Assembleia Municipal
>> domingo, 5 de abril de 2009
Ser deputado municipal implica ouvir e fazer.
O mandato é conferido pelo eleitorado. Os deputados municipais, numa primeira análise, têm o dever de ouvir.
Assim, julgo que seria uma boa medida, os deputados municipais do PSD, estarem disponíveis uma vez por semana, ou, pelo menos, uma vez de quinze em quinze dias, em cada uma das 18 freguesias do concelho. Estar próximo das pessoas. Ouvir os problemas. Sentir os anseios. Perceber as angústias. Ajudar nos objectivos.
E deve o deputado municipal procurar ouvir o mais possível. De todas as formas. Por isso deve ter um blogue ou site pessoal onde dê contas do que vai fazendo na execução do mandato conferido e onde peça o conselho dos destinatários das suas políticas. Deve procurar estimular o debate, concedendo informação útil e rigorosa.
Deve reunir com os Executivos, Associações de Estudantes, Associações de Pais. Deve estar junto dos alunos, professores, auxiliares. Deve averiguar que políticas querem os municipes para o seu próprio Concelho.
Deve ter propostas válidas e concretas. Deve bater-se por todos. Pelos que votam PSD, pelos que não votam PSD.
Devem existir jornadas parlamentares, mesmo a nível municipal. Deve-se fazer politica. No nobre termo da palavra.
Entenda o PSD, que chegou a hora de refrescar.
3 comentários:
Apesar de ser um assunto novo, que não tem tido discussão, não deixa, esta sua opinião, de ser extremamente interessante e enriquecedora.
Deveria ser obrigação de um deputado municipal estar próximo das freguesias e das comunidades, para, de uma forma mais eficaz e real poder desempenhar o cargo para o qual foi eleito.
Repare, por exemplo, na cidade de Lisboa. Era perfeitamente possível, viável e útil que os deputados municipais fossem a cada freguesia. Sabe quantas freguesias tem Lisboa? Sabe quantas semanas tem um ano? Em Lisboa, tal iniciativa vinha mesmo a calhar.
Um abraço
Caro António Lopes da Costa,
Em primeiro lugar agradeco-lhe o seu primeiro (de muitos espero eu) comentário aqui no Laranja Choque.
53 freguesias para um total de 208 semanas nos 4 anos de mandato. Não me parece impossível, pelo contrário, que o deputado municipal visitasse cada uma das freguesias de Lisboa ao longo dos seus 4 anos de mandato.
Contudo, o que pretendi afirmar foi que os deputados devem estar mais próximos das pessoas. Ir a cada uma das freguesias é apenas uma ideia. É apenas uma forma, entre muitas, que podem concretizar o que para mim, efectivamente, é uma obrigação ética.
Um abraço.
continuo a discordar contigo, tal como o fiz no "in concreto". é verdade que continuo dividido ao lidar com dois sistemas eleitorais, o nosso português e o canadiano onde nasci.
Defendo círculos uninominais por áreas pequenas onde o eleito assume a defesa do seu local, eu sei sempre quem é o deputado federal, o provincial e o vereador da minha rua natal e cada um deles responde por tudo e todos nós pelo seu círculo é o nosso interlocutor no seu posto (tem vantagens mas assumo que também há desvantagens).
Em portugal nunca sei quem é o deputado nacional, regional, vereador e deputado municipal que responde pela minha rua.
Sei quais sãos as área tecnicopolíticas que eu domino e quais as zonas onde eu conheço e ouço as pessoas e onde posso dar o meu contributo... nos outros campos e áreas posso colaborar sempre que necessário, mas defino os meus campos de intervenção. ampliar a área geográfica e temáticas reduz a qualidade de trabalho especifico de cada um. quando se fazem listas plurinominais deve-se e ter em atenção a cobertura geográfica e temáticas de forma a que todas as zonas e assuntos estejam cobertos em equipa... o problema é quando pelo método de hondt alguém fica só ou quase e neste caso terá de compensar a falta de outros do mesmo grupo para trabalhar...
são mesmo ideias diferentes, a tua tem algumas vantagens, mas a minha também tem.
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