Notas Várias (Enfermeiros - nota séria - e Facebook - só porque notas, têm que ser mais que duas.

>> quarta-feira, 16 de junho de 2010

Enfermeiros. Conseguiram. Em início de carreira, a partir de 2013, todos vão começar por ganhar 1200 euros. Não cumpre aqui discutir se os enfermeiros merecem ou não merecem receber 1200. Uma distinção simples que se ensina em Economia Política, é a de valor de troca e valor de uso. Assim, uma água, vale muito mais do que diamantes em termos de valor de uso, e muito menos em valor de troca, porque o último é motivado pelos mecanismos de oferta e procura, enfim, pela economia. Assim, para além de um cenário de crise económica em que vivemos, onde se desaconselha este tipo de sinais, não faz sentido este regime de excepção. Não me vou pronunciar, obviamente, sobre a utilidade da profissão ou o mérito e exigência do curso. Todos os elementos de uma sociedade são importantes, e a profissão em causa merece-me o respeito proporcional à responsabilidade inerente à materialização da sua actividade profissional. O curso merece-me, igualmente, respeito proporcional ao nível de exigência. O que está em causa, é que enfermeiros ou médicos, por exemplo, poderão sempre fazer este tipo de greves. Se os enfermeiros deixassem de trabalhar durante 5 ou 6 dias, existiriam pessoas a morrer. Já aqui anotei, que achei macabro a ideia de se marcar a greve para os dias da Páscoa, com a sustentação de que se iria provocar um “maior efeito”, sendo que, todos percebem o efeito a que se alude. Assim, até podem exigir receber 3000 euros em início de carreira. Ademais, mesmo que existisse dinheiro para este tipo de prendas, não me parece que mereçam mais do que jovens licenciados noutros cursos (alguns deles, bem mais exigentes) que serão obrigados a trabalhar mais horas por muito menos. Mas enfim.

Facebook. Depois de um assunto sério, um mais a brincar. Acho as redes sociais importantíssimas nos nossos dias, um veiculo transmissor de informação fantástico, de baixíssimo custo e de ampla dimensão, logo de extrema eficiência. Julgo que, por exemplo, no domínio da política, o aproveitamento das potencialidades das redes sociais e da blogosfera é cada vez mais importante e determinante no sucesso das campanhas eleitorais. Mas, tem também as suas particularidades. Parece que aquilo dá para colocar o estado civil. Eu rio-me, para não chorar, com a necessidade que as pessoas têm de colocar que, por exemplo, já não estão numa relação. Ainda hoje vi, os dois casos. Um passou a solteira e um passou a estar numa relação. E depois alguns vão comentar e dizer que gostam, como que a sinalizar uma disponibilidade. E a colocação, para que o mundo conheça, do, atenção, atenção, estou solteira, terá que intuito? Faz me lembrar, o mecanismo, das festas do semáforo. Luz vermelha estou numa relação, amarela é complicado, verde…venham eles/elas. Mais a sério, ainda hoje discutia isto como uma amiga. Requer-se algum cuidado neste tipo de páginas (e eu nem tenho muito). E depois existe ainda o hábito de se publicar a vida em páginas públicas. A mim dá me um jeitaço. Existem pessoas conhecidas, a que poupo o trabalho de ir perguntar como têm passado. Vou ao perfil, e sei tudo. Quantas vezes começaram ou acabaram relações no último mês, a música que estão a ouvir, os concertos que vão ver, e enfim, até os estados. Estou deprimida. Estou cansado. Estou com fome. Estou a comer arroz doce. Enfim.

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