Mel e Paixão, por Diogo Agostinho

>> terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Promiscuidade entre Jornalistas e Políticos



Esta é de facto, uma matéria sensível do nosso panorama político. A promiscuidade entre jornalistas e políticos advém da relação de necessidade que um tem relativamente ao outro. O jornalista não tem “furos” sem as fontes na política, o político não aparece, não é notícia, e hoje em dia, cada vez mais se denota que quem não aparece não vinga, muito menos vence, se não conseguir uma relação privilegiada com a classe jornalística.

Porém, hoje deparamo-nos mais com um poder perigoso, que um jornalista detém sobre os homens que são eleitos para governar. Acontecendo situações com uma total inversão, como o exemplo da chegada de José Mourinho e o corte de emissão de uma entrevista com um ex Primeiro-Ministro. Assiste-se pois a situações indecorosas em que jornais com as suas linhas editoriais acusam políticos denegrindo seres humanos, muitas vezes com o intuito de promover outros que estão mais próximos.

Paulo Portas foi um dos exemplos, que usou os meios de comunicação social, atacando uma determinada área política para conseguir posteriormente benefícios políticos. Mas, sente-se hoje que em Portugal já se deveria ter optado pelo sistema que vigora em Espanha e nos EUA, em que as linhas editoriais assumem as suas posições políticas, permitindo assim não colocar sobre todos os jornais o manto de isenção, que não passa apenas de uma capa, para melhor actuarem de acordo com interesses pessoais ou políticos.


Diogo Agostinho

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