Diz que é uma espécie de noticia, por Ana Suwa de Oliveira

>> segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Desejos de Pandora. Avatar cria onda de espectadores deprimidos

Fonte: http://www.ionline.pt/conteudo/41753-desejos-pandora-avatar-cria-onda-espectadores-deprimidos---video

Os Navi deixaram muitas pessoas com uma Avatar's Blues - expressão felicíssima, tendo em conta a cor dos indígenas. O blue comporta tanto a cor dos personagens como a “deprê” que envolve incrivelmente uma grande parcela dos espectadores. Ninguém me tira da cabeça que a tecnologia 3D tem uma quota-parte de responsabilidade sobre isto. É o 3D e o James Cameron. Que direito tem o senhor de por, aos nossos olhos (e com uns óculos RayBan retro), um “mundo perfeito”, com vidas bucólicas em completa harmonia com a natureza e com os seus semelhantes, grandes pássaros de estimação, a roçar quase a realidade? Claro que, nos dias de hoje, o filme só podia ser uma armadilha e dar em bomba depressiva. Enfim. Vou-me só suicidar um bocadinho enquanto penso o quão bom seria viver na floresta com os Smurfs, ajudar o Scooby Doo a solucionar mistérios ou viver num mundo onde um leão é o rei e os animais podem falar.

Red Bull Air Race confirmada em Lisboa

Fonte: http://aeiou.expresso.pt/red-bull-air-race-turismo-de-lisboa-assinou-acordo-para-realizacao-da-prova-sobre-o-tejo=f553351

Vai por aí uma agitação acerca da Red Bull Air Race, prova essa que durante três anos consecutivos teve lugar no Porto e que agora se muda para a cidade alfacinha. Esta mania de que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem causa-me espécie. Eu contra mim falo. Sou lisboeta e orgulho-me muito da nossa capital, mas há que ver que esta centralização exagerada provoca um atrofiamento do restante país, que se torna num “deserto” a nível cultural. Ora, há um evento com aviõezinhos e que tem sido bem sucedido? Há receitas extra? Pumba, toca de desviá-las para aqui. Para quê dinamizar o turismo e a economia noutras zonas do país? Pois, não interessa nada. A verdade é que desde há muito, o Norte (maioritariamente) vem sendo negligenciado em prol de uma centralização política desmedida e completamente alheia às necessidades das demais regiões do país. Mas pronto. Diz que vamos ter gaivotas a voar sobre o Tejo maiores que as do costume... Antes fossem uns A330/380. É que o Tejo não é o Douro e assim como assim, davam mais nas vistas.

Lisboa "pode transformar-se na praia de Madrid"

Fonte: http://www.ionline.pt/conteudo/42004-lisboa-pode-transformar-se-na-praia-madrid

Muito bom Sr. Ministro! Nem eu soltava melhor laracha. Convenceu-me da necessidade deste mega-projecto. Já estou a ver os espanhóis em Madrid, a entrar num TGV, mortinhos para atravessar o deserto e chegar à Caparica. Ir e vir no mesmo dia, que a coisa é em alta velocidade.

Nasceu um novo direito do aluno: copiar


Fonte: http://www.ionline.pt/conteudo/42439-nasceu-um-novo-direito-do-aluno-copiar

Bem, ao q parece, aqui pela Ibéria passa-se de tudo. E as melhores notícias de Espanha vêm para cá de TGV. Não é que agora, em Sevilha, é permitido fazer exames com post-it’s? Sim, isso mesmo, cabular. Há países nórdicos, como a Finlândia, em que isto é inimaginável acontecer. O aluno copia? No dia a seguir está com a viagem marcada de regresso ao seu querido país de terceiro mundo. Pela vizinhança e por estas bandas (porque cabular em Portugal é um código de honra), copiar é humano e faz parte! Agora, mais ainda. Mas cabular nestes moldes já não tem piada. Quando não se podia, potenciava-se a criatividade nas técnicas cabulares. Era ver 1001 maneiras de compactar livros em folhinhas A20 e o florescer do “nervoso miudinho” estava sempre presente. Não se estudava mas havia ali trabalho, dedicação e muita perícia à mistura. Agora assim, nem isso vai haver. Meninos... E a melhor? Os vigilantes dos exames não tem qualquer crédito nas funções que supostamente deveriam ter, que seria precisamente vigiar e punir aqueles que copiassem. Pois. E agora, o que farão? Rigorosamente nada. Apenas, e somente, olhar para os alunos que estão a fazer o exame. Sentados. Em pé. A andar dum lado para o outro a ver se os minutos passam mais depressa. Ora de novo sentados. De novo em pé. A máxima utilidade que irão ter será certamente entregar folhas de teste cada vez que um aluno as pedir. Enfim, uma canseira. Mais valia nem lá estarem, os coitados.

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