Copo meio cheio ou copo meio vazio? Eu prefiro, o copo totalmente cheio.

>> sexta-feira, 23 de julho de 2010

No passado dia 19 de Julho de 2010, discursei no Conselho Distrital da JSD/Lisboa, onde abordei o momento actual da nossa estrutura, no Distrito de Lisboa. Um discurso de liberdade, onde me manifestei frontalmente contra o rumo que a nossa estrutura leva (ou pode vir a levar).

Julgo que a JSD deve assumir três funções primordiais: Ser uma voz activa na defesa dos interesses e dos anseios dos jovens junto do PSD, seja para que o Partido, enquanto governo materialize políticas de juventude, seja, enquanto força na Oposição reivindique essas mesmas políticas. Em segundo lugar, deve exercer a sua competência de formação de novos quadros, que vão dirigir o Distrito e o País no Futuro. Em terceiro lugar, deve exercer competências próprias, na defesa dos interesses dos jovens.

Assim, concretizando, a JSD/Lisboa tem um papel de enorme importância no apoio às secções, seja na disponibilidade constante para ajudar nas iniciativas das secções, seja, assumindo um papel pró-activo estimulando as sinergias entre as secções e as actividades específicas ao nível Concelhio. Por outro lado, a JSD deve assumir competências próprias, reactivando as Coordenadoras, fundando Núcleos de Estudantes Sociais-democratas, produzindo iniciativas de formação (não só formações autárquicas, mas noutros domínios importantes), apoiando os jovens autarcas eleitos no Distrito, manifestando a sua componente solidária, fazendo um uso eficiente das novas tecnologias como forma de aproximar os jovens e aglutinar as suas opiniões em torno de objectivos comuns.

Enfim, muito mais poderia aqui dizer, mas remeto para tudo aquilo que observei aquando da feitura e da apresentação do programa Ganhar uma Geração em Setembro de 2009. Para os múltiplos post’s que aqui escrevi, para todas as conversas que tive com vários jovens sobre essas minhas ideias.

Acredito numa JSD com valores. Dirigida por pessoas honestas, competentes e que configurem um acréscimo de qualidade na nossa estrutura.

Rejeito uma JSD, transformada num Centro de Emprego, uma JSD onde o poder decisório de alguns é manifestamente desproporcional ao contributo efectivo que deram à Estrutura. Rejeito uma JSD, onde as decisões importantes não sejam tomadas tendo em consideração as ideias e o impacto que as medidas tomadas têm na vida dos jovens, mas, pelo contrário, tenham como único objectivo a satisfação os interesses pessoais instalados, de uns e outros, que nas mais diversas rotas, vão condicionando negativamente a estrutura e, por consequência, os jovens do nosso Distrito.

Sou um optimista. Assim, não posso aceitar pequenos upgrades, onde nos damos como satisfeitos ao melhorarmos um pouquinho. Acredito que é possível fazer-se uma revolução na forma como se faz política em Lisboa.

Acredito que os jovens com qualidade, com provas dadas na sociedade civil, com competência e com valores como a honestidade e a verticalidade, serão capazes de, em tempo útil, dizer que chega de utilização indevida da nossa Estrutura. Que chegou o tempo, de mudar a sério. Que Chegou o tempo, de Ganhar, a sério, esta Geração.

Foi isto que disse no meu Discurso. Quem entendeu isto como um apoio a qualquer uma das candidaturas, entendeu mal. Algumas pessoas têm o seu cérebro programado para determinada realidade, e não conseguem ver mais além, toldadas por um tacticismo inadmissível, reprovável a todos os níveis.

Quem me conhece sabe que entre um copo meio cheio e um copo meio vazio, prefiro sempre um copo totalmente cheio. Talvez interesse dizer, que me refiro a um copo cheio de ideias, de valores, de vontade de fazer algo pelos jovens do Distrito de Lisboa.

Continuo onde sempre estive. Totalmente disponível para ajudar os jovens de Lisboa. Não dependente, não ansioso, não numa postura de vale tudo para chegar a determinada posição.

Recordo que impossível é normalmente o que nunca se tentou. Mas relembro que a montanha é demasiado pesada para poder ser arrastada por uma só pessoa.

Faltam três meses para as eleições para os orgãos distritais. Quem quis retardar ao máximo certas escolhas, revelando o tacticismo e a falta de genuidade a que já fiz alusão, deve agora ser consequente, e não pressionar os responsáveis pelas secções para tomarem atitudes precipitadas. Compreendo, que o nervosismo seja grande. Compreendo a sério.

Aos Presidentes de Secção e aos Conselheiros Distritais, deixo uma sugestão: Calma, muita calma.

6 comentários:

Anónimo 23 de julho de 2010 às 17:21  

raliteGostei da tua mensagem muito explicita e inteligente,sendo o PSD o único partido que pode fazer frente ao PS nas eleições que o faça com a maior ceriedade possivel para k este País possa seguir outro rumo. PARABENS

Anónimo 23 de julho de 2010 às 19:37  

O programa que apresentaste em Setembro está a ser sem duvida uma exelente base de trabalho para todos os que têm contribuido com ideias para o desenvolver. Com o teu contributo e o de todos os outros que se esforçam diariamente para transformar a JSD Lisboa numa grande estrutura virada para os jovens, tenho a certeza que vamos ter para os próximos 2 anos um programa ambicioso capaz de Ganhar uma Geração.

Parabéns mais uma vez, é sempre bom saber que continuam a haver militantes que contribuem,desinteressadamente e independentemente dos lugares, para Ganhar uma Geração.

Bjs
Patricia Leitão

Tiago Mendonça 23 de julho de 2010 às 20:02  

Anónimo,

Agradeco-lhe as palavras de simpatia e apreciação sobre a mensagem aqui deixada.

Patrícia,

Obrigado pelas palavras de reconhecimento relativa ao programa e à postura pela qual procuro pautar a minha actuação na política.

Infelizmente, muitas vezes, é dito que as ideias e os programas não é o que mais interessa. E, muitas vezes, também, pensa-se primeiro em duas dezenas e meia de jovens que lideram secções no Distrito de Lisboa (e em mais alguns que não as lideram mas que é como se liderassem) em vez de pensar nos jovens. Chega-se ao absurdo de se alegar que mais importante que ideias para os jovens e uma postura desinteressada (dos tachos e dos centros de emprego) mas interessada na melhoria da qualidade de vida dos jovens do Distrito de Lisboa, interessa menos que uma alegada abrangência interna, que nunca cheguei a perceber o que realmente era.

Quanto ao facto de o mesmo ser uma base de apoio para a construção de outro programa, só me posso sentir lisonjeado. Também eu vou dedicar algumas horas a aprimorar esse programa.

José Luís Figueira 24 de julho de 2010 às 14:04  

E fazes bem em o fazer Tiago, pois a razão está contigo. Não esmoreças porque o partido necessita de quem pense e olhe para e por um tempo que é mais longínquo do que aquele que se coaduna com a agenda pessoal de cada um.
Ganhar uma Geração deverá ser ganhar uma geração ao invés de ganhar a próxima eleição.
Continua Tiago!

Tiago Mendonça 24 de julho de 2010 às 18:47  

José Luís,

Muito obrigado pelo teu comentário.

Extraordinária a tua capacidade de simplificar e de tornar simples as mensagens que eu demoro, por vezes, tanto tempo a passar.

Numa frase disseste tudo: Ganhar uma Geração não é a mesma coisa que Ganhar uma Eleição!

Ganhar uma Geração deve ser o fim. Ganhar esta eleição um meio instrumental. Infelizmente, alguns, acharam que se deveriam concentrar exclusivamente na necessidade de Ganhar uma Eleição, esquecendo a genética e sobretudo os propósitos do projecto Ganhar uma Geração.

Como no Futebol, quando se joga para o empate normalmente perde-se, em Política, quando se "joga" exclusivamente para ganhar eleições, também se perde. Ou mesmo que se ganhe, será sempre algo de circunstancial e efémero.

Mas enfim, que interessa isso? Empregos. De preferência bem regados. E está tudo bem.

Anónimo 1 de outubro de 2010 às 16:55  

I'm not fluent in Portuguese but all this stuff sounds a lot like bullshit? Is this for real? Plenty of this "oh Tiago you are the best and we should win this generation and..."
What 'hell means "win a generation"??...sorry guys but if this is the kind of arguments you'll keep using, Portugal won't get out the hole certainly...
I've the feeling over here we read a lot more books...but OK that's just an opinion.

Cheers!