Dia B, por Bruno Antunes
>> terça-feira, 14 de julho de 2009
Comunicação Social, o Quarto Poder.
Já por várias vezes debati o tema da comunicação social com várias pessoas que tal como eu revelaram alguma preocupação acerca do assunto. Aliás, já não é a primeira vez que comento esta questão. Acredito que este não seja um tema que seja alheio ao leitor e por isso chamo-o à colação novamente.
A Comunicação Social livre e esclarecida tem diversas vantagens, naturalmente. É a partir destes meios que o cidadão comum conhece o que se passa na cidade, no país, no Mundo. Para além disto, muitos casos judiciais começaram nos media e só depois foram levados às instâncias adequadas. É por isso enorme o contributo que os media dão para uma sociedade melhor. O papel da comunicação social merece ser valorizado enquanto meio para o conhecimento, necessário para o crescimento e desenvolvimento do ser humano enquanto tal.
No entanto, nem tudo o que se pode afirmar acerca da comunicação social constitui vantagens. A comunicação social é, como se costuma afirmar, o quarto poder, surgindo após o executivo, o legislativo e o judicial. Atribuem-lhe essa qualificação pelo peso que os media têm na sociedade. O modo como uma notícia é dada poderá influenciar e muito o entendimento da pessoa receptora da notícia. Muitas vezes existem casos demasiado gritantes para poderem ser tolerados. Casos em que uma notícia é dada como verídica num dia e espalhafatosamente publicada numa primeira página de um jornal ou num telejornal e depois vem a saber-se que o teor daquela notícia era totalmente falso, surgindo um desmentido que é de facto publicado, mas nunca com as parangonas da falsa notícia, por certo.
Não podemos minimizar a relevância deste facto. Se em certos casos o teor da notícia não afecta em muito a credibilidade da pessoa ou entidade sobre a qual a notícia incide, noutros, o caso muda totalmente de figura. Quantas vezes não vimos já casos de personalidades cuja vida fora totalmente devassada na praça pública e depois se vem a descobrir que não passava tudo de mera especulação, ou pior, de mentiras?
É gravíssimo e repito, não pode ser tolerado. Resta saber o que fazer. As medidas devem ter dois sentidos. Ou se aposta numa aplicação eficaz da tutela penal conferida a estes casos, se acharmos que essa é suficiente, ou optamos por um reforço da punição aquando da verificação destes casos. Ou fazemos isto, ou corremos o risco de tornar este quarto poder em algo mais, que em nada será benéfico para a sociedade.
Fica o reparo.
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