De Lagosta a Happy Meal

>> domingo, 20 de setembro de 2009

Não é todos os dias que todos podemos comer uma lagosta ou que podemos ir comer marisco a um bom restaurante com vista para o mar. É uma ementa de difícil acesso, que temos de trabalhar para a conseguir.

Assim são algumas pessoas. Refinadas, difíceis, olhadas por todos com alguma inveja pelos valores e pela forma de estar na vida que têm. Assim há pessoas selectivas, que sabem dizer sim mas também sabem dizer não. Pessoas admiradas por muitos, não pelo dinheiro que têm mas pela riqueza da sua simplicidade.

Quando somos mais jovens e vivemos dos rendimentos dos nossos pais, muito gostamos de nós de ir comer um hambúrguer a um fast food qualquer a meio da noite. É barato, fácil, está sempre aberto a qualquer hora e acessível a todos. Assim também são algumas pessoas. Fáceis, pouco selectivas e sempre acessíveis, na pior das acepções, a todas as pessoas.

E o mais triste é quando essas pessoas não se apercebem que são verdadeiramente uma “Europoupança” fácil a quem lhe apetece uns minutos de prazer fácil, na satisfação momentânea da sua gula. E mais triste ainda, é que algumas pessoas que já foram lagostas se transformem em Happy Meal, dando se conta disso, mas achando que isso é que é positivo.

Lamentável também, é que essas pessoas permaneçam indiferentes aos alertas das várias pessoas que no passado as ajudaram a ser lagostas e as admiravam como tal, dando ouvidos a todos aqueles que dizem que “O Happy Meal é que é”. Inconscientes, toldadas pelo prazer fácil, não percebem que os que agora dizem que o bom é ser um hambúrguer de um euro, o fazem exactamente porque precisam que assim o seja, para irem satisfazendo a sua gula, quando chega o fim do mês e já não há dinheiro para comer marisco e tendo que se recorrer ao fast food.

“Uma chance, um golo. Duas chances, dois golos”.

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