seria um orgulho imenso para todos os portugueses...
afinal, é o 2º maior evento desportivo do mundo.

Pedro – Sem dúvida Jorge, o Mundial seria interessante. No entanto, perceba-se que o envolvimento nacional nesta candidatura conjunta, objectivamente, passa por acrescentar mais 10 milhões de pessoas ao mercado Espanhol. Temos 3 estádio com as condições necessárias, dois deles na mesma cidade, ou seja, ou o Estádio da Luz ou de Alvalade ficariam pelo caminho segundo a politica da FIFA, e refira-se que tanto o jogo de abertura como a final seriam em espaço espanhol. Estamos a falar de um número reduzido de jogos a realizar em Portugal. A isto acresce o facto de daqui a 9 anos se terem que fazer algumas restruturações.

Jorge – Mesmo tendo esses pontos negativos em mente, não deixa de ser uma competição na qual Portugal deve apostar. Discordo com Teixeira dos Santos quando este diz que o Mundial não é uma prioridade para Portugal. De facto, a curto-prazo, não é... tal como o TGV por exemplo. Mas ele só tem de garantir que, daqui a 9 anos, a nossa situação seja suficientemente estável para que projectos como este possam ser aproveitados para dinamizar e fazer chegar Portugal a todos os cantos do Mundo.

Pedro – Acho que a possibilidade de entrarmos nesta candidatura deve ser encarada com seriedade, façam-se os estudos de impacto económico reconhecendo que o factor Marketing é aqui fulcral. Desenganem-se contudo aqueles que pensam que os problemas do nosso futebol se resolvem com Mundiais.



3. Consideram que a arbirtragem portuguesa, está, efectivamente, no top 10 mundial, como afirmou Vitor Pereira?

Pedro – Gostava de conhecer a entidade que estabelece esse ranking. Provavelmente deve ser a Standard&Poor ou algo semelhante. Vamos ser responsáveis. Objectivamente, a arbitragem portuguesa é fraca, falhou o ultimo europeu, o ultimo mundial. Esta jornada da taça da liga foi pródiga e elucidativa. Existem erros técnicos inconcebíveis mas sobretudo muita trapalhada. Recordo-me de um lance do último Sporting - Paços de Ferreira em que o árbitro da partida numa situação de lançamento lateral e a 5 metros da jogada, pergunta ao assistente a mais de 20 metros a quem deveria ser atribuída a falta. Aliás, existiu nesse jogo um somatório de situações que denunciaram um claro não acompanhamento das jogadas. Não estaria preparado fisicamente? E voltamos à questão da profissionalização que parece ter ressurgido esta semana. Não vejo na profissionalização uma fórmula milagrosa.

Jorge – Concordo perfeitamente contigo, é absurdo falar-se em top10 quando ainda temos árbitros a cometer erros recorrentes e que mancham os nosos jogos. O timing destas declarações, assim como outras proferidas por Vítor Pereira, é absolutamente ridículo quando cada vez mais têm havido resultados influênciados pela má arbitragem. Também não sei se a solução passa só pela profissionalização, se pela introdução de novas tecnologias e video na arbitragem, só sei que os jogadores não são responsáveis pelo descrédito que os adeptos sentem em relação ao futebol, como esse senhor pretendeu transmitir. A falta de seriedade do presidente da Comissão de Arbitragem da liga surpreendeu-me muito na medida que o tinha como uma pessoa responsável e realista, resta-me tender para o mesmo pedido que o Sporting e o Braga fizeram... a sua demissão.

4. A dinâmica de vitória, alicercada em alguns resultados positivos consecutivos, por parte do Benfica, é garantia de que este é mesmo o ano do Benfica, no que ao campeonato diz respeito?

Jorge – Não queria aqui acusar “clubite” mas não encontro assim tanta dinâmica de vitória no Benfica como isso. Na minha opinião, dinâmica de vitória teve o Porto e posteriormente o Chelsea com José Mourinho. O Benfica, neste momento, não tem argumentos que lhe permitam afirmar, muito menos garantir, que é o principal concorrente ao título. O Sporting e o Porto, felizmente, ainda participam nessa luta tal como a tabela pontual nos transmite.

Pedro – Vou ser coerente, tal como quando atravessamos aquele pequeno período de crise não coloquei em causa o projecto, neste momento, a pesar da consistência demonstrada não devemos entrar em euforias. Temos plantel e equipa técnica para vencer a Liga Sagres mas é necessária estabilidade em torno do futebol do Benfica.

5. São a favor ou contra, a inclusão, do jogador do Sporting, Liedson, na Selecção Nacional?

Pedro – Por príncipio sou contra estas aquisições de jogadores extrangeiros pelas selecções nacionais. Desvirtua completamente a essência dos jogos internacionais e depois haverá sempre a tal questão de num jogo que envolva tanto país de origem como de acolhimento, que interferencia terá na performance do jogador.

Jorge – Percebo o teu ponto de vista mas não partilho a tua opinião. Claro que devem ser estabelecidos critérios rigorosos para estas “aquisições de jogadores estrangeiros pelas selecções nacionais” mas, quando estes sejam respeitados, não tenho complexos em aceitar essa naturalização. O facto de um jogador viver em Portugal há muitos anos, como Liedson ou outrora com Deco, é um critério suficiente para a naturalização de uma pessoa, logo um jogador não deve ser diferente nesse aspecto. Isto para não falar nas mais-valias que, ao englobarmos jogadores deste gabarito na Seleção, nos dariam... afinal, a França que foi campeã do Mundo tinha também muitos naturalizados, é algo que a globalização nos proporiona e que temos de viver com isso.

Pedro – Aceito o teu ponto de vista, mas sobre quem recairá o ónus de decidir se existe suficiente proximidade cultural para um jogador poder alinhar pela selecção? É díficil legislar isto e dado o potencial futebolistico do Brasil podemos passar a ter uma selecção brasileira no Europeu e dezenas de jogadores brasileiros no Mundial. Não me parece que este seja o caminho mas os senhores da FIFA lá saberão.

6. Como avaliam as experiencias internacionais de Scolari e Mourinho, respectivamente, no Chelsea e no Inter de Milão?

Jorge – De facto, todos estavamos à espera de melhor. Especialmente do Special One que, embora ainda em todas as frentes e bem posicionado para ganhar troféus, não conseguiu ainda conferir ao Inter aquela magia de futebol que deu ao Chelsea. Provavelmente, podem ser culpadas as diferenças do futebol inglês e italiano, dada a rigidez física e técnica do Calcio. Outros factores como falta de “matéria-prima” podem justificar este começo ligeiramente tremido. Já Scolari, penso que acusou claramente alguma inexperiência a nível de clubes mas, sobretudo, uma dificuldade muito grande em gerir o seu grupo de trabalho, não conseguindo unir e motivar os seus jogadores para enfrentarem uma época dura, intensa e muito competitiva. Aí, Mourinho foi exímio...

Pedro – Acho que tá tudo dito. O Inter tem jogadores fantásticos, quanto a mim aquele que poderá ser o melhor jogador de 2009 Ibrahimovic. Vou ficar a aguarda com expectativa pelo dia 24 de Fevereiro altura do Inter Manchester que promete. Confesso que não gosto do futebol praticado pelo Chelsea. Para mim Lampard e Deco não encaixam na mesma equipa e eu não queria estar lá para escolher um. Os problemas com Drogba também têm prejudicado muito a produção da equipa. De um modo geral, aquela chama motivadora de Scolari vai se desvanecendo.

Jorge – Não queria desvalorizar a capacidade psicológica de Scolari de motivar os seus jogadores, depois do que fez na nossa selecção e, mais importante ainda, no nosso país, em todos os portugueses no geral. Espero que ambos tenham a melhor sorte em 2009 e que sejam reconhecidos como grandes treinadores que são.

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Vou dizendo umas coisas...

>> quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Apesar do pouco tempo que tenho por estes dias, porque findos os exames, começam as orais (para já apenas de melhoria, mas sem qualquer certeza que esse cenário se venha a manter), e no curto interregno que concedi a mim mesmo tive reuniões na JSD para distribuir tarefas e começarmos a preparar as actividades do primeiro semestre de 2009, queria deixar-vos algumas notas.

Obama tomou posse, Bush foi embora. Bush não fez tudo de mal, não se pode esperar nem exigir que Obama faça tudo bem. Acho que Obama é uma lufada de ar fresco. E sim, acho que ele pode protagonizar a mudança. Mas com tempo, calma e ponderação.

No panorama interno, nada de novo. Vamos para a segunda rectificação ao orçamento, de 2,2 estamos com 3,9 ao orçamento. Mas nada de novo. Espantoso o tratamento dado pela comunicação social a estes factos.

No que ao desporto diz respeito, o Benfica está nas meias finais da Taça da Liga, mas ainda não sabe o seu adversário, em mais uma telenovela mexicana, do futebol português.

Está a chegar ao fim, o mega-processo Casa Pia. Para me pronunciar sobre o mesmo, precisaria de páginas e páginas. Aspectos legais, substantivos e processuais, análises sociológicas e sociais, definição de conceitos que julgo serem usados de forma imprecisas, criticas a algumas estipulações legais e convicções e emoções pessoais, são tema demasiado grande para expor aqui em curtas linhas. E depois, não devo, aqui estar a pronunciar-me sobre um processo que não conheço. E o que vou conhecendo é apenas um dos lados, com, isto posso afirmar, muito aproveitamento por parte da Comunicação Social. Não me ficaria bem, sem mais, afirmar o que penso convictamente sobre este processo, embora já o tenha afirmado aos mais próximos.

Apenas posso dizer, sobre isto, que mantenho a mesma convicção entre o primeiro e o último dia. Mas enfim. Não me quero pronunciar muito mais, embora me apetecesse. Mas os leitores já devem ter compreendido.

Apenas, terminando, um conceito que gostaria de ver ser distinguido. Não gostaria que fosse colocado no mesmo saco, violações hediondas a meninos de 2 ou 3 anos, e relações sexuais com adolescentes (muitas vezes de livre vontade e recebendo dinheiro para o efeito). Só com esta distinção evitaremos fazer injustiças. Para as vitimas de pedofilia, para aqueles que fazem sexo com maiores de idade e para os arguidos do processo. (não estou a dizer que neste processo apenas tenham acontecido (a terem acontecido)relações sexuais a troco de dinheiro, de livre vontade e com maiores de 14 anos)

Se os factos se passaram ou não, isso é outro caso. Mas como vos digo. Teria aqui páginas e páginas. Que, para serem formuladas com objectividade carecem de algum distanciamento.

As eleições em Loures aproximam-se, acho que o PSD tem o dever de ter um melhor resultado do que alcançado. Vai a tempo, embora tenha perdido preciosos meses em tricas que não interessam em ninguém e em posturas que não abonam à credibilidade do partido. Falta projecto. Do inicio ao fim, actividades concretas com objectivos especificos. Falar, cara a cara com as pessoas. De forma clara. Isso é importante.

E os jovens. Temos de nos implementar numa faixa etária mais jovem, discutindo, com o PCP e o BE o espaço que nessa faixa alcançam. E faz-se dando uma alternativa de direita moderada e responsável, conservadora nos valores mas progressista nas ideias, com um discurso jovem e adequado, irreverente, arejado, que coloque na agenda temas que interessam. Temos a oportunidade de o fazer agora. Ainda. Existem grandes quadros jovens no Concelho de Loures. Temos que potenciar esses quadros e oferecer uma alternativa credivel, que julgo não passar pelo PCP, para o Concelho de Loures.

E termino, com notas sobre a JSD/Moscavide. Que grande grupo se está por ali a criar! Uma política de crescimento de militantes equilibrada, realista e que visa a integração gradual mas efectiva, com resultados concretos, evidenciados pelas altissimas taxas de participação em actos eleitorais. Numa equipa, com representação nas várias freguesias e com influências de várias áreas, da economia ao direito, da gestão à psicologia, do Marketing à Ciencia Politica. Uma equipa jovem e com margem de progressão. Que faz muitissimas actividades. Propõe moções. Debita ideias e coloca-as em prática. Uma JSD exemplar. Credível. Que não se deixa corromper nem abater pelo sistema implementado na JSD. Um JSD que se orgulha de dizer não obrigado. E que por isso tantas vezes é atacada. De forma cobarde. Mas consegue ganhar forças e afirmar-se como um projecto politico para Loures, Lisboa e Portugal. Em breve, vamos fazer algo de marcante e muito especial. Não percam.

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Made in Açores, por Tibério Dinis

>> quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Carisma & Liderança

No passado fim-de-semana decorreu o XVIII Congresso do PSD Açores, o país passou ao lado do congresso dos sociais-democratas açorianos, tendo apenas feito referência ao discurso de Manuela Ferreira Leite. Sobre os Açores, pouco ou nada. No entanto, este congresso teve um aspecto peculiar, pela primeira vez um partido tem lideranças femininas no topo da estrutura nacional e regional. Apesar da imagem de Berta e MFL serem semelhantes, há diferenças estruturais entre ambas as lideranças e a forma como o respectivo partido absorve as suas actuações.

Berta Cabral assume os destinos do PSD Açores depois do pior resultado de sempre dos sociais-democratas, o seu nome gerou consensos e uniu um partido que estava órfão de Mota Amaral. Apesar de no campo das propostas e alternativas Berta ainda não ter desempenho suficiente, é figura unânime no seio do maior partido da oposição. Trata-se daqueles líderes, em que o nome, o curriculum e o carisma falam por si. Que consegue mover multidões, sem mesmo apresentar grandes propostas, trata-se da típica liderança que faz temer o adversário não pelas propostas, mas pelo carisma e pela dinâmica de vitória que se cria em seu redor.

MFL quando assumiu a candidatura ao PSD, ia com o mesmo propósito de Berta. Esperava que o seu nome e a força da sua candidatura demovesse os oponentes, isso não aconteceu e criou um monstro político de nome Pedro Passos Coelho, que é a sombra desta liderança e salvou outro monstro da quase certa morte política – Santana Lopes. Também, MFL, pelo seu curriculum e imagem de rigor e falar verdade, esperava unir um partido atordoado pelo terramoto da saída de Barroso e ainda pelo do tsunami consequente que Sampaio criou. Toda a força da candidatura de MFL acabou por desaparecer, faltando-lhe o estado de graça, teve que rapidamente surgir enquanto alternativa ao governo, aquilo que tem tentado ingloriamente nos últimos meses.
Enquanto Berta nos Açores vive um estado de graça interno, faz tremer os socialistas apenas pelo carisma e pela dinâmica de vitória em torno da sua liderança, mesmo sem apresentando um programa ou alternativa, MFL perdeu a blindagem da sua imagem e do seu carisma, está hoje sem estado de graça interno, restando-lhe apenas que mostre propostas de alternativa válidas.

Alguns dirão que afinal o que interessa são as propostas e as ideias, isto é verdade, contudo, o acto eleitoral é uma equação muito mais complexa onde o carisma e a dinâmica de vitória assumem o papel de incógnita.

Tibério Dinis

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Para descontrair...

>> terça-feira, 20 de janeiro de 2009

http://www.stopdisastersgame.org/en/playgame.html

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Mel e Paixão, por Diogo Agostinho



Hoje, no dia que toma posse relembro o dia 4 de Novembro de 2008, em que o recém-eleito Presidente dos Estados Unidos da América discursou à nação. Barack Hussein Obama, o 44ª Presidente da “ainda” maior potência mundial, um afro-americano democrata venceu as eleições contra o Senador John McCain e Sarah Palin.

Fui reler o discurso de Obama, o que não é de todo o mesmo que ouvir o seu discurso. A capacidade oratória do novo Presidente dos EUA, sente-se em cada palavra proferida, emprega uma entoação que mobiliza e galvaniza as pessoas. O inicio do seu discurso e o elogio rasgado que fez ao seu adversário na campanha para a Casa Branca evidenciam a sua diplomacia e sobretudo a capacidade que deteve nesta campanha. Obama, de 47 anos, enfrentou um opositor mais velho, e demonstrou sempre um enorme respeito perante John McCain. A emotividade também esteve presente nas palavras simples e directas para as suas filhas, para a sua esposa, para o seu Vice-Presidente Joe Biden e para os homens que montaram a sua campanha.

Este discurso, porém marca uma nova fase, um fechar de campanha e reporta algumas considerações sobre qual o futuro da Administração Obama. O candidato Obama, com um discurso de esperança e de mudança conquistou os votos dos americanos, contudo, depara-se agora com uma enorme responsabilidade: não defraudar as expectativas à sua volta, quer nos EUA, quer no resto do mundo. E esta responsabilidade está bem latente no seu discurso. Obama reconhece e chama a atenção para os problemas que os EUA enfrentam e vão enfrentar, salienta a crise financeira que abalou o mundo, não menospreza a Guerra no Iraque e no Afeganistão, alerta para as dificuldades que os americanos enfrentam no sistema de saúde e na educação, procura no seu discurso alertar todos para a realidade e baixar as expectativas, é um sinal bem evidente ao longo do seu discurso. O intuito de baixar as enormes expectativas que a sua eleição criou, prossegue no seu discurso em que afirma mesmo “O caminho à nossa frente vai ser longo. A subida vai ser íngreme. Podemos não chegar lá num ano ou mesmo numa legislatura.” Esta afirmação é proferida ainda antes do habitual extremar de posições que os políticos fazem quando tomam posse e afirmam que a situação real é bem pior do que imaginavam. Obama, com esta afirmação pretende marcar o rumo e começar a contabilizar todas as suas medidas, como importantes para o futuro dos EUA. Mas, como habilmente fez ao longo da sua campanha em que derrotou tanto Hillary Clinton, como McCain, Obama não deixou de dar uma palavra de incentivo e de esperança num futuro melhor.




Obama anuncia “uma nova era na liderança americana”, e tem uma afirmação muito contundente, que fará reflectir muitos dos que contestaram George W. Bush, e as suas opções belicistas, o novo Presidente Democrata afirma no dia da sua vitória que está pronto a derrotar quem quer destruir o mundo. Esta afirmação resvala para a continuidade de os EUA assumirem o papel de defensores da Democracia, mas sem deixar de lado a possibilidade do uso da força. Obama não afirma, mas é contundente ao declarar guerra a quem quer destruir o mundo. Mas, juntamente com a afirmação de força, diz ao mundo que podem contar com os Estados Unidos, e que tenciona assumir a liderança do globo não apenas pelo poderio militar ou económico, mas pelos valores e ideais que assentam na “Democracia, liberdade, oportunidade e esperança inabalável.”

Esta declaração ao mundo de solidariedade e apoio são secundadas com um claro aviso de que os EUA são uma força a ter em conta, e com a sua eleição, a eleição de alguém que subiu na vida, de raça negra, que preconiza o sonho americano, Obama avisa o mundo de que mais uma vez os EUA estão um passo à frente em termos culturais e que a vitória histórica de um negro é reveladora da capacidade de compreender o futuro e o mundo global por parte dos americanos.

Existem também, duas notas importantes no seu discurso a realçar, o relatar da história dos EUA, na figura da senhora Ann Nixon Cooper de 106 anos, a apelar ao patriotismo dos americanos e a criar as condições para não perderem a esperança e se mobilizarem perante as dificuldades. Bem como, o reconhecimento do papel do Partido Republicano, através da luta de Abraham Lincoln para abolir a escravatura, um momento que permite unir uma nação que detém dois grandes partidos, em que Barack Obama realça a sua preocupação em ser Presidente de todos os americanos e governar com o apoio de democratas e republicanos, acentuando a necessidade de ouvir todos, mesmo quem nele não votou.



É um discurso bem construído e que apresenta pistas para além da mensagem “Change! Yes, we can!” , Obama foi exímio na mobilização ao longo da sua caminhada até à Casa Branca, referindo que agora passados 21 meses não é tempo de baixar os braços, o novo Presidente dos EUA conseguiu “tocar” os americanos e o mundo, mas agora é tempo de governar e tomar decisões, e este discurso foi proferido com o intuito de baixar expectativas perante os problemas, mas sem descorar o “brio” americano e a sua esperança em mudar o mundo. Acaba por elaborar um chamamento a todos numa hora determinante dos EUA.

Hoje toma posse, tem o mundo a olhar para ele…

Diogo Agostinho

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Orais

>> segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Findos os exames, venham as orais. Serão todas de melhoria, ou este semestre irá marcar a minha estreia em orais de passagem?

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Está quase...

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Hoje é dia de...

Exame de Direito Comercial.

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Direita e Esquerda

>> domingo, 18 de janeiro de 2009

CDS – Um partido a três tempos.

Em primeiro lugar quero agradecer o simpático convite ao Tiago Mendonça para escrever nesta sua casa, tendo o privilégio do fazer simultaneamente com o meu amigo e também cronista no jornal que dirijo, Pedro Quartin Graça. De facto, existe uma tendência crescente dentro dos aparelhos partidários para que não exista discussão política, principalmente quando falamos de juventudes partidárias, independentemente das cores ou ideologias políticas que representem. Por esse motivo, e sendo este espaço frequentado principalmente por militantes da JSD, louvo esta iniciativa do Tiago.

Para primeiro tema decidi falar um pouco sobre o CDS e o seu congresso, que acabou este domingo. É prática comum criticar o CDS e a liderança, unipessoal é certo, de Paulo Portas. No entanto, o CDS tem inúmeras vantagens em relação aos outros partidos, que têm vindo a ser acentuadas e que se reflectem, como é óbvio, nas sondagens que vieram no final desta semana para a imprensa, publicadas primeiro no Correio da Manhã e depois no Expresso.

Sem querer entrar em argumentações rebuscadas e narrativas politicamente inócuas, aliás bastante comuns na blogosfera, gostava de referir três pontos como justificação para a minha argumentação:

1 – O CDS é o único partido (falo apenas dos cinco grandes) em Portugal que tem um líder culto. Paulo Portas por muito que não gostemos dele – e eu não gosto – foi director do jornal Independente que ainda hoje é uma referência jornalística de em Portugal, escreveu durante muitos anos e fez comentário político e cultural. Trata-se de um homem com vivência urbana, europeia, cosmopolita, com conhecimento literário e artístico – ou seja, tudo aquilo que José Sócrates, Manuela Ferreira Leite, Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa não são. Para mim, antes das habilitações académicas e de todos os outros pormenores, o grau de Cultura de um político é o mais importante e Portas é o único que preenche os mínimos aceitáveis.

2 – Desde que Paulo Portas foi eleito da última vez e que o João Almeida, meu conterrâneo de São João da Madeira, ocupou a chefia da secretaria-geral do partido, ocorreu uma autêntica revolução no que aos aspectos de marketing e comunicação diz respeito. Ora vejamos, o CDS tem o melhor site dos partidos políticos em Portugal, o CDS tem a imagem melhor trabalhada do ponto de vista do marketing e o CDS tem os políticos com melhor imagem na política portuguesa – com a devida excepção ao Hélder Amaral.

3 – O último ponto e provavelmente o mais importante, que vem justificar esta subida nas intenções de voto, é a qualidade parlamentar do CDS. De facto, este partido conta com um bom punhado de parlamentares, bem preparados, com boa presença nos órgãos de comunicação social e com discurso fluente e boa retórica. Exemplos máximos deste fenómeno são Luís Pedro Mota Soares, Nuno Melo e Teresa Caeiro. Reparemos que nos últimos anos o CDS tem sido o partido que mais tem renovado o seu grupo parlamentar, enquanto o PS tem sido o que menos o renova e o que o renova pior.

Voltando ao congresso. Quer-me parecer que tivemos efectivamente três figuras que marcaram o congresso do CDS e são estas três figuras que irão marcar, sem sombra de dúvidas, também o futuro próximo do partido. Indo novamente por pontos:


1 – A primeira figura é sem sombra de dúvidas Paulo Portas. Abandonou o congresso sobre aplausos, sem que ninguém tenha coragem de lhe fazer frente, afirmando que o CDS “não é nem será a muleta de ninguém”, com a sua liderança reforçada dentro do partido mas também nas sondagens, provavelmente fruto do mau momento político do PSD. Resta saber o que vai fazer quanto à política de coligações do partido, nomeadamente para a Câmara Municipal de Lisboa, em que ao dar a mão a Pedro Santana Lopes pode ditar a derrota de António Costa.

2 – A segunda figura é o incontornável Lobo Xavier. Apenas uma semana antes é que confirmou a sua presença no congresso, chegou descontraído e teve sempre simpatia com a comunicação social. Subiu ao púlpito e perguntou a Portas o que todos queriam ter perguntado, mas que por falta de engenho e arte não o tinham feito. Discursou sem a intenção de romper com nada, ajudou a reforçar a liderança de Portas, mas lembrou ao país que “andava por aí”, um pouco ao estilo de Santana, com uma diferença, Lobo Xavier sabe fazer outras coisas na vida para além da política – em suma, não precisa dela para viver.

3 – A terceira e última figura foi Filipe Anacoreta Correia, o mais frontal dos opositores a Paulo Portas e o herdeiro da ideologia, imagem e carisma do antigo CDS, que como o mesmo fez questão de frisar no palanque “é o CDS de Adelino Amaro da Costa” e não o disse, mas talvez também o seja, o de Francisco Lucas Pires. O Filipe Anacoreta Correia dirige o movimento dentro do CDS de nome “Alternativa e Responsabilidade”, de cariz democrata-cristão e que contém algumas das jovens promessas do partido, bem como nomes nossos conhecidos da blogosfera como o Nuno Pombo ou o João Távora, ambos bons companheiros da causa monárquica. Anacoreta Correia conseguiu aplausos de alguns delegados, foi frontal e mostrou que a oposição a Portas está para ficar, ainda que pequena.

Este é o CDS que fica deste congresso, um CDS a três tempos. Em primeiro lugar dos portistas que parecem querer reinar nos próximos anos, depois dos ilustres afastados das lides partidárias como Lobo Xavier e Pires de Lima que parecem não querer voltar tão depressa e por fim dos opositores a Portas que prometem continuar a morder-lhe os calcanhares. No meio disto tudo o CDS cresce e vê o PSD a afundar-se.

João Gomes

Aqui fica, o contributo do João Gomes, representante da Esquerda, neste espaço, que agora dá os primeiros passos.

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Loures enquanto Concelho

Loures é um dos maiores concelhos de Portugal. Tem cerca de 200 mil habitantes dispersos por mais de 168 quilómetros quadrados.

É também um concelho muitíssimo plural, tendo as freguesias especificidades próprias e autonomias vincadas. Nota-se, também, a aproximação ao concelho de Lisboa, sendo unânime, que a freguesia da Portela, é um oásis no Concelho de Loures. A organização, os espaços verdes, o urbanismo, as condições habitacionais, sociais e culturais são impares no nosso Concelho, embora, as freguesias mais próximas, como Sacavém e Moscavide, ou agora Bobadela e Prior Velho com a nova habitação, se tentem aproximar ao nível de vida existente nessa freguesia e que é substancialmente diferente do nível existente noutras freguesias.

O Parque das Nações, que tarda em constituir-se freguesia, está dividido por três freguesias e por dois concelhos. Loures, tem duas partes do Parque, uma mais próxima do Trancão pertencente a Sacavém e outra pertencente a Moscavide. O Parque das Nações poderá ser a lufada de ar fresco e de modernização que Loures necessitava.

Mas mais no interior de Loures, espaço para fazer menção dos excelentes vinhos verdes de Bucelas, cuja potenciação turística tem deixado muitíssimo a desejar.

Ainda uma ultima nota para frisar a criação, em 98, do Município de Odivelas que desanexou várias freguesias do Concelho de Loures, que mesmo assim continua a ser um dos maiores de Portugal, como foi dito, mais acima.

Num texto, que procura apenas, conferir breves traços sobre o Concelho, como forma de enquadramento do que será dito nas próximas semanas, considero a exposição suficiente para o efeito. Não obstante, estou totalmente disponível para acrescentar informação e responder a duvidas suscitadas na caixa de comentários.

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Direito Comercial e outras notas

Nas profundezas das cartas de conforto, o meu conforto relaciona-se com o facto de o manual do Professor Menezes Cordeiro primar pela fluência e pela fácil compreensão e assimilação de conteúdo. De todo o modo, estive a elaborar, como é costume, o meu próprio resumo. Amanhã com todas as matérias compactadas, farei a leitura por esses trabalhos por mim efectuados e dedicarei algumas horas, não muitas, a aprofundar algumas matérias. A partir das 17 ou 18 horas, conto fazer alguns casos práticos até...perto da hora do exame.

Segunda terminam os exames, um dia para espairecer, jantar fora e quem sabe ir ao cinema, e para reunir com os meus, decidindo vários dossiers que têm ficado pendentes, nomeadamente sobre a realização de uma actividade de acção social e a avaliação da participação no Parlamento Jovem, na Escola Secundária da Portela.

Dia 20, à noite, outra reunião, de comissão permanente. Autárquicas, o planeamento da actividade de março. Importante.

Mas conto já a partir de 20 iniciar, de forma ligeira, a preparação para as orais. Ainda não sei se serão todas melhorias. A eventualidade de uma oral de passagem, não desejada e não desejável, a acontecer será um novo desafio, que terei que enfrentar com a mesma determinação de todos os outros. Mas gostaria de poder ir apenas melhorar as classificações.

Acaba esta saga lá para 13 de Fevereiro. a 16 já está marcada uma reunião alargada. Pelo meio, a 31, parece que há Conselho Distrital da JSD. Moscavide, fará a sua participação digna e respeitável. Como é hábito.

Congratulo-me com a passagem do Benfica às meias finais da Taça da Liga, e com o pleno nesta competição. Essa meia final, poderá ser um bom pretexto para ir ver mais um jogo ao meu querido Estádio da Luz.

Daqui a umas horas, espero postar a componente esquerda do bloco temático de Sábado e começa o Dossier Loures. Mas observem o meu comentário, na caixa de comentários, que refere o inicio desse espaço. Diz muito.

A propósito, como é que se combate o crescimento de uma força politica adversa junto dos jovens? Apresentando jovens, preferencialmente, melhores que os da outra alternativa, ou lançando nomes de outra faixa etária que dificilmente acedem a esses jovens e cujo discurso não interessa e nem sequer é ouvido?

Isto das autárquicas preocupa-me a valer. O PSD, não pode estar confinado a terceira força politica no Concelho de Loures. Não pode mesmo. Temos que ir para o terreno, falar pessoa a pessoa. Não há outra hipótese.

Mas pronto de Loures e de Autárquicas remeto para o dossier.

E cá vou eu...

Página 657, Manual de Direito Bancário.

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Direita e Esquerda

>> sábado, 17 de janeiro de 2009

É com gosto que inicio a minha participação neste espaço. Eu, que não me revejo no binómio "esquerda - direita" fui encostado à segunda, papel a que me presto, contrariado é certo, com este firme protesto inicial.

Os últimos dias foram particularmente ricos no que ao desenvolvimento da situação política portuguesa diz respeito. Para Sócrates, o tempo de "governação" acabou. Agora que já vestiu a tempo inteiro o fato de Secretário-Geral do PS, o importante é unir o Partido. Para isso desmultiplica-se em contactos, desenterra os fundadores do Serviço Nacional de Saúde, promete o apoio à corrida à Presidência do "poeta de Argel". Receoso de eventuais surpresas vindas do lado do PSD, "autoriza" mesmo a ida de Manuela Ferreira Leite à RTP, mas, de novo, dá-se mal. Já falaremos deste facto um pouco mais adiante. E tudo isto depois de uma entrevista, à medida, que deu à SIC e na qual deixou transparecer "como quem não quer a coisa" o desejo de ver as eleições legislativas serem antecipadas para o mesmo dia das europeias…

Sócrates esteve mal. Como mal está, desde o início, a sua arte de governar este País "à beira mar plantado". O mesmo discurso bafiento, as mesmas lamechas, os mesmos fantasmas. O choradinho da crise que vem acenando desde há meses e para a qual foi o principal obreiro. A falta de ideias para governar um País para além da sua visão economicista das coisas… Quem não se lembra do Engº Sócrates a apontar como solução para a economia portuguesa a direcção do nosso vizinho do lado e repetir três vezes: Espanha, Espanha, Espanha…! Homem de larga visão, sem margem para quaisquer dúvidas, o "nosso" Primeiro-Ministro!

Acresce tiro das legislativas antecipadas saiu-lhe ao lado (até ao momento…) e procura agora, com a ajuda do CDS-PP de Portas, iniciar artificialmente uma crise já no próximo dia 23, novamente com a temática da educação como pano de fundo. A tal crise que lhe permita demitir-se e antecipar eleições…

Falemos agora das duas outras entrevistas. A de Alberto João Jardim a Mário Crespo e a de Manuela Ferreira Leite a Judite de Sousa. A diferença começou logo nos jornalistas, a aptidão para a política de Mário Crespo versus uma Judite de Sousa sem propensão para a "coisa pública", mas isso é matéria de que não nos ocuparemos… Ambos os social-democratas estiveram bem. Jardim, no seu estilo peculiar (a deixa sobre Pedro P. Coelho era desnecessária…), homem com uma visão política a médio e longo prazo de longe superior aos seus companheiros mas parecendo hipotecar, quasi em definitivo, qualquer hipótese de liderar o PSD nacional, Manuela Ferreira Leite também firme e capaz de começar a inverter as sondagens que lhe são desfavoráveis. Mas ao PSD falta ainda recuperar aquilo que os portugueses durante anos lhe confiaram: a credibilidade necessária para governar, algo só possível de alcançar se, com arte e engenho, perceber que as coisas em Portugal mudaram, e muito, nos últimos anos, e que a sociedade portuguesa de hoje exige consensos mais alargados a outros sectores da sociedade nos quais o PSD tem tido dificuldades em penetrar. E se convencer, de vez, que as lógicas de Bloco Central, nos negócios ou fora deles, comprometem definitivamente qualquer imagem positiva que os Portugueses posam ter de um Partido com aspirações de ser, de novo, alternativa de Poder.

Pedro Quartin Graça

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Nota

O João Gomes, estando fora de Lisboa, viu-se impossibilitado de me enviar o texto, por via de problemas de ligação. Sai dentro de momentos, o texto do Dr.Pedro Quartin Graça, nesta primeira edição do Direita e Esquerda.

O texto do João, sairá amanhã, pelo que ele me diz, durante a tarde. Portanto, dose dupla de direita e esquerda, mas com desejo de que, para a semana, após esta primeira semana experimental, já tudo funcione com a regularidade desejada, e possamos ter as duas opiniões ao Sábado.

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A seguir ao Jantar...

A seguir ao Jantar, Direita e Esquerda. Pedro Quartin Graça (que, mais uma vez saliento, não é de direita, e é integrado neste espaço, porque não queria deixar de contar com a sua colaboração e é deputado na AR eleito pelo Partido Social Democrata, pelo que considero ter cabimento, neste sentido, o seu posicionamento neste espaço) e João Gomes (um dos mais promissores militantes do Partido Socialista).

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Começa Amanhã

Amanha tem inicio o Dossier Loures 2009. Conto com as vossas sugestões e criticas.

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Derby, por Jorge Batista e Pedro Correia

>> sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

1. O Benfica é um justo líder?

Pedro – Objectivamente é a equipa que alcançou mais pontos ao longo das últimas 14 jornadas. O futebol desenvolvido não tem sido brilhante, julgo que com a qualidade individual do plantel muito mais pode ser feito. Acho que é mesmo o melhor plantel e apesar de a equipa demonstrar alguma irregularidade o melhor que já se viu no campeonato português foi por parte do Benfica, penso que concordas com isso.

Jorge – Sim, o Benfica tem estado no melhor mas também no pior deste campeonato e tem um plantel muito forte. Da maneira que é lider - em igualdade pontual com o Sporting e com mais um ponto que o Porto, penso que sim, é um justo líder, embora qualquer um dos grandes o seria pois nenhum está a fazer um campeonato. Para mim é importante sublinhar que, ao contrário do ano passado, o campeonato está bastante competitivo e isso só enriquece o mesmo. Como o Benfica já não era “campeão de Inverno” há 15 anos, penso que pode ser moralizador para que esta equipa lute árduamente pelo título nacional, uma vez arredado das competições europeias. No entanto, e embora não goste de falar de arbitragens, o recente jogo Benfica-Braga onde os repetidos incidentes e decisões a favor do Benfica, leva-me a crer que o título, caso o conquistem, não seja bem atribuído... não sei o que pensas sobre isto...

Pedro – Não fujo ao jogo de que se fala, penso que podemos ter sido beneficiados em dois pontos. Um penálti sobre o Di Maria com o defesa do Braga a ir ao encontro do jogador sem intenção de jogar a bola, o lance sobre o Suazo na primeira parte não se pode discernir sobre a intensidade do contacto de uma forma conclusiva.
O Braga foi claramente prejudicado, com um golo que deveria ter sido anulado e um penálti cometido pelo Katsouranis que agarra a mão do jogador do Braga, o qual caí com aparato na área. Mas retomemos o jogo com o Nacional, 94 min um golo incrivelmente anulado. São inegavelmente 2 pontos retirados já que não haveria mais tempo para jogar. No Funchal cada vez que um jogador do Benfica tocava ou não! no adversário era amarelo, foram 7. Á quarta jornada golo mal anulado ao Yebda com influência no resultado. Lembremo-nos do golo anulado ao Di Maria em Guimarães quando este estava 3, 4 metros atrás do defesa; parece-me bem mais clarividente do que a situação do David Luiz, não esquecendo também os vários fora-de-jogo mal assinalados ao Suazo nos últimos jogos.

Jorge – Foi de facto um jogo muito mal arbitrado... já é algo recorrente infelizmente. Até agora, nenhum dos três grandes tem sido beneficiado ou prejudicado de maneira comprometedora. A bem do nosso futebol que não o seja por aqui em diante, se bem que o excessivo número de jogos com decisões incorrectas e influênciaveis nos resultados não me façam crer o mesmo.

Pedro – A arbitragem portuguesa revela muita incompetência mas certamente o Benfica não é o mais beneficiado com isso. Considero vergonhosas todas estas insinuações em torno do Benfica.

2. O anúncio de não recandidatura de Filipe Soares Franco vai afectar o Sporting?

Jorge – Sendo este um tema que diz respeito ao meu clube, espero representar todos os sportinguistas, ou pelo menos a maioria, nas opiniões que vou expressar. Tenho muita pena de Soares Franco não se recandidatar e colocar os seus interesses pessoais e empresariais acima do clube. Espero que não o tenha feito por não acreditar mais na viabilidade (sobretudo financeira) do seu projecto, e que possa ser dada continudade ao mesmo. A redução do passivo, a aposta na juventude (começando no treinador) e o segurar dos jovens talentos/pérolas são pontos vitais para que o Sporting continue a ter sucesso. Não querendo propor nomes, é fundamental que este rumo seja mantido para que o balneário não seja afectado. Admito que possa já ter sido ligeiramente com o levantamento da dúvida da renovação do Paulo Bento pelo que tem de ser fechada o mais breve possível. De resto, o Sporting não é nem será afectado pela mudança de presidente, bastando para tal o bom senso e capacidade dos mesmos em dar continuidade ao trabalho que Soares Franco tem feito, na minha opinião de maneira bastante positiva para o Sporting. Qual a tua reação Pedro?

Pedro – Fiquei surpreendido. O timing parece-me bom já que permite a construção de uma alternativa. Relativamente ao impacto no balneário, não me parece que a decisão por si possa causar instabilidade. No entanto, não se pode negar que Paulo Bento era o seu treinador, e o fim do projecto pode por isso em questão, vai depender da blindagem do balneário.

3. Benfica e Sporting deveriam contratar novos jogadores no mercado de Inverno?
Jorge – Penso que não, o Sporting tem uma equipa muito sólida e com opções de qualidade para todos os sectores. Juntado isso à crise económica que os nossos clubes vivem, a melhor opção será não comprar ninguém e especialmente concentrar esforços para não vender nenhum jogador influente o que comprometeria sériamente a restante época. Esse assunto (transferências) deve ser remetido para o final da época e, por agora, dar oportunidade aos júniores de enorme talento que temos ou que estão emprestados. Já o Benfica creio que precisaria de definir de vez o seu guarda-redes – Quim parece o ideal, e vender ou emprestar pelo menos outro. A defesa parece estar a consolidar-se no centro mas as laterais são o seu ponto fraco, Maxi Pereira nem sempre está ao nível e David Luiz é um excelente central que não deveria ser adaptado a defesa esquerdo. Com a recente rescisão do Léo, o Benfica deve comprar ou garantir o empréstimo com opção de compra de algum jogador superior ao Jorge Ribeiro. No meio campo tudo seria melhor sem as ausências de Reyes e Aimar que, juntamente ao ataque com Suazo ou Cardozo, dão ao Benfica um plantel de luxo nesse sector, se bem que um ala explosivo seria importante... o fantasma de Simão ainda paira na Luz! Jogadores como Bynia, Yebda, Makukula, Mantorras e até Nuno Gomes não são suficientemente fortes para as aspirações do Benfica.

Pedro – Estou convencido que não será necessária a alternativa ao Maxi Pereira que pensei ser essencial. Fisicamente tem estado em excelente nível, o Benfica já foi afastado de duas competições e o M.Vítor cumpre. De resto, Mantorras, Makukula e Bynia devem sair do plantel com o último a dever ser substituído (por um júnior eventualmente). Em relação ao Sporting poderá ter um problema à esqueda, o M.Veloso já demonstrou o descontentamento com a posição de lateral, Grimi tem produzido pouco e Ronny não me parece jogador para o Sporting, não achas?

Jorge – Acredito que esse problema à esquerda possa ser ultrapassado. Grimi está em baixo de forma e necessita de a recuperar. Acredito que, até então, Ronny pode perfeitamente ser titular na posição de defesa esquerdo ou mesmo um júnior como Tiago Pinto por exemplo. Em relação ao Miguel Veloso, um jogador que outrora admirei imenso, a sua atitude individualista (a par de Yannick Djaló e antes Nani) não deve ser tolerada. Felizmente temos alternativas muito boas com Rochemback muito seguro e Adrien Silva, a confirmar cada vez mais as expectativas de quem o considerava uma futura estrela, a ser uma óptima solução para trinco.

4. Consideram justa a nomeação de Cristiano Ronaldo como o melhor jogador do Mundo de 2008?
Jorge – Depois de um 2007 já por si bombástico, onde aquele 3º lugar pareceu injusto, especialmente por ter ficado atrás de Messi, o nosso Ronaldo faz um ano 2008 que deixa qualquer um rendido à sua magia – é de facto o melhor jogador do planeta e um dos melhores de sempre na minha opinião. A seguinte lista dos prémios e títulos que conquistou em 2008 deixam-me sem palavras: Prémios Individuais: Melhor jogador da Liga inglesa, Equipa do ano da Premier League, Melhor marcador da Liga inglesa, Melhor jogador da Liga dos Campeões, Melhor avançado da Liga dos Campeões, Bota de Ouro, Onze ideal FIFPro, Jogador do ano FIFPro e Bola de Ouro Jogador do ano para a revista World Soccer; Títulos colectivos; Premier League, Liga dos Campeões e Mundial de Clubes... alguma dúvida ainda?

Pedro – C.Ronaldo é fantástico. O jogador mais completo da actualidade, tenho a certeza que vai repetir este prémio. Portugal na mesma década tem dois jogadores no topo, isto mostra o potencial futebolístico que temos.

Jorge – Nem mais, esperemos que consiga fazer como Ronaldinho, Zidane e Ronaldo repetindo a proeza... tem capacidades para isso sem dúvida. É prestigiante para Portugal e para o seu clube de formação – Sporting. Que seja um exemplo e incentivo para todos os clubes portugueses, especialmente os grandes, para apostar sériamente na formação. Quero também deixar a minha admiração pelo 2º e 3º classificados, Leandro Messi e Fernando Torres respectivamente, que para o ano competirão com Cristiano Ronaldo para a conquista deste prémio, não concordas?

Pedro – Penso que Ibrahimovic e Messi serão dois grandes adversários para o próximo ano. Uma palavra também para Marta, jogadora dessa grande equipa Umeå IK, eleita pela terceira vez consecutiva melhor jogadora do Mundo - http://www.youtube.com/watch?v=lXGNR9PKFTw .

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Hoje é dia de...

Exame de Direitos Reais.

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Sondagem

Como já disse, não ligo a sondagens. Não me dizem nada. Mas esta é muito grave.

O PSD, teve com Santana Lopes 29% dos votos, depois de um golpe palaciano de Sampaio e contra todos os ventos e marés imagináveis.

Conseguiu com Menezes, em sondagens, empates técnicos, e vitórias em diversos debates eleitorais, através da excelente perfomance, do então lider parlamentar, Pedro Santana Lopes.

Ambos eram péssimos e tinham que ir embora.

Manuela Ferreira Leite, a quem, muitas sondagens, nas directas do PSD, atribuiam quase dois terços, quedou-se por um terço, e o partido dividiu-se. Santana Lopes, afastou-se e deixou que Ferreira Leite fizesse o seu percurso.

Desde então, temos perdido consecutivamente os debates parlamentares. Temos sido manchete nos jornais pelos piores motivos. Sinto, as pessoas cada vez mais desligadas do PSD. E não querendo, voltar ao tema, quando temos mais alguma notoriedade é quando se fala de autárquicas em Lisboa.

E agora esta sondagem que dá 23% (menos 6% do que teve Santana). 23%??? O BE e o PCP juntos têm menos de 4% relativamente ao PSD. O que seria se aparecesse um partido de Alegre? Ficávamos em terceiro plano?

O CDS sobe, o BE sobe, o PCP sobe, o PS desce, mas pouco, e o PSD vai descendo.

Impõe-se fazer qualquer coisa. E não por esta sondagem, que como digo, lhe atribuo o valor que tem. Mas esta queda abrupta (e sim, não escolhi a palavra despropositadamente, Sr.Pacheco Pereira) reflecte o que se vai sentindo no terreno.

É um desabafo, caros leitores.

Mas concordo com Alberto João Jardim: Faça-se um exame de consciência, e decida-se se existem condições para continuar. Tenho Manuela Ferreira Leite por uma pessoa muito responsável. A decisão cabe-lhe a ela. Só a ela. Mas tem que ser rápida a decidir.

O PSD, não pode, andar na dança de lideres, a cada 6 meses. Mas, por outro lado, tem que constituir uma verdadeira alternativa de Governo.

Uma palavra para a comunicação social, que levou Ferreira Leite ao colo, nas ultimas directas. Porque terá sido? E porque será, que consecutivamente, a mesma pessoa, ou as mesmas duas pessoas são sempre atacadas pela imprensa? Sabendo, que muitos dos jornais se posicionam mais à esquerda, pegadinhos ao PS, não será que querem evitar, que os melhores do PSD cheguem lá?

Fica a reflexão.

Adenda: Vi agora, uma nova sondagem, esta para a SIC. PSD com 30%! 7% de diferença, em relação a que mencionei. Mais uma, para não acreditar em sondagens. Mas nesta também PS melhor, cerca de 4%. PP, dois pontos abaixo, e o BE e o PCP sem o fulgor da sondagem que referi. Já disse e repito que nada me interessam sondagens. Podem ser, e são, conforme se comprovou recentemente, encomendadas pelo PS. Mas nada retiro ao que disse. Concordo inteiramente com Alberto João Jardim. A Lider tem que fazer um exame de consciência.

Preocupa-me a vergonha que tem sido a perfomance do PSD no Parlamento. Não é uma sondagem que muda isso. E 30% continua a ser um resultado muito fraco. Temos de exigir mais. Muito mais.

Se as eleições fossem hoje, julgo que o PS ganharia com uma maioria muito proxima da absoluta. A esquerda vai ultrapassar a barreira dos 60%. Não tenho grandes duvidas. E isso preocupa.

Temos de fazer mais. Mesmo.

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Obrigado!

Não farei, neste momento, uma avaliação do que tem sido este blogue. Mas cumpre fazer a nota, hoje, que saíu o post nº200. E hoje, que atingimos o numero de visitantes e de páginas vistas mais elevado, desde sempre, aqui no blogue. Hoje 45 pessoas, visitaram este espaço, e 101 páginas foram vistas. A tendência positiva dos ultimos dias, parece reflectir que a "Revolução Laranja Choque" está a ser do agrado dos visitantes. Isso deixa-me muito contente.

Guardarei para outro momento, como referi, a minha avaliação do que tem sido este blogue, nos primeiros meses da sua existência.

Nessa altura, farei, também, os agradecimentos especiais.

E como amanhã é dia de Direitos Reais, encontramo-nos, por aqui, amanhã. E não se esqueçam: Logo mais, joga-se, aqui no Laranja Choque, o Derby!

Mais um espaço semanal, da autoria dos meus grandes amigos Jorge Batista e Pedro Correia.

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Na opinião de Pedro Jesus

>> quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Um olhar sobre Lisboa

Lisboa, capital do nosso país e a maior cidade de Portugal, decresceu demograficamente nos últimos 30 anos, tendo perdido cerca de 300.000 habitantes, possuindo hoje perto 500.000 (1). Estima-se que cerca de 24% da população residente tem mais de 65 anos, muito acima da média nacional que corresponde a 17% (1).

São várias as razões inerentes a este decréscimo populacional, nomeadamente a diminuição da qualidade de vida no concelho, a deslocalização da indústria e do emprego, o preço da habitação e o melhoramento da rede viária existente entre os vários concelhos da Área Metropolitana.

Os jovens são os que mais têm fixado residência fora de Lisboa, revelando assim que as políticas autárquicas para esta faixa etária têm sido insuficientes. Estima-se que mais de 200.000 jovens tenham saído de Lisboa nos últimos 30 anos!

Entre 2001 e 2007, o PPD/PSD apresentou e implementou um conjunto de propostas que pretendiam devolver a juventude ao concelho de Lisboa. É com preocupação que se constata que no último ano e meio as mesmas tenham sido abandonadas pela Presidência de António Costa na Câmara Municipal de Lisboa, prejudicando assim a cidade e os jovens.

É pois imperativo regressar às políticas de incentivo à fixação de residência por parte dos jovens em Lisboa. Como? Reabilitando os edifícios e as casas camarárias devolutas, assim como projectando e edificando novos edifícios, permitindo assim a criação de fogos habitacionais para os jovens a preços inferiores aos do mercado.

Os estudantes universitários também devem ser uma prioridade para a edilidade. Lisboa possui 130.000 estudantes universitários (1) dos quais aproximadamente metade migraram de vários pontos do país e de fora de Portugal. O número de camas e de residências universitárias, cerca de 2500 (2), revelou-se insuficiente, pelo que se deve retomar o projecto de criação de uma Rede de Residências Universitárias, concluindo a empreitada da EPUL em Entrecampos e projectando outras residências e repúblicas universitárias a baixos preços. A oferta dos Espaço de Estudo/Espaço Jovem deve também ser aumentada.

É pertinente a Câmara Municipal de Lisboa incentivar a fixação e criação de emprego, construindo um Pólo de Microempresas, permitindo aos jovens arredarem os espaços a baixos custos, facilitando assim o início da actividade das suas empresas.

Mas, há que olhar também para os mais novos. Aqueles que frequentam o ensino pré-escolar, o ensino básico e o ensino secundário. É exigível a renovação constante do parque escolar, visto que ainda há instalações a necessitarem de obras profundas ou escolas que funcionam em instalações que não lhes pertencem, como é o caso da Escola n.º 4, na freguesia de São Vicente. Há que munir de infra-estruturas desportivas as escolas que ainda não as possuam, sendo por exemplo o caso da Escola n.º 15, na freguesia de São João.

Ainda no aspecto educativo, a Câmara Municipal de Lisboa, juntamente com a Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT) e as Juntas de Freguesia, deve trabalhar no melhoramento das actividades extra-curriculares e do Complemento de Apoio à Família (CAF) nos jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo.
Uma Lisboa dos jovens e para os jovens tem que ser atractiva no domínio do seu espaço público. Para isso o projecto Jardins Digitais deve ser retomado; os parques de Monsanto e da Bela Vista têm que voltar a ter vida, fazendo assim regressar os projectos lúdicos, culturais e desportivos que foram criados no mandato 2001-2005; a manutenção dos espaços verdes, dos parques infantis e dos parques desportivos deve ser uma constante.

É imprescindível também retomar a política desportiva iniciada em 2001, equipando as freguesias e os bairros sociais com polidesportivos e campos de jogos.
Lisboa, cidade da canção, da história e da tradição, respira cultura. E por isso não pode deixar de promover a sua agenda cultural, através da organização de concertos e os festivais (como o Rock in Rio), as exposições, o teatro, as bibliotecas, o Fado e as Marchas Populares.

É da responsabilidade dos Jovens Social-Democratas colaborar com o PPD/PSD e com a candidatura do companheiro Pedro Santana Lopes à Câmara Municipal de Lisboa, na tentativa de ajudar a melhorar a qualidade de vida de todos os que nesta cidade moram.

Até porque, o projecto iniciado pelo PPD/PSD em 2001 não foi completado. Mas isso é outra história…

PS(D) – Não posso deixar de agradecer ao Tiago Mendonça, pelo simpático convite que me fez para escrever um post no Laranja Choque. Espaços de intervenção como este são sempre bons, nomeadamente para o debate de ideias. Gosto da nova estrutura do blogue. Parabéns!

Pedro Jesus*

* O meu caro amigo Pedro Jesus, presidiu aos destinos da Secção H em Lisboa, até meados de 2008. É hoje conselheiro distrital eleito por essa secção e autor do blogue www.cominiciativa.blogspot.com

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