Mel e Paixão, por Diogo Agostinho

>> quinta-feira, 2 de abril de 2009

Imaginem um país normal…

Onde há eleições legislativas de 4 em 4 anos. Sem interrupções abruptas de mandatos ou esquemas político-partidários. Um país que tem um chefe de governo íntegro e respeitador. Um país que tem na figura do Primeiro-Ministro, um exemplo para a sociedade, para os agentes económicos e um catalisador de “confiança” para todos. Num mundo em que a crise é palavra comum na boca de todos, e a falta de confiança, o principal motivo da tão badalada crise.

Imagine-se um país que faz da honestidade um valor essencial para o regular funcionamento da democracia. Um país que não vive de esquemas e compadrios, um país que tem cultura democrática. Uma cultura de elevação, fomentada pelos seus dirigentes políticos. Imagine-se um país desenvolvido. Não apenas em dinheiro ou dólares, mas um país desenvolvido culturalmente, com civismo e participação da sociedade civil. Imagine-se um país que gosta da meritocracia, que vê na competitividade saudável e sem rodeios, uma forma de crescimento. Imagine-se um país que conta com um sistema de justiça digno e célere. Um país sem pressões a magistrados. Um país sem presidentes de empresas de construção civil vindos directamente do partido de Governo.

Imagina? Pois, eu também! Era tudo o que gostava que Portugal fosse. Num país a sério, nunca, mas nunca um Primeiro-Ministro se manteria em funções depois de vir a público que tirou um curso entre domingos e gabinetes de Ministérios, ou que existe suspeitas de ter recebido “luvas” para conceder licenças para grandes empreendimentos. É tão aterradora cada suspeita que paira no cidadão José Sócrates Pinto de Sousa, que obviamente o cidadão tem todo o direito a defesa e até prova em contrário é inocente. Porém, este não é um cidadão qualquer. Acho incrível como se mantém em funções este homem sem explicar, sem esclarecer nada de nada, armando-se em vitima ofendida por tudo e por todos. Acho incrível como passa incólume a tudo. E como não existe coragem por parte da oposição de pedir uma explicação cabal a todas estas dúvidas. O nosso país demonstra claramente que ética, só mesmo em conferências e colóquios. É apenas uma palavra diferente para ser dita, não para ser seguida.



Senhor Presidente da República e restantes membros da Oposição isto vai ficar assim?

1 comentários:

Anónimo 6 de abril de 2009 às 14:12  

Muito bom Diogo, muito bom.