Balanço - Política Internacional

>> segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sobre Política Internacional, muito haveria a dizer, mas a necessidade de sintetizar, conduz a que me debruçe exclusivamente sobre o facto politico internacional do ano: As eleições nos Estados Unidos.

A corrida à nomeação republicana, foi, relativamente serena, com muitos meses de serenidade para McCain ponderar a sua estratégia e tentar ser o 40ºPresidente dos Estados Unidos da América. A escolha da sua vice-presidente revelou-se desastrosa e retirou-lhe muitos votos, na minha opinião. Não foi capaz de se definir politicamente e quando tendou ir mais à direita via Palin, perdeu o grosso das intenções de voto, perdendo muitos possiveis votos para Obama na derradeira eleição do dia 4 de Novembro. O descontentamento em relação a Bush prejudicou McCain e beneficiou Obama que sempre que pode, veja-se o primeiro debate, tentou colar McCain a Bush, configurando beneficios com essa estratégia.

Nos democratas, a nomeação foi bem mais complicada. Hillary, que se em vez de ter como apelido Clinton tivesse Smith, por exemplo, nunca teria tido hipoteses de disputar a eleição, tinha, à partida a nomeação garantida. Mas o fenómeno político Obama, que tantas vezes recorreu ao discurso que cola, ao discurso que penetra na mente dos eleitores e que entusiasma, talvez o político dos ultimos 20 ou 30 anos com maior capacidade de motivar e entusiasmar as massas, acabou por levar a melhor na contenda democrata. Depois, no mano-a-mano com McCain já ninguém tinha dúvidas. Obama ganhou. E ganhou bem.

A crise internacional, com epicentro nos Estados Unidos, e a guerra no Iraque, que se arrasta no tempo, são os temas quentes do primeiro (e único?) mandato de Obama. Vamos ver se Obama tem um conteudo tão bom como a mensagem. Para já chamou Hillary para a sua equipa. Fez bem ou mal? O tempo o dirá.

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