Rock in Rio

>> terça-feira, 30 de março de 2010

O Rock in Rio deste ano continua a ser marcado por não conseguir trazer as grandes bandas do panorama musical mundial, como sejam os U2, os ColdPlay ,os Green Day ou os Scorpions que se preparam para a sua última digressão mundial, finda a qual darão por terminada a sua brilhante carreira.

Não consigo definir este cartaz. Tem coisas muito boas e coisas terrivelmente más e completamente inexplicáveis para um evento musical desta envergadura. O primeiro dia, normalmente o dia mais POP, do evento, terá Shakira como cabeça de cartaz, que, provavelmente, no panorama musical actual, será a cantora POP de maior sucesso, se excluirmos a diva Madonna. Mas Shakira não vem só. Pelo contrário, vem belissimamente acompanhada por John Mayer. Serão estes os dois momentos altos da noite. Mariza é de um campeonato completamente diferente, para um target oposto daquele que observará as actuações de Mayer e da cantora colombiana. A fechar, Ivete Sangalo, recorrente nestas andanças, mas capaz de fazer levantar bastante poeira.

O segundo dia, desce claramente o nível. Leona Lewis, não “compensa” Shakira, é do mesmo campeonato, mas uns furos abaixo. Eu diria, muitos furos abaixo. Depois, actuarão no palco mundo uma dupla de DJ’s, que à partida deveriam ser remetidos para a tenda electrónica, o que pode induzir dificuldade, por parte da organização, de fechar o cartaz. Nesse mesmo dia, Elton John e Trovante. Pois.

O dia 27, é para mim o melhor dia do evento. De longe. De muito longe. Muse e Snow Patrol, é qualquer coisa de especial. Como se já não bastasse, neste mesmo dia, podemos contar ainda com os SUM 41, com cerca de 15 anos de carreira, e os eternos Xutos e Pontapés que, no contexto nacional, são de longe a banda mais apelativa, capaz de igualar os melhores concertos à escala mundial.

Miley Cyrus, Mcfly e D’zrt no quarto dia. O que é isto? Sem mais comentários. Repugnante.

Dia 30, sobe o volume, e os grandiosos Rammstein prometem um mega concerto. São os cabeças de cartaz num dia, em que ficam claramente a faltar os Metallica, sendo que, caso a organização conseguisse juntar estas duas bandas no mesmo dia, teríamos aqui um dia capaz de competir com o que é feito no dia 27.

Agora, é absolutamente incompreensível, chamar um bando de garotos, actores, que já nem sequer são uma banda, com um talento fraquíssimo para a música, a actuar no mesmo palco que será pisado pelos Snow Patrol, os Muse, os Rammstein ou John Mayer. Um cartaz com várias lacunas. Lembro, mais uma vez, que um festival de dimensão regional/nacional como o Marés Vivas, conseguiu trazer Kaiser Chiefs, Lamb, Secondhand Serenade, Guano Apes, Scorpions, Keane, e ainda, numa registo POP, Colbie Caillat, Jason Mraz ou Gabriella Cilmi, na altura, na fase mais intensa da sua carreira. Um cartaz muitíssimo mais apelativo. E o bilhete para os 3 dias era 38€, praticamente metade do que custa o bilhete diário no Rock in Rio.

1 comentários:

António Lopes da Costa 31 de março de 2010 às 01:37  

Tiago,

Relativamente ao dia 27, reconheço que teria de ser um dia superior aos outros. Festejarei o 22º aniversário da minha vida e o Rock in Rio tinha de estar à altura. Nem que fosse apenas nesse dia.

Um abraço e um sorriso,
António